Um mês depois.
O tempo passou de forma rápida, me sinto culpada de não poder ter ido ver a
Mari até hoje, mas o treinamento estava tomando todo o meu tempo, aprender a lutar, a me portar perto dos outros, todas as minhas obrigações ao lado dele, ele que me dá medo ao mesmo tempo me encanta, durante esse tempo nos aproximamos, às vezes passamos bastante tempo conversando, as historias que ele conta são incríveis e me fascinam completamente._ Você pode ir ver sua amiga, mas não demore, pois iremos parar em um planeta próximo para negociar uma aliança e quero você ao meu lado.
_ Sim senhor. Obrigada.
Dou um sorriso e vou andando em meio aos labirintos de corredores em direção do quarto de Mari, ele me mostrou um mapa de toda a nave, me fez decorar e percorrer todo, desde o caminho pelos corredores até o que é cada sala, foi difícil, mas agora sei me locomover sem ajuda.
Estou há uns cinco minutos, parada em frente à porta do quarto que Mari está ocupando, sinto medo, pois não sei qual será sua reação quando me vir, após todo esse tempo, como não tenho coragem a solução é ir com medo mesmo, tomo folego e fico em frente ao identificador de presença que logo me detecta e avisa que há alguém na porta, não demora e logo a porta é aberta, ela me olha surpresa, mas logo da um grito e se atira em mim me dando um abraço apertado, demoro um pouco, mas logo retribuo senti falta dessa doidinha.
_ Eu não acredito. Não acredito como eu estava com saudade de você, não tinha acesso a nenhuma noticia sua, estava tão preocupada, mas não tinha nada que pudesse fazer.
Ela diz de forma eufórica, me sufocando em seus braços.
_ Vamos entra, entra!
Fala já me puxando para dentro, dou uma risada leve do jeito dela se comportar.
_ Como você está? Como é ser a mais próxima do rei? Como ele é? Bonito ou feio? O que vocês estavam fazendo? Vai menina desembucha logo, não temos todo o tempo do mundo.
_ Ora se você puder parar para respirar e der uma pausa para que eu possa falar ira ajudar bastante.
_ Tá, desculpa, mas é que faz tanto tempo que não falo com você que estou ansiosa.
_ Certo, vejamos, sim estou bem, não é algo que eu esperasse, não posso falar, diria bonito, eu estava treinado, acho que é só.
_ Só? Um mês sem nos vermos e isso é tudo que tem a dizer? Vamos, eu quero mais informação.
Dou um suspiro, me pergunto de onde ela tira tanta energia e curiosidade.
_ Não posso falar muito, sabe disso, e não tenho muito tempo. Mas me fale de você, como está?
_ Eu estou bem, me colocaram para levar alimento para alguns prisioneiros menos perigosos.
_ Encontrou algum prisioneiro como aqueles atores de filme? - Disse dando um sorriso.
Ela cora todo o rosto, é estranho, ela que sempre leva tudo na brincadeira.
_ Aconteceu algo?
_ Não, nada? Não aconteceu nada, por... Por quê?
Ela fala de uma forma tão nervosa, que não é normal há ela, mas deve ser por causa da mudança repentina que ocorreu de forma surpreendente.
_ Não é por nada. Apenas estou preocupada com você, mas desde que você esteja bem, o resto irei resolver depois.
_ Não se preocupe estou bem. - Diz dando um sorriso, que parecia ser um pouco forçado.
Apesar de não podia fazer nada agora, apenas dar um suspiro ao lembrar que devo ir embora, volto a olhar para ela, mas meu único pensamento é que eu posso permanecer ao lado dele sem preocupação.
_ Me desculpe, mas eu devo voltar para o lado dele, sinto muito por não poder ficar por mais tempo, mas prometo voltar mais vezes de agora em diante.
Ela se levanta ainda sorrindo, me da um abraço como se para consolar de alguma forma.
_ Sempre volte, não se esqueça, entendeu?
_ Sim, não vou esquecer.
Me viro e vou de volta para o lado daquele que está se tornado importante para mim de forma muito rápida, o encontro no quarto esperando por mim. Assim que me vê estende a mascara para ajuda-lo há coloca-la, apesar disso já ter virado um costume, sempre que o ajudo a colocar essa mascara eu lamento ter que esconder um rosto tão bonito, mesmo que eu saiba que é para ele ficar seguro. Após terminar os preparativos andamos em direção ao deck de saída da nave, ele me fez vestir um vestido com um corpete enrijecido e com a saia esvoaçante com uma fenda em cada perna tornando a locomoção bem fácil.
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Antigo Império
Science FictionDepois de já ter perdido meus pais, e conseguir me virar para lidar com tudo e continuar a viver, eu pensava que nada mais podia acontecer, mas como sempre nada é como esperamos. Eu tinha uma vida normal ate que descobrir que "pessoas" de outro pla...