Antigo Império

Capítulo 4

Oh sim! Isso vai ser divertido!

O garoto que foi chamado de Thor fez um martelo aparecer, bem acho que isso explica o porquê do garoto ter esse nome. Ele balança aquele martelo enorme na minha direção é bem difícil desviar desse troço enorme, mas pela expressão dele é difícil manter o martelo, eu observo todos os seus movimentos, e no momento em que ele eleva o martelo sobre a cabeça uso o lado de espada para ferir seu ombro, o que dá fim a luta. Após isso vou para fora da arena.

Quando todas as lutas acabaram, todos já estavam exausto.

_ Com os preços já postos, podemos então começar o leilão. Iremos começar...

Ele foi interrompido por um homem que corria em sua direção para falar com ele. De repente todo o foco se mudou para um homem com mascara.

_ Vossa alteza a que devemos a honra de sua presença.

_ Resolvi aproveitar que há tantas pessoas reunidas, e anunciar quem decidi quem será meu servo.

Todas as palavras vêm de uma forte voz que atravessa meu corpo, deixando um arrepio desde a minha nuca até os meus pés. Não entendo por que isso está acontecendo, é uma sensação estranha que nunca senti antes e que provavelmente é melhor eu ignorar, pelo menos por enquanto.

_ Hora que honra. Então nos conte, por favor, quem será o nobre felizardo que terá a honra de ser a mão direita de nosso rei.

Ele pareceu olhar para todos, bem eu imagino que sim pela forma que ele girou a cabeça, afinal não tem como saber muita coisa com ele usando aquela mascara.

_ Eu escolho aquela que vocês chamam por Ceifadora.

Não suportei. O ar simplesmente sai dos meus pulmões com força. Não entendo nada desta situação, mas pela reação de todos ao redor, não gostaram nada disso, apesar de ser a decisão de seu rei.

_ Meu senhor, deve haver algum engano, ela é apenas uma escrava, uma humana, como tal ser poderia servir ao senhor apropriadamente, existem vários nobres que ficariam muito melhor no dever de seu servo pessoal, um ser da nossa espécie...

_ Já chega!

Imagino que ele já deva estar muito irritado com isso, pois ate mesmo eu que nem perto estou fui capaz de sentir a sua irá.

_ Mas...

_ Continua a me contestar mesmo após eu ordenar para parar?

O silencio recaiu sobre todos, de certa forma é engraçado. Seus olhos me encontram pela primeira vez e me sinto um pouco hipnotizada por seus olhos que de onde eu estou parece um castanho esverdeado, não da para ter certeza por causa da distancia.

_ Venha.

Não tenho outra opção a não ser segui-lo. Andamos e passamos por elevadores, ate que finalmente ele parou em uma porta em que ele parou em frente.

_ Venha aqui.

Ele falou de forma gentil, mas...

_ Para o que?

Eu ainda estou apreensiva, em frente à Mari eu preciso ser forte e segura de mim mesma, mas está situação não tenho certeza de como agir.

_ Não se preocupe vou apenas cadastra-la no sistema para que você possa entrar no meu quarto há qualquer momento.

_ E quem mais pode?

_ Até agora apenas eu?

_ Então porque eu deveria?

_ Você será a minha serva pessoal, será inferior apenas a mim e a mais ninguém, ou meu braço direito que é como muitos gostam de falar.

_ Ainda não entendi direito, você é o rei o que poderia acontecer?

_ Muitos querem ser o rei.

Terminou de digitar algo no painel e as portas de acesso se abriram.

_ Pronto. Vamos entrar que vou te explicar melhor.

Falou já adentrando as portas, fui atrás dele, assim que passamos as portas se fecharam atrás de nos. Estava apreensiva, pois não sabia como agir, qualquer engano meu pode significar a segurança da Mari. Estava nervosa demais para conseguir reparar no ambiente.

_ Sente-se.

Disse apontado para uma das poltronas em frente a uma mesa e se sentado em uma poltrona ao lado. Ando devagar e me sento no local indicado.

_ Você não deve estar entendendo nada, não é mesmo?

_ Nada.

Disse apenas.

_ Bem vou tentar explicar do inicio e ser bem direto. Há muito tempo um ancestral meu foi traído por nobres de sua confiança, a partir de então ele resolveu bolar alguns planos para sua segurança e de seus sucessores ele começou a usar uma mascara com um decodificador de voz, que independente de quem usasse teria a mesma voz, escolheu apenas uma pessoa que estava além de todas as regras e devia obediência apenas a ele, para que quando morresse houvesse alguém para explicar ao seu sucessor toda a situação, após longos anos as pessoas já não sabiam quando um morria e outro iniciava, e também foram se esquecendo, logo começou a crença de que o rei é imortal, e é por isso que está aqui. Você será a minha serva, a única que conhecera o meu rosto, me representara quando necessário, é poderá até mesmo tomar algumas decisões em meu lugar, você recebera treinamento para me defender, você não será meu braço direito, será mais que isso, você deve ser perfeita aonde eu não for, deve complementar os meus atos e ser uma extensão de mim. Conseguiu entender?

_ Sim. Mas posso fazer uma pergunta?

_ Claro.

_ Eu tenho uma amiga que não deveria estar aqui, o que vai acontecer com ela?

_ Nada vai acontecer há ela. Como disse não deveria estar aqui, mas logo arrumaremos uma função para ela executar.

_ Para mim parece ótimo.

_ Bom já que estamos resolvidos, existe um quarto adjacente a esse que é onde você ira ficar. Mas antes de tudo me ajude a tirar essa mascara.

_ Mas como?

_ Atrás existem travas, abra elas.

Levanto-me de minha cadeira e vou para trás dele procurando as travas na mascara. Elas são um pouco escondidas, mas logo as acho e começo a abri-las. Quando termino ele puxa a mascara para frente e levanta-a, removendo-a. uma massa de cabelos totalmente negros cai em minha frente, sinto uma vontade inespeda por toca-los, mas me seguro. Ele se levanta de repente, claramente é possível perceber que ele é uns 30 cm mais alto que eu, quando se vira para mim a primeira coisa que eu vejo são seus olhos que parecem um verde musgo, depois começo a reparar ele melhor, sua fisionomia é quase a de um humano comum, mas tem um traço da beleza exótica que comecei a associar com todos eles. Devo estar olhando há muito tempo, pois ele começou a me encarar de forma diferente.