O sonho

47 1 0
                                    

-MÃE, VOCÊ QUER UM SANDE?
Gritei pra minha mãe da cosinha.
-QUERO. Eu mais minha mãe somos assim, como duas adolescentes, mais a diferença é que eu tenho 17 e ela...ha sei lá quantos anos ela tem.
Entro na sala com dois sandes, e vejo minha mãe vasculhando meu celular.
-Mãe o que você tá fazendo, em?
Perguntei fazendo ela levar o maior susto.
-Nada meu amor, só vendo o que vocês adolescentes fazem com esses trecos hoje em dia!
-Mãe conta outra né? Eu sei que você tava vendo as minhas mensagens...você tava de costa e eu vi..Ok? Só não faça mais isso, por que eu não mecho nas suas coisas, e se você quisesse saber alguma coisa era só perguntar, por que eu nunca lhe escondi nada..Ok?
-Desculpa filha, eu só quero que prometa que não vai mentir pra mim em questão de alguma coisa..é só que eu quero proteger você..porque eu não quero que nada te aconteça, entende?

Não entendo porque dela estar desse jeito, mais ela de certo modo estar certa. É, eu sou uma pessoa que não liga muito para o que as pessoas falam. Eu sempre digo que eu sei me cuidar e bla bla bla. Mais eu sei que ela me ama e só ta fazendo o seu trabalho, já que o meu pai não presta e resolveu nos deixar. Fui cortada dos meus pensamentos quando escuto meu celular tocar na mão da minha mãe.
-Mãe me passa o celular. Obrigado.
Minha mãe me passa o celular, e vejo que é o Kevin. Não sei porque mais eu sorri ao ver seu nome. Não falo com ele a uma semana. Por quê ele fez o favor de me abandonar por uma semana em plena férias.
-Agora eu existo pra você?
Perguntei na brincadeira. Eu sou assim com ele, mais ele sabe que amo ele.
-Também te amo, e sim ótimo obrigada por perguntar.
- Eu tô com muita raiva de você, você é louco de me deixar nessa cidade só?..quer dizer não totalmente só, mais em outros termos, me deixou na merda, sem ter o que fazer por uma semana em plena férias no maior tédio.
- Eu sei amor desculpa. É que os meus pais não me deram escolha. Ele disseram" Ou você vai ou fica sem a ver por um mês". eu surtei, ai disse que eu ia. Porque é claro que eu não ia ficar sem ver minha melhor amiga. Por que você sabe que sem você eu morro. Mais me perdoa?
-Mais nunca mas me deixa só.
-Ok, mais ...Como foi essa semana sem mim?
- Foi muito chato..não querendo menosprezar a companhia da minha mãe, mais já estou acostumada com você na minha rotina sofrida.
-Com outras palavras, você teve saudades minhas.
-Convencido!
Eu fiquei falando com ele acho que umas duas horas, porque minha mãe já foi dormir. Olho pro relógio do celular e já marca 23:45.
-Kevin já é tarde..e eu tô com sono. Amanhã a gente se ver no café drive?
-Claro minha baixinha....boa noite, durma com os anjos.
-Boa noite.
E assim eu desligo. Subo pro meu quarto. Entro nele e fecho a porta atrás de mim e me jogo na cama, nem me preocupando em tirar a roupa. Acabo por adormecer.
-Não...Por favor não faça isso..eu faço o que você quiser , mais a deixa ir embora...Por favor.
-Não mãe eu não vou deixar você.
-Vê....sua filha quer o mesmo futuro que você minha doce Jane.
-Você não vai tocar em um fio de cabelo dela...se não você é um homem morto.
Ele chega mais perto de nós com o taco de basebol.
-HAAAAAAAAA...filha sobe pro quarto AGORA.
Meu pai bateu na minha mãe. Levantei e sai correndo para as escadas. Não entendo o porque dele está batendo nela. Mas eu estou com tanto odio. Pego no celular e ligo pra emergência. Eles atende no primeiro toque.
-Emergência.
A mulher do outro lado da linha fala.
-Por favor me ajuda.
-Me diga o que estar acontecendo.
-Meu pai estar agredindo minha mãe. E eu não sei o que fazer.....Por favor me ajuda.
Falei pra moça com lágrimas caindo dos meus olhos.
-Me diga sua residência.
Dei as referencias para a mulher.
- estamos a caminho. Por favor se esconda e não deixe ele lhe achar. Ok?
-Tudo bem.
Assim desligo a chamada. Assim como a mulher mandou eu me escondi. Me escondi debaixo da cama. Eu conseguia ouvir quase tudo do andar de baixo.
-Sua vadia..você merece muito mas que isso.
Eu reconheci como sendo a voz do meu pai.
-Você não vai fazer nada com ela..você não ousaria.
Reconheci a voz da minha mãe em meio a muito choro.
E

scuto umas batidas na porta. Deduzo como sendo a polícia que chegou.
E escuto um estrondo vindo do mesmo.
-Larga ela....e ponha as mãos na cabeça agora.
Escuto uma voz desconhecida. E um alívio pecorre todo o meu corpo ao ouvir aquelas palavras.
-Foi a cabra da sua filha, não foi?
Escuto meu pai dizendo. Não entendo o porque dele estar falando ou agindo assim. Mais eu estou com muito medo.
-Vai pro inferno. é o seu lugar seu monstro.
Minha mãe rebate pro meu pai. A voz dela carrega tanto o ódio, mais triste ao mesmo tempo.
-Vamos...você tem o direito de permanecer calado, por que o que disser será usado contra você.
E assim não escuto mais nada. Saio debaixo da cama o mais rápido possível e vou procurar a minha mãe. A encontro de joelho de costa pra mim, mais mesmo assim da pra saber que ela estar chorando porque da de ouvir os seus soluços. A Abraços por traz.
-Eu estou aqui mãe..ele não vai mais fazer mal a você nem a mim...eu prometo.
Falo pra minha mãe, tentando a reconforta.
-Obrigada filha.
Minha mãe se vira pra mim. E eu case tenho um ataque cardíaco. Ela estar cheia de manchas e alguns cortes.
-O meu Deus...mãe.
Minha mãe abaixou a cabeça. Eu vou matar aquele homem que um dia eu chamei de pai. Ele não podia ter feito isso a ela. Abraço minha mãe como se nunca mais a fosse soltar. Ela começa a chorar de novo. E ficamos assim até ela se acalmar. Mais eu sei que ela vai desabar a qualquer momento de novo.
-Mãe acho melhor você ir descansar um pouco. Eu vou preparar um chá pra você....certo?
Falo pra minha mãe, me afastando um pouco pra olhar seu resto machucado.
-Ok..Kalinny eu te amo..eu quero que você saiba disso..não importa o que aconteça eu sempre vou te amar....entendeu?
-Sim.
Ela falou isso como se fosse a última vez que a vejo.
Assim ela saiu dos meus braços e caminhou pra ela escada.

Acordo toda suada. Olho pro meu despertador, falta uma hora pra ele tocar.
Eu já não aguento mais isso toda noite. Esse pesadelo sempre vai me seguir a vida toda. Já faz cinco anos que isso aconteceu. Mais eu nunca vou me esquecer. Eu nunca perguntei pra minha mãe o real motivo daquilo ter acontecido. Ela me disse que ele surtou, e disse que ela avia traído ele. E ficou por aí. Claro que eu não a ia pressionar para me contar. Ela disse que um dia eu ia entende. Eu nunca mais quis saber o porque de tudo aquilo. E nunca mais vi meu pai. Fiquei sabendo que a dois anos ele saiu da prisão. Pensei que ele iria vir aqui, e falar comigo, mais não ele não veio. Sou interrompida dos meus devaneios com uma batida na porta.
-Entra.
Falo e minha mãe bota a cabeça na brecha da porta.
-Filha o Kevin ta ai em baixo esperando você pra ir pro café.
Minha mãe fala pra mim. Eu dou um pulo da cama e vou correndo pro banheiro.
-MÃE DIZ QUE JÁ DESÇO.
Grito pra minha mãe. Ela não responde, mais escuto a porta bater. Tomo um duche rápido, me cubro com a toalha e saio do banheiro. Escolho uma roupa básica. Uma calça jeans rasgada e um moleton. Penteio o meu cabelo é deixo souto. Calço os meus tênis e desço correndo as escadas. Vejo Kevin na porta falando com a minha mãe na porta.
-Já estão falando de mim a essa hora?
Digo chegando perto deles.
-Iae minha baixinha.
Fala Kevin me abraçando.
-Até logo senhora Taylor.
Ele fala pra minha mãe. Assim saio empurrando o Kevin para fora da minha casa. O caminho para o café não é muito longe. Vamos o caminho todo conversando sobre as coisas que fizemos a semana que passamos separados.

A vida de uma MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora