Não demoro muito, pois não quero o deixar esperando, volto ao quarto com uma toalha enrolada no corpo, pego a roupa que ele me deu para vestir, a blusa é parecida com a parte de cima é parecida com o vestido que eu havia vestindo, já a calça era colada, mas muito confortável, termino de me vestir dou um nó no meu cabelo, pois não tem creme para arrumar e saio do quarto, o vejo sentado em uma das cadeiras em frente à mesa parece estar com algo parecido com um tablete na mão a diferença é que ele é quase todo feito de energia o que parece ser bem comum por aqui. Estou parada próxima a ele, mas não sei como chamar sua atenção, por isso vou andando para seu lado para que ele possa notar a minha presença. Levou um tempo para que ele me reparasse, quando me olhou me encarou por um tempo e simplesmente levantou e entrou novamente na mesma porta de mais cedo, parece que ele não gosta muito de falar, ele volta com um pote na mão e me entrega, abro e vejo um creme violeta, olho para ele com uma interrogação no rosto.
_ Arrume seu cabelo.
Ele não falou mais nada, volto para o outro quarto e me sento em uma penteadeira que havia ali, e arrumo meus cachos durante o processo me perco no pensamento de como esse rei era um tanto mandão, mas acho que ele pode afinal rei é rei. Termino e volto novamente para o outro quarto, desta vez ele estava em pé olhando para a porta de onde sai.
_ Vamos.
Dou um suspiro e sigo atrás dele para fora do quarto e por vários corredores, seria difícil eu me acostumar aos corredores praticamente idênticos. Quando estou preste a perguntar se demora muito, ele para em frente há uma porta que se abre instantaneamente, mostrando uma sala vazia.
_ Vou te ensinar tudo que precisa saber sobre a sua arme e sobre luta, entendeu?
_ Sim.
_ A primeira coisa que deve saber é que sua arma não é somente aquela, aquela é a arma principal, mas delas podem vir variações.
_ Como assim?
_ Por exemplo, de uma espada podem vir adagas, facões ou até mesmo outros modelos de espada. Entendeu?
_ Acho que sim.
_ Certo, então vamos começar, feche os olhos e visualize a sua arma na sua frente.
O obedeci e tentei ver a minha foice com espada na outra ponta.
_ Pronto.
_ Bom, agora imagine que ela está sendo desmontada o máximo possível logo após você multiplicara ela e remontara de todas as formas possíveis, não tem problema sobrar ou até pegar de outo conjunto, às vezes pode faltar alguma coisa, algumas, você consegue criar outras não. Acho melhor você se sentar, tem muito trabalho a fazer, irei sair para resolver alguns assuntos, quando retornar, quero que me mostre todas que conseguiu produzir.
Dou um suspiro o vendo sair da sala, vou até um canto me sento encosto na parede e volto a me concentrar, existe varias combinações para minha arma, então começo o longo trabalho, logo de primeira tento imaginar duas correntes uma fina e outra mais grossa, depois de ter que praticamente visualizar cada elo, vou para o trabalho de montar todas as formas possíveis. Acabo me perdendo no tempo, e não percebo quando ele volta.
_ Terminou?
Dou um pulo pelo susto, olho para ele reparando que ele está sem a mascara e com uma roupa bem comum, o que eu não entendi bem, achava que reis se vestiam diferente.
_ Não se preocupe ninguém sabe quem eu sou para todos os efeitos sou apenas um treinador.
_ Como devo chama-lo?
_ Quando estiver com a mascara me chame de mestre ou senhor Yatajda por formalidade, como estou agora me chame de Harpócrates, pois serei seu professor.
Os nomes são um pouco estranhos, mas acho que não posso falar nada, apenas dou um pequeno sorriso e assinto com a cabeça indicando que entendi.
_ Certo, agora me mostre o que você conseguiu até agora.
Então começamos o longo processo de o que eu havia conseguido o que poderia melhorar e o que não há mais salvação e deveria ser descartado. Ao todo consegui mais ou menos 10 armas a partir da minha principal. Logo começamos a voltar para o quarto depois de tanto tempo estava exausta, mas logo me veio à mente algo importantíssimo que estava deixando de lado.
_ Onde e como está Mari?
_ Ela foi colocada em um quarto próximo ao nossos, não se preocupe ela está sendo bem tratada, ainda estou pensando qual função ela poderá ocupar, depois gostaria que você falasse o que ela sabe fazer.
Disse sem parecer dar muita importância, andando sem se quer olhar para mim.
_ Posso vê-la?
_ Em breve, quando for capaz de se defender verdadeiramente, sem que eu precise intervir em qualquer ocasião, estamos entendidos?
_ Se não há opção, eu entendo.
Digo dando um suspiro. Continuamos o resto do caminho em silencio, parece impossível visualizar qualquer emoção ou traço de seus pensamentos em sua face, isso dá um pouco de medo, pois não há como saber como devo agir perto dele, é como uma incógnita que nunca foi desvendada. O encaro por um tempo, até que ele parece perceber e me encara nos olhos, é como se ele olha-se minha alma, desvio os olhos, pois não suporto isso, às vezes sinto como se minha alma quisesse me deixar, poder descansar, e sei que ele seria capaz de ver isso.
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Antigo Império
Science FictionDepois de já ter perdido meus pais, e conseguir me virar para lidar com tudo e continuar a viver, eu pensava que nada mais podia acontecer, mas como sempre nada é como esperamos. Eu tinha uma vida normal ate que descobrir que "pessoas" de outro pla...