After Mamma's Death | l.s

Chapter 8 - Vermelho.

"Vermelho significa paixão, energia e excitação. Está associada ao poder, à guerra, ao perigo e à violência. O vermelho é a cor do elemento fogo, do sangue e do coração humano. Simboliza a chama que mantém vivo o desejo... Representa os sentimentos de amor e paixão."

~*~

Uma semana havia se passado, exatamente, uma inteira e torturante semana para a angústia do menino das saias. Ele não se permitiu se demonstrar abalado ou tentar ir de contra às vontades bipolares de seu vizinho após todo o ocorrido do melhor dia que havia tido após a morte de sua mãe; desmanchando em prazer sobre o corpo de um rapaz.

Apesar de tudo Louis entendia parte do que Harry poderia estar lutando contra; toda a conturbação sobre cometer atos sexuais com um menino, dizer que o desejava e fazer dele seu refúgio quando sua mente gritava que aquilo era errado. Para Tomlinson as coisas erradas se tornaram as melhores após a perda de sua mãe, porém o oposto acontecia com Styles, levando em conta a ausência de seu pai.

Acima de qualquer coisa, Louis respeitava Harry, seu tempo e espaço. Dava-lhe, inconscientemente, segurança e apoio ao apenas se manter quieto recordando sua mãe ao derramar lágrimas pela noite enquanto o rapaz preferia ficar só e tentar pôr a mente em seu devido lugar, ou ao menos vencer a batalha que era travada em seu inteiror.

Louis sentia que a qualquer momento poderia perder Harry pela a tal da autoconsciência, e sentia o coração apertar em seu peito quando a idéia de se tornar forte o bastante pelos dois já não era tão relevante.

...

- Lou! Lou! Lou! Lou!

Os gritos infantis e as risadas ao redor de Louis se tornavam cada vez mais altos, porém seu corpo não respondia quando tudo o que sua mente possuía a cada mísero segundo era um par de incríveis e hipnotizantes olhos verdes e pupilas dilatadas.

- Looooou! - Phoebe gritou impaciente, agarrando-se a barra da saia do irmão que fitava o outro lado da janela absorto em seu devaneio.
- Acordaaaaa!

- Oh. - Louis sibilou assustado com os gritos femininos ainda encarando a rua através do vidro aberto.
- Desculpe meninas e-eu... Tava é...

- Eu sei... - Riu Daisy encarando o irmão com a habitual carinha travessa. - Olhando o menino dos cachos!

- O-o quê?! - Exclamou o irmão em perplexidade.

- Você sempre olha ele, dã! - A menina insistiu divertida e viu a expressão desconcertante na face do garoto.

- Eu não olho ninguém!

- Ahh, mas ele é tão bonito Lou, não tem problema! - Disse Phoebe em sua inocência de criança.

- O quê?! - Louis continuou perplexo, não entendendo o por quê de duas meninas de seis anos de idade dizerem tais atrocidades. - Lottie e Fizzy andam dizendo essas coisas pra vocês, é? - Questionou o garoto dando a volta pela sala e se jogando no sofá.

- Ninguém precisa falar, Looou. - Daisy revirou os olhinhos se jogando entre os joelhos do irmão. - Nós já sabemos.

- Sabem do quê suas pilantrinhas? Ham?!

Louis atacou as irmãs ao que começou a correr pela casa atrás delas, que gargalhavam e se esquivavam das mãos do menino prestes a distribuir uma série de cócegas. Após uma boa correria, as crianças pularam por cima do sofá e caíram esgotadas no tapete quando foram encurraladas por um Louis fingindo-se de furioso.