Últimas Pegadinhas

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POV. Tris
Batuco o lápis na mesa já começando a ficar impaciente, 1 hora, 1 hora e nada de idéias para o próximo ataque, com certeza a pegadinha dos meninos ja estava pronta e eu aqui sem nenhuma idéia, escuto alguém bater na porta do quarto e olho no relógio, 15 minutos pra aula começar, com certeza são as meninas vindo pegar os materiais, tiro os fones do ouvido e vou até a porta, não consigo manter a porta aberta nem por um segundo já que sinto alguém entrar rapidamente e fechar a porta atrás de si a trancando, sinto mãos na minha cintura me empurrando e me assusto sem ainda indentificar o intruso no meu quarto, só quando consigo olhar em seus olhos cai a ficha de quem é.
-Me larga Tobias, o que você quer aqui ?
- Uma oferta de paz -ele diz tirando as mãos da minha cintura e voltando a coloca -las em mim só que agora na minha nuca me puxando para ele, não tenho nem tempo de respirar e ja sinto seus lábios nos meus.
Começo a soca-lo na intenção de me soltar mas paro ao perceber que não era isso o que eu queria de verdade, retribuo o beijo o sentindo ne empurrar de leve para a cama, dou alguns passos para trás sem nos seperar mas acabo caindo na cama fazendo o ar que restava em meus pulmões sair completamente, paro para respirar e o encaro.
- Por que uma oferta de paz ? -pergunto ofegante o encarando e vejo ele corar.
- Porque não estava mais aguentando te ver sem poder fazer isso -ele diz e volta a me beijar agora mais intensamente, com algo a mais que eu não sabia o que era mas que me fazia perder completamente a noção.
Retribuo o beijo intensamente como se aquele momento fosse acabar a qualquer instante, o que infelizmente acontece quando o primeiro sinal bate e faz a gente se afastar com o susto, o encaro sentindo minhas bochechas pegarem fogo e me sento na cama ainda ofegante sem conseguir pensar direito no que tinha acontecido.
- Então, paz ? -ele pergunta ainda receoso me estendendo a mão.
-Paz ! -aperto sua mão com confiança e ele levanta meio atordoado e vai embora.
Levanto da cama com um salto e a cabeça cheia de idéias para a próxima pegadinha, sei que esse "tratado de paz" era uma farsa e eu não ia passar por idiota. Saio do quarto correndo ja meia atrasada para a aula e vou correndo pelo corredor até a sala, entro na sala de aula e vejo que o professor ainda não chegou me lembro que infelizmente nós teriamos aula com a turma de informática pois de acordo com meu professor não poderiamos estudar administração sem ao menos saber administrar um computador, olho ao redor da sala e meus olhos se encontram com o de Tobias, droga ! Ele teria aula comigo, sento na minha cadeira habitual e espero o professor chegar, assim que ele coloca os pés na sala sinto minhas costas começar a coçar, tento coçar disfarçadamente mas cada vez mais a coceira aumentava, tento prestar atenção no que o professor estava falando mas acaba sendo impossível já que toda a minha concentração estava em acabar com aquela coceira, percebo todos me enrando e só agora eu percebo que estava me coçando sem parar e aquela droga não parava.
- Srta. Prior, está com algum problema ? -o professor me pergunta preocupado.
- N-não é só...só está coçando m-muito -digo sentindo o meu rosto todo queimar tanto pela vergonha quanto pelo esforço que eu estava fazendo para acabar com aquilo.
Não aguento mais e levanto da cadeira derrubando todo o material de cima da mesa, começo a pular tentando me coçar mais forte o que não adianta nada e só deixa a sala explodindo em risadas, principalmente um certo idiota que com certeza era o motivo daquilo tudo, não aguento mais aquela tortura e acabo arrancando a camiseta no meio da sala ficando só de sutien fazendo todos que estavam ali soltar o ar de surpresa e os meninos arregalarem os olhos, antes que o professor possa fazer alguma coisa sinto alguém me puxar pelo braço e pegar a minha camiseta que estava no chão e me arrastar para fora da sala.
- Você é louca ?! -Tobias pergunta nervoso.
- Sou, sou muito louca e você é um idiota ! -me esforço para falar e quando termino sou arrastada bruscamente até meu quarto. Ele abre a porta do quarto e me empurra para o banheiro abrindo o chuveiro, assim que sinto a água gelada cair em minhas costas a coceira diminui até parar, sinto a roupa que estava vestindo pesar e o tênis que estava usado encharcar com a agua do chuveiro, encaro Tobias com um olhar assassino e ele engole em seco antes de sair, assim que escuto a porta fechar tiro o resto das roupas e relaxo com a água aliviando o stress e a coceira, idiota, idiota, idiota, como fui cair na pegadinha mais velha possível, desligo o chuveiro e visto o meu pijama, não pretendia sair pra aula nenhuma mais hoje, mando mensagem pras meninas avisando que estava no quarto e não espero elas me responderem e me jogo na cama caindo no sono no mesmo instante.
Acordo ofegante ainda com imagens de um certo imbecil na minha mente, que droga ! Até nos meus sonhos ele me persegue, fecho os olhos e passo a mão pelo meu cabelo na intenção de esquecer esse sonho e me acalmar ja que meu coração batia acelerado, saio da cama e encontro um bilhete das meninas avisando que tinham ido comer, olho no relógio e ja eram 18hrs, visto uma roupa e vou colocar meus planos em ação.
***
Última parte das pegadinhas, era a única que me faltava, mas por pouco tempo, entro no quarto dos meninos, idiotas, deixaram a porta do quarto aberta, vou até o banheiro e procuro um shampoo em específico, acho o que estava procurando pelo cheiro e coloco o corante lá dentro, prontinho, sorrio e abro a porta do banheiro para sair, mais assim que piso do lado de fora, a porta do quarto abre e Tobias entra, ele me encara espantado e eu tento disfarçar a minha cara de susto e fico maos aliviada ao ver que os outros meninos não estavam.
- O que você está fazendo aqui ?
- Estava esperando pra fazer isso -digo e faço a primeira coisa que me vem a cabeça, o beijo.
Memórias do sonho que tive vem a minha mente o que só faz eu me empenhar ainda mais no beijo, percebo que o susto inicial dele passou e que ele começa a retribuir na mesma intensidade, mordo seus lábios parando o beijo com muita dificuldade o deixando sem entender nada, sorrio maliciosamente antes de sair do quarto sem antes é claro dar uma piscadinha para provocar.
Volto para o meu quarto quase me sufocando de gargalhar quando fecho a porta atrás de mim, vejo as meninas me encararem perguntando o que aconteceu e lhes conto as pegadinhas que eu tinha aprontado, nós rimos ainda mais, mas somos interrompidas quando meu celular começa a tocar avisando uma nova chamada de vídeo do meu pai, atendo com as meninas atrás de mim olhando anciosas pra tela do celular.
- Oi pai !!
- Oi tio !!!! -as meninas gritam em uníssono e meu pai ri.
- Oi filha, oi meninas, a gente tem uma proposta pra vocês -meu pai fala direto como sempre quando o assunto era suas "proposta".
- Não aceitamos !!! -eu e as meninas falamos juntas e ele ri mais uma vez, por um acaso nós temos cara de palhaça ? Eu tenho uma raiva quando meus pais fazem isso.
-Então vocês não vão querer sua casa de volta ? -ele pergunta e sorri.
- Mas a que preço ? -pergunto direta.
- No sábado um colega nosso vai dar uma festa e solicitaram a presença de vocês -meu pai fala e nós reviramos os olhos, como eles eram policiais algumas vezes ajudavamos em alguns casos o que fazíamos tão bem que nossas presenças eram solicitadas em várias festas de amigos do meu pai, o problema era que essas festas eram um saco.
- Pai você sabe que não gostamos de ir nessas festas ! -digo e ele me encara como se fosse contar um segredo.
- Mas nessa festa vão ter vários empresários de grandes empresas e eu achei que ja que vocês tem essa idéia de ter uma empresa so de vocês essa festa seria uma boa, sem contar que ainda vão ter sua casa de volta e ficaram livres do castigo. - meu pai diz e eu encaro as meninas.
- Topamos. - dizemos juntas e meu pai faz uma cara de alívio forçada.
- Mas tem um problema, Sebastian, ele não vai querer ir de jeito nenhum -Clary diz e meu pai descarta com um aceno de mão.
- Seus pais ja estão cuidando dele, agora é com vocês, se preparem pois vocês tem uma festa pra ir.

Entre o amor e o ódioOnde histórias criam vida. Descubra agora