Desconhecido: Desculpa, Edward, mas isso é algo que vais ter que fazer sozinho.
Eu: Ajuda-me.
Eu: O que é que eu posso fazer?
Desconhecido: Basta abrires os olhos.
Eu: Como é que é suposto eu fazer isso?
Desconhecido: ...
Eu: Como é que conheces a Katherine Miller?
Desconhecido: ...
Eu: Não me vais ajudar?
Desconhecido: Não sou eu quem tem que te ajudar. Isto é algo que tens que fazer sozinho. Basta quereres. Basta abrires os olhos.
Acabei por não descer para jantar, optando por permanecer relaxado na minha cama a refletir em tudo. Pensei nas três vezes que tinha ouvido o nome de Katherine Miller. A primeira fora nos meus catorze anos, quando ouvi o meu 'tio' Mike a falar sobre a tal de Katherine e eu, enquanto criança curiosa que era, apressei-me em fazer-lhe perguntas sobre a identidade daquela mulher. A resposta de que ela era uma antiga empregada dos meus pais que se tinha mudado para Espanha nunca me satisfez completamente; a segunda fora quando ouvi os meus pais a murmuraram qualquer coisa no escritório da mansão sobre a tal mulher há cerca de três anos atrás; e a terceira e última fora aquando da discussão que levou à saída de Dylan de casa. Dessa discussão e de tudo o que foi dito, lembro-me eu bem. Infelizmente, o nome de Katherine Miller foi apenas mencionado pelo meu irmão no meio discussão e os meus pais depressa desviaram o assunto, sabendo que eu estava a ouvir. Nunca tinha refletido seriamente na tal mulher. Toda a minha curiosidade se tinha resumido a uma curiosidade de criança. Pelo menos, até ter recebido as mensagens. Agora, tudo era diferente. Ligando todas as peças à solta no meu cérebro, depressa conclui que há qualquer coisa que os meus pais não me estão a contar sobre a tal mulher. E algo me diz que não é nada de bom.
***
Levanto-me e vou até à sala de pequeno-almoço, onde encontro Dorota, já recuperada, a servir os meus pais.
"Olá Dorota, folgo em ver que já te sentes melhor."
"Sim, menino. Foi só uma má disposição. Já estou pronta para outra." Informou-me a mulher, na casa dos 40 anos, com um sorriso nos lábios. Dorota era a cozinheira da casa e a emprega com quem eu me dava melhor. Sempre foi quase como uma segunda mãe para mim. Quando eu era pequeno e os meus pais estavam ocupados na quinta, era ela quem cuidava de mim e de Dylan, razão pela qual sempre nos afeiçoámos muito a ela. Os seus pais eram emigrantes polacos, que tinham vindo para Londres à procura de melhores condições de vida quando ela tinha doze anos. Ainda assim, o seu sotaque misturava um pouco de mulher polaca e de mulher londrina, formando um conjunto muito particular.
"Isso é que é preciso." Disse-lhe, sorrindo também para ela.
Dorota regressou à cozinha e eu fiquei na sala com os meus pais, a tomar o pequeno-almoço.
"Então, Harry, que vais fazer hoje?"
"Estava a pensar em ir à Universidade..."
"Fazes bem. Tens faltado a algumas aulas nos últimos tempos."
"Sim, é verdade."
"E em relação à quinta, filho?"
"Que tem a quinta?"
"Tiveste alguma ideia para ela?"
"Na verdade, não."
"Oh...não faz mal, eu e o teu pai temos a certeza que te lembrarás de algo em breve."

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Lies |H.S.|
FanfictionHarry Styles é o típico menino da mamã, muito chegado à sua progenitora, sendo esta a pessoa mais importante da sua vida. Nunca se apaixonou ou sequer teve uma namorada. A sua mãe representa o seu mundo. Mas, e se tudo fosse uma mentira? E se a sua...