*Capitulo 9*

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"Não sei como pude levar a vida sem ele depois. Obviamente, ele foi pra Londres terminar a faculdade, mais agora estávamos mais juntos do que nunca. Falávamos um com o outro todas as noites, ele vinha pra cá em quase todo feriada prolongado, ou arrumava uma desculpa esfarrapada pra pousar nos Estados Unidos.

Já tinhas combinado que com dezoito anos eu ia pra lá ficar com ele, e também estudar como meus pais me fariam fazer. Não tinha como o plano falhar. Apesar de jamais podermos ser como um casal de verdade, poderíamos pelo menos, viver juntos num lugar onde ninguém nos conhecia, e não pegaria nada sem saberem a verdade.

O tempo foi passando, e cada vez mais eu e ele estávamos unidos. Depois da nossa primeira vez vieram outras, cada vez mais intensas e improváveis. Ele se grudara a mim de uma forma... Inexplicável. Tinha levado ao pé da letra a frase "você é minha e sempre será".

Eu me sentia uma propriedade dele, e isso me fazia feliz. Ninguém mais poderia me fazer feliz, ninguém mais.

Nossa mãe tinha descoberto que eu não era mais virgem, e fez um escarcéu querendo saber de tudo. Não contei é claro, mais isso chegou aos ouvidos de Edward em Londres. Ele teve que fazer a ceninha de irmão preocupado, mais depois começou a me apoiar.

Mamãe começou a baixar a bola; os anos correram, até que finalmente, eu faria dezoito no ano em que estávamos. Era a virada de ano, e Edward estava em casa.

Inventamos que iriam passar a noite da virada com uns amigos, mas na verdade fomos sozinhos pra casa da praia dos nossos pais, e passamos a noite toda por lá.

Fizemos amor e juras de paixão por toda a madrugada depois de entrarmos no mar, e tivemos a certeza de que tudo ia dar certo. E ia... Se não fosse por um motivo..."

Lembrança X

Esme: você vai se levantar daí, ou vai ficar deitada e não ligar pra nada? - a figura da minha mãe estava parada ao lado da minha cama de braços cruzados, um tanto triste - Bella, não adianta mais chorar, filha. Você errou, Ok, não adiante se culpar mais! Tem que aceitar suas condições.

Bella: mãe... - choraminguei tirando a coberta do rosto cheio de lágrimas.

Esme: deixa de ser criança! - veio e puxou a coberta, me deixando de pijama sobre a cama - hoje você faz dezoito aninhos, e é melhor sair daí pra comemorar junto com os meus netinhos!

Suspirei, e me sentei com a mão sobre a barriga. Estava grande, era certo. Quatro meses, e dois bebês.

Bella: não, mãe, não! - suspirei - estou cansada, é melhor eu me deitar de novo!

Esme: deixa disso Bella... - ela puxou a minha blusa pela cabeça, me deixando de sutiã - vai tomar banho, e quero você na sala em dez minutos! - sorriu - vamos buscar o Ed no aeroporto!

O QUE?

Bella: O EDWARD? - Berrei pulando da cama - MÃE, EU DISSE QUE NÃO QUERIA QUE VOCÊ O CHAMASSE PRA VIR! PORQUE NÃO DISSE QUE NÃO IRIA TER NADA? - eu estava histérica - MÃE, ELE VAI VER MINHA BARRIGA, VAI DESCOBRIR QUE ESTOU GRÁVIDA! - choraminguei, desesperada.

Esme: pode parar mocinha! - ela me pegou pelos ombros - seu irmão não vai fazer nada contra você! O que ele pode fazer? Não precisa ter medo... - disse docemente - além do mais, eu já contei pra ele hoje quando ele ligou.

Bella: CONTOU? - berrei. - O QUE ELE DISSE?

Esme: sim, contei. - falou como se fosse normal - bom, ele não disse muito, ficou meio... Sem palavras. Eu disse o de sempre. Que você se recusar a contar quem é o pai da criança, e que está de quatro meses e são gêmeos.

Sangue do meu sangue {Edward & Bella}Onde histórias criam vida. Descubra agora