Livre para amar (Grazi's P.O.V)

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Desliguei o telefone e fui fazer uma boa maquiagem pra disfarçar os hematomas...Quando eles desapareceram, peguei meu celular, liguei para o Adrian e pedi pra ele me dar uma carona até o hospital... claro que ele não recusou o meu pedido, 30 min depois que desliguei o celular lá estava ele tocando o interfone.
Como eu disse, não tenho medo da Pamela e não vou ficar quieta, não fiquei mesmo, durante o caminho até o hospital contei a desagradável surpresa que tive assim que entrei em casa... pela cara dele, dava pra ver a raiva que ele sentia. Contei também da gravidez dela que por sinal só pude perceber depois que ela colocou a mão na barriga de tão apreensiva que eu estava, porém a gravidez é verdadeira porque a barriga ja podia ser vista, nota-se que está de poucos meses mas que ela está grávida mesmo está infelizmente...só nos resta saber se o bebê é o segundo filho do Adrian ou se é filho da Pamela com o chefe/amante.

"Olha Grazi, mal posso acreditar nisso tudo que você está me contando... a Pamela pirou de vez, porém faço questão de saber se esse filho é meu e se for vou assumir. E mesmo separados vou fazer de tudo pra ser um pai presente tanto pra esse bebê quanto para o filho que nós já temos juntos... sempre fui presente na vida dele e isso não vai mudar."

Quando chegamos ao hospital, Amy, Bruno, Beca e Léo me esperavam e abracei um por um...

"Adrian, conta pra eles tudo o que te contei no carro, vou falar com o Jean Carlo já já eu volto. Me desejem sorte."
Jean Carlo foi muito mais compreensivo do que eu pensava, pra começar nossa conversa ele me agradeceu milhões de vezes por ter ajudado a salvar a vida dele já que, quando ainda estava em estado grave eu me lembrei que nosso tipo sanguíneo era compatível e não pensei duas vezes, doei com o maior prazer.
Depois de tanto agradecer, me pediu mil desculpas, disse que ficou nervoso e acabou agindo por impulso e sofreu as consequências. Toda vez que eu tentava dizer alguma coisa, explicar que eu também estava errada, ele me pedia para apenas escutar o que ele tinha a dizer.
Então ele disse que como estava a muito pouco tempo aqui no Brasil, mal conseguia entender o português mas que estava se esforçando...e completou dizendo que se lembrava da visita que meu irmão fez a ele durante o coma, e o mais importante, que lembrava de tudo o que meu irmão lhe disse comprovando que realmente as pessoas escutam o que as outras falam enquanto estão em coma.
Perguntei o que o Vitor havia dito, e ele resumiu dizendo que o meu grande amor sempre foi o Adrian, que eu nunca escolhi amar ele... simplesmente aconteceu. Segundo o Jean Carlo, meu irmão disse que eu não tenho culpa nenhuma por amar o Adrian e que ele deveria entender isso.
Não aguentei e comecei a chorar, Vitor também disse a Jean Carlo que era fã do meu romance com o Adrian desde a infância e que sempre torceu pra gente ficar junto.
Enquanto Jean Carlo acariciava minha mão, ele dizia que ainda me amava e que pra me provar estava me deixando livre pra viver com quem eu amo de verdade e ser feliz, pra terminar ele me disse que o irmão dele chega da França amanhã e se os exames não apontarem nada estranho ele volta pra França com o irmão. Me ofereci para leva-los ao aeroporto quando forem partir e não aceitava não como resposta, ele apenas me deu um sorriso e eu o beijei na testa. Agradeci por todos os momentos bons juntos e saí do quarto ainda com as lágrimas escorrendo.
Dias depois, os resultados dos exames saíram e como esperávamos Jean Carlo estava mesmo ótimo. No dia que estava de partida eu Beca e Amy fomos levar ele e o irmão ao aeroporto no carro da Amy... e ele foi embora, todo sorridente.

Marcando TerritórioOnde histórias criam vida. Descubra agora