*Capitulo 17*

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Lembrança I

Bella: por favor, deixa eu entrar! - a porta do meu quarto quase ia ao chão conforme as batidas se intensificavam - Edward, para, abre! Ô mãaaaaae!

Ouvi passos, e minha mãe parou ao lado dela pelo lado de fora.

Esme: porque tá gritando, menina? - perguntou impaciente. Dentro do quarto eu estava deitado na cama olhando pro teto, com os braços atrás da cabeça, apenas esperando o que Bella ia fazer.

Bella: o Edward, mãe! Ele se trancou, e não quer me deixar entrar! - insistiu, ainda batendo na porta. Eu sorri de lado - ABRE EDWARD!

Esme: Ué, mas se ele fez isso com você com certeza teve um motivo... Anda mocinha, fala o que você fez pro seu irmão agir assim - eu ri em pensamento, esperando ouvir sua resposta.

Bella: eu não fiz nada, mamãe... - gaguejou - é que... Que agente teve uma longa conversa na beira do lago ontem e hoje à noite, e aconteceram umas coisas que o deixaram chateado. Foi só.

Só? Onde estava a parte dela implorando pra eu ficar? Onde estava a parte em que nos beijamos e ela me fez perder o controle? A parte em que nós dois nos deixamos levar... A parte em que quase transamos? A parte em que de madrugada ela sonhou comigo coisas indecentes?

A luz do dia tinha me feito refletir. Era pura loucura!

Esme: Sei... - a voz de minha mãe foi meio desconfiada - Edward, querido, abre essa porta pra sua irmã... Vai logo, daqui a pouco é a festa do aniversário dela, seja o que for é melhor tratar agora do que ficar fugindo. Oras vocês nunca brigaram em todos os seus 15 anos juntos... Anda, vai se trocar logo, Isabella! Daqui a duas horas estaremos saindo.

Bella: deixa mamãe... Acho que ele quer ir pra droga de Londres brigado comigo. Esse idiota! - ouvi seus passos duros até o quarto, e a porta bater. Levantei-me da cama, percebendo que ela tinha razão. Não iria adiantar fugir.

Eu era homem e tinha que assumir o que eu fazia. Estando eu certo ou errado. E naquele caso, completamente, totalmente, errado! Caminhei até o quarto de Bella, e quando lá cheguei virei a maçaneta da porta. Estava aberta, então entrei.

Bella: Sai! - disse quando me viu, jogando um travesseiro de estrela contra mim. O agarrei no ar, e continue a caminhar depois de fechar a porta. Bella ficou de pé, na intenção de fugir, porém a peguei pelo braço, e a joguei dentro do banheiro dela, trancando a porta.

Edward: você quer conversar agora vamos conversar... - a prensei contra a parede - já tomei uma decisão, e essa decisão é: jamais faça aquilo de novo!

Bella: aquilo o que? - falou em tom baixo, não se mexendo nos meus braços.

Edward: o que fez ontem à tarde, e o que fez hoje de madrugada... Nunca mais me faça perder o controle e te tocar!

Bella: está me machucando por causa disso? Porque você me desejar? - ela já começava a chorar - desculpa Edward, mas eu comecei e você terminou... Não adianta você pegar e tacar toda a culpa em mim! Eu não fiz sozinha... Quer dizer, eu não fiz nada! É você quem toca o meu corpo, é você quem sempre faz tudo...

Ela tinha razão. Ela tinha toda razão. Espera... Eu não tinha ido lá na intenção de me culpar? E eu estava ali, jogando a culpa nela? Idiota, Edward, idiota!

Edward: você não entende Bella... - suspirei - meu Deus, eu te amo! Eu sou homem... - percorri o corpo dela com os olhos, e ela corou, ainda chorando - vou precisar desenhar pra você que isso é errado? - eu a soltei, e ela foi pra longe de mim com os olhos cheios.

Bella: vai pra Europa e nunca mais olha na minha cara, seu maldito! - berrou - vai pro inferno, Edward! - e virou as costas indo em direção ao seu quarto em passos firmes.

Final Lembrança V

"É lógico que isso não durou. Na festa éramos melhores amigos novamente. E tudo aconteceu muito rápido... Idas e vindas da Europa. Idas e vindas com ela... Rolou de tudo entre nós, até que chegamos a um ponto insuportável, que de tão extrapolante, me peguei fazendo sexo por telefone com a minha irmã mais nova. O que mais podia piorar? Era ridículo chegar a esse ponto, mas nesse momento eu percebi que a virgindade do corpo não era nada comparada ao que nós já havíamos feito com nossas mentes e corações.

Nós já éramos um do outro, e nem havíamos sequer nos dado conta. Botei na minha cabeça que iria deixar as coisas rolarem, e foi assim que aconteceu quando voltei pra casa novamente. Dei-me conta que negar era ridículo. Não havia nada mais que eu pudesse preservar. No momento em que me declarei pra mim mesmo apaixonado por ela, toda a inocência que eu tentava dela manter era em vão. Ela me queria, eu a queria... Não havia como escapar.

Fiz com que acontecesse. E no momento em que deitei com ela na mesma cama com sexo em mente, a primeira coisa que me veio à mente foi o pecado. O pecador que eu era, e a pecadora que eu a estava induzindo a ser. Eu queria o céu pra minha pequena Bella, não o inferno, e era para lá que eu estava levando-a. Sabia que ia me arrepender quando acordasse, sabia que nada no mundo que eu chegasse a fazer iria apagar esse meu pecado...

Porém tudo ou qualquer coisa sumiu quando eu me senti dentro dela... Quando senti o meu corpo no dela, cercado pelo seu calor, prensado contra suas defesas. Senti que ali era o meu lugar e Bella era minha.

Foi tudo tão natural como se tivéssemos sido feitos um pro outro, e foi à coisa mais perfeita que nos podia ter acontecido. Não apenas prazer em sua forma básica, mas prazer em saber que era o certo. Em saber que o meu coração agora, estava completo.

No dia seguinte pensei ser o cara mais feliz do mundo. Não houve sequer uma gota de arrependimento e me dei conta de que por todo esse tempo que tínhamos nos privado de fazer amor o meu maior medo não era o pecado, e sim o arrependimento que eu veria nos olhos dela assim que acordássemos de toda aquela bolha perfeita.

Não havia arrependimento nos olhos dela, não havia medo de mim, não havia nada que não fosse amor. E isso me deixou completo... Seguro! Depois daquela noite a minha vida, em sua forma total se tornou Bella. Somente a queria mais do que antes... Era a coisa certa. O tempo voou e tudo começou a se tornar difícil pra nós.

Até que existiu o plano perfeito de ficarmos juntos pra sempre longe dos nossos pais. Bella concordou comigo, mas não deu certo porque meses depois... Recebi uma bomba!

Ela tinha sumido. Não me ligava, sem e-mails, nunca no MSN, toda vez em que eu a procurava, não estava em casa nossa mãe estava se tornando fria quando eu falava dela. Havia algo errado. Na primeira desculpa, o aniversário dela de dezoito anos, peguei um avião pros EUA e liguei pra minha mãe só dentro do aeroporto de modo a ninguém inventar uma desculpa pra me manter longe.

Sangue do meu sangue {Edward & Bella}Onde histórias criam vida. Descubra agora