Capítulo 7

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—Posso lidar com seu irmão, e ele não gostar de mim facilita muito. Vai ser até divertido. Falo enquanto olhamos algumas vitrines no shopping.

— Gracy, pelo visto você não entendeu nada mesmo, mas como poderia, sempre teve todos os garotos aos seus pés. —Elise estava me deixando cada vez mais confusa com seus rodeios.

— Ah por favor, eu não estou entendo nada porque você está falando nada com nada.— Disse meio exaltada.

— Calma! Tá bom, vem aqui, senta aqui que eu te explico tudo!— Finalmente!

 Eu conheço o meu irmão.— Reviro os olhos. Ah é!? Elise entende minha expressão e rapidamente conclui. —Ele gostou de você!

— O que? Bateu a cabeça Elise?

—É o jeito dele se armar, contra algo que ele não pode ter. Ele vai te irritar tanto á ponto de você odiá-lo. 

—Mas que porcaria você está dizendo? Cada vez me surpreendo mais.— Digo perplexa.

— Eu não sei o que aconteceu até eu chegar hoje pela manhã. Mas eu coloco a mão no fogo que ele gosta de você.

—Como alguém pode gostar de outro sem conhecer? E tá, melhor ainda, como você trata alguém que você gosta de uma forma desprezível como ele fez comigo? Ele me odeia.

—A primeira pergunta nem vou te responder, porque sei que muitos, senão todos os que se apaixonaram por você, foi assim que te viram. E a segunda pergunta, eu disse que ele iria te fazer odiá-lo, por isso a forma de tratamento tão delicada. Ele não te odeia, mas possivelmente você sim. 

— Volta ali na primeira resposta... na parte de que todos que se apaixonaram por mim... Eu não entendi de novo. —Falei desconcertada.

—Gracy, o negócio vai ser frenético.— Ela disse terminando de me assustar.

—Não, não, não, não... ele não pode se apaixonar por mim Elise. Não é possível.

—Meu irmão é intenso Gray! Ele certamente agiu assim contigo porque você é de outro país, e ele sabe que você vai embora um dia. Ele sabe que não pode te ter.

—Ele conseguiu pensar em tudo isso em poucos minutos sem quase nem falar comigo? Seu irmão é louco Elise, ou você é. Ou os dois.

Ela me olha meio frustrada. Eu sei que não é culpa dela, mas ela deveria ter falado dele pra mim, principalmente sobre este tipo de comportamento.

—Tá, e agora, como eu devo agir, o que devo fazer?— Pergunto já cansada do assunto.

—Como você mesma disse, entre no jogo dele, no mínimo vai ser divertido.— Ela fala dando um sorriso acanhado.

—Seria divertido se realmente ele não gostasse de mim.— Disse cerrando os olhos.

— Pois então finja que ele não gosta.— Ela diz levantando.

Eu não falei mais nada, que assunto mais chato credo. Continuamos olhando para as vitrines. 

A única coisa boa de toda a situação, é que esqueci por uns instantes meu real e verdadeiro problema a mais de 6 mil km dali!

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Chegamos com umas 20 sacolas mais ou menos, nunca tinha feito uma compra parecida, esperava continuar ali por um bom tempo pra valer a pena. Pois aquelas roupas e sapatos, só em lugar frio como Londres pra usar.

Subi para o quarto de hóspedes, ainda não conseguia chamá-lo de meu, e graças a Deus não encontrei com a criatura. Resolvi tomar um banho, dessa vez só uma ducha pra relaxar. Coloquei uma roupa leve e deitei um pouco na cama, acabei adormecendo. Acordei com alguém tocando em meu ombro. Dei um pulo com o susto.

Irmãos do Destino 3 - Verdade e EfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora