AHHHHH (escola é um inferno!)

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O breu me engolia.

Podia ao menos perguntar o que fiz para merecer isto? As lágrimas geladas descendo dos meus olhos vazios.

Arrancaram minha esperança, ainda tão jovem. Como puderam? Uma criança, sozinha sem compreender o que os adultos diziam, mas como podia? Nem deveria.
Por isso eu corria, corria acreditando que ao chegar em casa minha mãe me receberia de braços abertos como sempre fazia. Queria abrir a porta de madeira e sentir os cheiros dos bicoitos recém assados.

Mas isso não seria possível, não agora, nem nunca. Não queria ficar naquele lugar, onde pessoas grandes me diziam coisas como: "sinto muito" ou "tão jovem para perder a mãe!", minha mãe não estava perdida! Estava escondida.
Eu ainda não entendia, a razão de ter que ficar com meu tio e por que raios minha mamãe estava sendo enterrada debaixo da terra, nunca brincamos disso antes! Ela nem me explicou o jogo! E meu papai? Por que eu não o tinha?

Muitas dúvidas pairavam pela minha mente inocente nesse momento, por isso não prestei atenção e não vi quando os cadarços do meu pequenos tênis vermelhos se enroscaram, ocasionando minha queda.
Rolei, arranhando os joelhos queimando a pele, caindo entre as arvores até uma surpefice úmida 
Eu cai no fundo do rio.

Eu não sei nadar.

Acordei desesperada com o barulho do despertador, o suor descia pelas minhas têmporas por causa do susto do pesadelo. Ah isso de novo, só não era pior do que sonhar com meu avô na praia — Ele nunca sabia quais eram de nudismo.

Afastei qualquer tipo de pensamentos sobre a memória horrível que havia acabado de reviver, vai por mim se afogar é bem traumatico. Principalmente naquele dia.

— Sério, cérebro? — Resmungo coçando a cabeça, tentando me levantar da cama. — Você poderia ser mais criativo!

Depois de muito esforço e já sentir o sol da manhã iluminando de forma desconfortável o meu rosto, eu me levantei fazer minhas higienes matinais, ou seja, mijar.

Ao olhar no espelho desejo não ter nem levantado da cama. Meus cabelos estavam (como de costume, se bem que de vez em quando eles nem parecem cabelos) para cima, oleosos e bagunçados e meus lindos olhos inchados e com olheiras.

— Nossa! Você está linda para o primeiro dia de aula, Lena — Disse para mim mesma bufando.

Sinceramente, estava a cara da derrota! Não poderia inventar uma desculpa para não ir a aula? Do tipo: "Ei tio, acordei com uma caganeira!" Ou até "Cara, você não vai acreditar! Quando levantei da cama eu escorreguei e quebrei o pé, posso falar hoje?". Mas me Lembrei do quão da Eun tinha ficado sobre hoje, ela ia me matar se eu não fosse. Então, como sou uma ótima melhor amiga, resolvi ir.

Não querendo me atrasar, tomei um rápido banho e me troquei colocando o uniforme, peguei minha mochila e fui a cozinha procurando algo para comer, quando cheguei lá vi um copo cheio de suco de laranja e duas torradas com geleia de morango postas a mesa e em cima um bilhetinho: "Me desculpe, já fui trabalhar. Boa sorte na aula, se esforce!" Sorri e comi o café feito pelo meu tio.

Fui a escola a pé, o era perto da minha casa não tinha muito problema mesmo, mas mesmo assim, para mim era uma caminhada longa o suficiente  para eu querer fazer uma pausa e tomar um litro de água.

Ao chegar na frente da escola pude ver uma coreana baixinha ( 1,45 para ser mais exata) procurando por algo incessantemente e assim que me viu, cravou os pequenos olhos negros em mim, veio correndo em minha direção rápida como um jato.

— LENAAAAAAAAAAAA! — Eun berrava eufórica. — EU ACHEI QUE NÃO VIRIA! Nossa eu iria te matar! Você não atendeu nenhuma das minhas ligações!

— Eun você me liga as seis da manhã, enquanto eu venho para escola e espera que eu atende? — Como resposta a coreana deu um tapa leve em meu braço, me fazendo rir alto.

Assim que de fato entrei na escola quis sair de lá. Todos os alunos se esmagavam no pátio para verificar  em que sala haviam ficado, e só de pensar que teria que conviver com isso pelo resto do ano me dava dor nas pernas.

— Me diz que já viu em que sala caímos para não termos que entrar lá dentro — Supliquei.

— Já — O tom de sua voz soava convencido. —, caímos na mesma sala, graças a Deus! Não sobreviveria sem você para ser minha amiga e me dar as respostas

Eun levantou as mãos para o céu como se agradecesse, aparentemente pelas respostas das provas garantidas.

— Vamos para a sala então, não quero me atrasar como no ano passado! — Lembrei da hostil primeira aula de física.

— Ok, vamos — Ela concordou, jogando os cabelos longos e pretos para trás.

Chegamos na sala e todos se acomodaram em seus lugares, sentei no meio da sala e Eun sentou em minha frente, conversamos até o sinal bater indicando que as aulas comecariam.

Reparei que tinha um lugar atrás de mim vazio mas nem liguei, era sempre assim, evitavam sentar perto de mim e de minha amiga por causa de uma brincadeira idiota da sétima  série

A primeira aula começou e eu estava com muito sono, quase dormindo quando a porta da sala se abriu, chamando a atenção de todos inclusive a minha.

Em frente a porta estava um garoto razoavelmente alto com o uniforme desarrumado e os cabelos descoloridos combinando com sua pele clara.

Ouvi as meninas suspirarem e vi ele dar um sorrisinho de satisfação.

Hmpf! Tem cara de ser babaca.

O professor parou de explicar e disse:

— Bem, alunos esse é Min Yoongi, transferido da tarde por que ele meio que dava... — O professor deu uma longa pausa, arrumando os óculos meia lua e tentando encontrar a palavra certa. — problemas.

— Relaxa, professor  — Ele disse com uma voz rouca e debochada. —  Eu vou me comportar, prometo.

Por alguma razão isso arrancou ainda mais suspiros das meninas e de alguns meninos também, que apontavam para as cadeiras vazias na esperança do novato sentar perto deles.

Que piada.

  — Pode se sentar atrás da senhorita Lena   — Disse o professor apontando pra mim.

QUE?

O novato correu os olhos pela sala até chegar em mim, por alguns segundos jurava sentir a temperatura caindo, quase como se uma nevasca atingisse meu peito. Engoli em seco.

   — Ah, com muito prazer — Concluiu ele, vindo se sentar atrás de mim.

O professor voltou a explicar, o barulho do giz contra a lousa preenchendo a sala.

— Eai, Senhorita Lena? — O seu hálito quente bateu contra meu pescoço me fazendo arrepiar, revirei os olhos, isso não podia estar acontecendo.

Você só pode estar zoando.

Continuei prestando atenção no quadro, fazendo anotações quando preciso.

— Não vai me responder, que má educada! — Disse com um sussurou, me deixando irritada. Deus tantos lugares e ele senta justo atrás de mim!

  — Presta atenção na aula — Falei seca, sem ao menos olhar para trás.

— Como quiser, nerdzinha.

AHHH

Eu

Vou

Matar

Esse

Garoto!

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Ok vamos lá AHHAHAHHA
PRIMEIRO: Oi depois de dois anos!
SEGUNDO: Bem, essa fic tinha sido só uma brincadeira minha, tanto que depois que escrevi alguns caps eu abandonei e segui a vida. O problema é que não sabia que tanta gente ia gostar, ainda mais com essa minha escrita! Então tentei voltar a escrever mas tinha perdido a senha da minha conta. Finalmente eu consegui a senha e resolvi reescrever algumas partes para deixar mais bonitinho mesmo, sem tirar a essência é claro.
TERCEIRO: Vou tentar fazer uma boa história disso, prometo.
Bem é isso, desculpaaa por tudo mesmo e espero que gostem!

Your Body/ BTS SugaOnde histórias criam vida. Descubra agora