Ao adentrar no recinto, percebi que não era uma pousada comum, na verdade, nem sei se poderia chamar de pousada, entrei e olhei ao redor, me senti em um dos filmes de faroeste que costumava assistir com meu pai, o lugar era cheio de garotas e mesas de pôquer, o que por sinal, ainda me impressiona em existir num mundo devastado pela destruição.
Logo quando sentei no balcão do bar, fui abordado por uma das garotas, mas essa era diferente, aparentava ter seus 40 anos, mas ainda com um corpo de 30, o que me impressionou muito.
-Olá senhor, sou Esmeralda, dona do Covil do demônio, procura algo em especial ? - me olhando de cima à baixo, parecia me comer com os olhos.
-Não, apenas quero um lugar pra descansar.
-Tenho quartos pra alugar, ainda estão vagos, melhor ser rapido, hoje a noite esta agitada.
-Até demais - tiro algumas moedas do bolso - creio que essa quantia cubra os gastos de minha estadia.
Ela sorriu como se nunca tivesse visto dinheiro na vida - Me acompanhe, por favor.
Vou andando logo atras dela, porém não consigo tirar os olhos de seu bumbum, aquele rebolado estava me hipnotizando, estava começando a pensar que talvez não fosse uma má idéia dormir acompanhado esta noite, mas não com a dona do prostibulo, é claro, por mais que ela pareça ser muito boa no que faz.
-Chegamos, fique a vontade - sorri maliciosamente, logo abre a porta pra mim.
-Obrigado.
Era um quarto simples, sem nenhum luxo, afinal, isso era o que menos tinha nesses tempos, vou até a janela, era uma vista direta pra fora, a queda não era longa, caso precisasse fugir, o salto não machucaria tanto.
Sim, eu tenho esses planos paranóicos, até porque, depois de tudo que ja passei, eu posso ser assim, Esmeralda deixou a chave sobre uma mesinha e saiu, deixei minhas coisas no chão e fui conferir a cama, não precisa de detalhes, era apenas uma cama. Fiquei pensando no caminho que teria de percorrer até o Alaska e isso seria muito complicado, eu nunca cheguei aos limites do país, sempre me mantive em lugares os quais ja estava acostumado, mas era uma missão, minha missão, tal qual me pagava bem até, o mapa veio nitido em minha mente, todas as estradas e possiveis rotas estavam agora flutuando minha visão, até certo ponto eu conseguia ver que perigos enfrentaria, depois, era tudo desconhecido pra mim, precisa do maximo de suprimentos possivel, seria a viagem mais longa que fiz até agora.
Momentos depois meus pensamentos foram domados por outros piores, o semblante de minha familia havia se projetado ali, então começei a pensar: E se eles estivesse comigo ? E se eu não conseguisse salva-los mesmo se não tivessem ido embora. No final conclui de que minha familia seria minha fraqueza e que realmente, estou muito melhor sozinho.
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Vírus
Science FictionNo ano de 2623, uma catastrofe biológica atinge a raça humana, uma guerra sem precedentes devasta nosso mundo, trazendo a vida criaturas inimaginaveis, resta aos poucos humanos sobreviverem nesse mundo destruido pela guerra.