O acaso

17 0 0
                                    

Malditos raios solares. Me levanto e corro pro banheiro para fazer a minha igiene matinal. Tomo um duche rápido e saio do banheiro. Me visto e desço pra tomar café. Percebo que esqueci do celular. Volto correndo para pega-lo, ele estar em cima da cama. Vejo que já são 10:27. Porque minha mãe não me acordou, ela nunca deixa eu dormir até as 10. Desço as escadas e vejo que está tudo calmo. Mais claro hoje é segunda. Entro na cozinha e vejo que mamãe deixou meu café pronto. Então mãos a obra. Tomo meu café calmamente até meu celular tocar, pego ele é vejo que é Kevin.
-Bom dia.
Falo pra ele.
- Bom dia minha baixinha, como você estar?
- Bem, mais porque você estar me ligando?
-Nada de mais, pra conferir se você vai mesmo amanhã a noite.
- Eu vou, mais ainda vou falar com minha mãe, não deu tempo de falar ontem, porque ela chegou bem tarde.
-Será que ela tem um namorado?
-Não, claro que nao, se ela tivesse um ela me diria com certeza.
Falo, minha mãe não seria capaz de me esconder isso, minha mãe e eu somos muito unidas, ela não me esconderia.
-Ok , se você o diz, mais agora tenho que ir estão me chamando. Tchau baixinha.
-Até amanhã.
Dito isso desligo e volto a comer.
Termino de tomar o café da manhã, lavo as louças e vou dar uma volta pela rua.
Estava muito distraída andando pelas ruas do meu bairro, quando vou contra alguém, quase caio, mais uns braços fortes, mais confortável me impede de cair, rodeando o meu pequeno corpo.
-Aí meu Deus...me desculpa.
Falo..meu Deus que cara lindo. Tem olhos azuis acinzentado, é loiro, e tem a pele muito pálida. Mais continua sendo lindo.
-Você precisa prestar mais atenção por onde vai.
Ele fala com a voz num sussurro, que voz doce. Me dou conta de que ainda estou preza nos seus braços. Tento sair do seu aperto, e resulta. Ele continua me olhando, o que parece ser com muita cautela. Aqueles olhos parecem perfurar a minha alma, se é que eu tenho uma. Mais mesmo assim não deixa de me causar um impacto muito forte. Ele me estende a mão, na qual eu aperto. Sua mão e muito gelada.
- Me chamo Alexandre Martinez, mais pode me chamar de Alex.
-Prazer, meu nome é Kalinny Oltez.
-Bom, se não se importa tenho que seguir meu caminho.
-Oh...claro que não..foi um prazer conhecer você.
-Que nada...o prazer foi meu também...Bom até logo, nos vemos por aí.
Ele se afasta, mais se vira.
-Vê se não vai contra alguém de novo.
Ele fala com um meio sorriso no rosto, o que o deixa mais esplendoroso.
Eu apenas concordo com a cabeça, e ele volta ao seu rumo.
O QUE FOI AQUILO?Meu subconsciente pergunta. Mais vamos voltar a realidade, uma coisa dessas só acontece uma vez na vida, talvez eu nunca mais o veja. Mais que ele causou um impacto em mim, causou. Decido voltar pra casa já que estou sem animo pra continuar a minha caminhada.
Abro a porta da minha casa e vejo que minha mãe já chegou.
-MÃE CHEGUEI.
Grito ela ainda na sacada da escada, não demora pouco para que ela apareça na porta da cosinha.
-Ah..Oi filha, estou fazendo o almoço, e eu trouxe um amigo para almoçar com a gente, se não se importa.
Minha expressão muda totalmente, quando ela fala aquilo. Minha mente vai lá, na conversa que tive com Kevin mais cedo.
"Será se ela tem namorado? "
Se for um namorado ou algo do tipo, eu tinha o direito de saber, ela não poderia esconder isso de mim. Sou interrompida dos meus pensamentos, com minha mãe me sacudindo os onbros.
-Filha você está bem? Você ficou pálida do nada.
Minha mãe fala, e consigo ver a preocupação no seu olhar.
-Tô bem sim, acho que é só fome.
Digo isso, mesmo sabendo que não é verdade.
-Ok. Eu vou acabar de preparar o almoço.
Dito isso ela sai do meu campo de visão, volta pra cosinha.
Decido subir e tomar um duche antes do almoço. Estou passando no corredor que dá acesso ao meu quarto, e vejo a luz do quarto da minha mãe acesa. Vou rumo ao seu quarto quando escuto uma conversa, o que parece ser da tal visita da minha mãe.
"Ela caiu direitinho na armadilha, não se preocupe, logo, logo você a vai ter em mãos."
"Ok...até logo, fico lhe dando informações de tudo."
Escuto passos se arrastando e entro no banheiro, mesmo a frente do quarto da minha mãe. Depois escuto duas batidas na porta. Hesito em responder só por precaução.
-Filha, você tá aí? É por que eu fui no seu quarto e você não estava. Você estar bem?
A voz da minha mãe ecoa no banheiro, então descido responder.
-Estou bem sim mãe, eu já vou descer, não se preocupe.
Falo pra minha mãe que estar do outro lado da porta ainda fechada.
-Ok. Tô te esperando.
Escuto os passos da minha mãe se afastando, então descido sair do banheiro. Boto a cabeça pra fora do banheiro e olho pros dois lados do corredor, e pra minha sorte não tem ninguém. Vou correndo pro meu quarto. Tomo um duche rápido e me visto. Escolho uma calça jeans rasgada no joelho e preta, uma camisa do the walking dead com a cara de um zumbi bem estampada. Abro a porta do meu quarto e respiro fundo antes de descer as escadas. Desço as escadas com muita calma, como se estivesse pisando em vidro. Já no final da escada consigo escuta um pouco a conversa entre minha mãe e o seu colega.
"Você vai se dá muito bem com ela, não se preocupe, ela vai nos entender"
Eu não acredito nisso. Não pode ser o que eu estou pensando. Eu pensei que ela confiasse em mim pra tudo. Como ela vai poder fazer isso comigo. Quando percebo estou na porta da cosinha com lágrimas descendo pelo meu rosto. Eles dão pela minha presença. Minha mãe se vira pra mim com uma cara de arrependimento, eu acho. E aquele cara nojento está com um sorriso porco na cara, só não entendi o porque.
-Filha....eu..me perdoa.
Minha mãe fala já chorando rios.
-Porque você fez isso comigo, eu pensei que você confiasse em mim.
Falo com ódio dela não ter comprido com a promessa de não deixa ninguém entra no nosso meio, que ela não precisava de mais ninguém a não ser eu. Ela mentiu. A primeira vez.
-Filha não é nada do que você acha.
- A não é o que eu acho...nossa mãe você pensa que eu sou burra ou o que, bem que o Kevin me disse que você podia estar de rolo com alguém, mais eu disse que você não faria isso, sendo que você me fez uma promessa, mais não, você teve que quebrar a droga dessa promessa...Quer saber, fica com ele e vê se me esquece, já que você me esqueceu quando decidiu ir pra cama com ess...
Eu não acredito que ela teve a coragem de levantar a mão pra mim. Levo a mão ao meu rosto e sinto gosto de sangue na boca devido ao estalo que ela me deu. Olho pra ela pasma com o que ela acabou de me fazer. Ela nunca me bateu, nunca me fez nada que me machucasse. A única reação que eu tenho é sair dali correndo. Subo pro meu quarto. Tranco a porta e faço uma mochila com umas roupas e meus itens que vou precisar. Pego meu celular e corro pra janela. Abro-a e desço pela árvore que tem do lado da minha janela. Desço e vou correndo pro ponto de ônibus que fica perto da minha casa. Para a minha sorte um tinha acabado de chegar. Entro e pago a minha passagem, vou me sentar a no fundo, como o ônibus estava vazio eu fique na cadeira da janela.
Decido ligar para Kevin. Dois toques ele atende.
-Oi minha baixinha.
Ele fala alegre pela minha ligação.
-Kevin....eu...me ajuda por favor.
Falo já chorando sem saber o que fazer nessa situação em que me encontro.
- O que aconteceu?
-Estou indo pra sua casa, posso?
-não pode, como deve, te esperando.
-Ok...até já.
Desligo o celular e encosto a cabeça na janela. E logo chego no bairro do Kevin. Nunca fui na casa dele, e nunca vi sua família. Como será que eles são? Desço do ônibus e vou caminhando pelo bairro de Kevin. Aqui só tem casarão.
Vejo o Kevin na porta de um casarão, que presumo que seja o dele. Me aproximo dele. Paro em sua frente e o abraço e ele me abraça de volta. Ele me puxa pra dentro de casa e me guia pra cima, que presumo que seja para seu quarto. Ele abre a porta do quarto e manda eu me sentar na cama de casal que é bem grande. Me sento e ele vai fechar a porta, se volta pra mim e fala:
-Agora me conta o que aconteceu.

A vida de uma MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora