Capítulo 13

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Como ela tinha dito, restavam-me 4 minutos. Meus sentidos também foram aprimorados, então estava mais fácil de enxergar sua movimentação.

Ela passou por mim, na esperança de me acertar um golpe, mas eu consegui segurar seu pescoço e a empurrei até o chão.

"Está acabado." eu disse.

"Será mesmo?" com uma risada maléfica, aquela só era outra miragem.

"O que é você?!" gritei.

"Por que você acha que é o único que tem uma Magia Herdada boa, hein?" ela disse. "Contemple a Magia Herdada: Ilusão Avançada."

"Clã Zexuss? Já ouvi falar de vocês." eu disse.

"Que bem informado você é..."

Meu pai me disse uma vez que para conseguir distinguir uma ilusão de uma imagem verdadeira, temos que fazer isso às cegas. A minha visão apenas me atrapalharia nessa batalha.

Vedei meus olhos com minha bandana.

"Do que adianta suas ilusões se eu não posso vê-las, né?" perguntei à ela.

"Claramente, uma desvantagem para minha magia, mas uma vantagem para meus ataques."

"Será mesmo? Não acho que será capaz de me tocar."

"Provarei o contrário."

Ouvi uma movimentação do meu lado direito e esquerdo ao mesmo tempo.

"Uzari, cuidado!" Romm gritou.

Escolhi defender o meu lado direito e recebi um golpe no meu braço esquerdo.

"Como?!" eu perguntava.

"Você caiu no meu blefe? Hahahaha... Ilusão Avançada, garotinho. Ela mexe com outros sentidos além da visão."

"Quer dizer que..."

"Sim, quer dizer que você não tem chances contra mim."

Ouvi ela avançar de novo. Eu me sentia cercado. Ela investiu.

"Não se esqueça que eu tenho uma lança, espertinha."

Fiz um giro com a lança e senti ter acertado algo. Rodopiei seu corpo e a joguei. Consegui ouvir ela batendo contra a parede.

"Muito inteligente... não esperava isso de você." ela disse.

"Você não sente dor, por acaso?!" eu perguntava, indignado.

"A magia de Ilusão serve para muitas coisas..."

Ela estava fazendo uma ilusão no próprio corpo. Ignorava sua dor com uma ilusão. Em pouco tempo, seu corpo iria parar de responder seus comandos.

"Não está perdendo a noção do tempo, está?" ela perguntou.

Quanto tempo havia se passado, eu não sabia mais.

"Cinco." ela falou, mas eu não entendi.

"O qu-"

"Quatro."

Quatro segundos. Se eu exceder esse tempo...

"Três."

Eu posso acabar...

"Dois."

Desativei minha Magia.

Meu corpo caía ao chão lentamente. Ainda consegui ouvir suas palavras antes de desmaiar.

"Caiu em outro blefe, tolinho."

Ela... me enganou.

O VigilanteOnde histórias criam vida. Descubra agora