The Reality (The Survival sequela) » h.s

LI

"Yes I do, I believe
That one day I will be, where I was
Right there, right next to you
And it's hard, the days just seem so dark
The moon, the stars, are nothing without you
Your touch, your skin, where do I begin?
No words can explain
The way I'm missing you"

POV Harry

Acordo com a luz do sol a entrar nas janelas da sala. Abro os meus olhos com dificuldade e olho em volta, tentando perceber o porquê de ter dormido aqui.

Lembro-me de ter passado a meia-noite com os meus pais, o Louis, o Niall e a minha irmã cá em casa. Provavelmente adormeci e eles deixaram-me aqui, coberto com uma manta.

Esfrego os meus olhos e levanto-me, subindo as escadas até ao andar de cima. Hoje eram os meus anos e eu queria ir vestir-me para passar o dia fora. Não sei ao certo onde vou para além de ir a casa como a Amy me pediu. De tarde devo ir ter com o Louis ou assim.

Entro no quarto e alcanço o meu telemóvel que estava sobre a mesa de cabeceira. Quando desbloqueio o aparelho vejo notificações, mas é o nome da Amy o que me chama a atenção. Eu não tinha o telemóvel à meia-noite e provavelmente ela mandou-me mensagem.

Sento-me na cama e suspiro antes de me concentrar nas notificações com o nome dela.

1 chamada não atendida às 11:59 da Amy.

2 mensagens da Amy à meia-noite.

Ignoro as mensagens das outras pessoas e abro as dela, deitando-me em cima da cama e focando-me no ecrã brilhante.

Amy: Parabéns grandalhão!! 23 anos cheios de felicidade, cheios de amor, cheios de diversão, cheios de tudo o que a vida te deu até hoje. Queria estar aí contigo ao teu lado como tu estiveste nos meus anos. Queria que fizéssemos exatamente o mesmo que fizemos nos meus anos. Queria que estivéssemos tão bem como nessa altura. Espero que saibas que continuo aqui para ti independentemente de tudo e que te amo como nunca amei ninguém. És a melhor pessoa que conheço e tenho muito orgulho na pessoa que és.

Para sempre tua, amo-te muito.

Amy: Desculpa por ter ligado mas queria ouvir a tua voz e ser a primeira a dar-te os parabéns. Percebo porque não atendeste e tenho pena de não o teres feito. Amo-te.

Releio a primeira mensagem pelo menos três vezes. Arrependo-me de não ter estado com o telemóvel no momento em que ela ligou. Na verdade, eu não sabia se iria ou não atender mas provavelmente iria fazê-lo.

Ontem depois de chegar a casa estive a pensar na conversa que tive com a Amy. Ela pareceu-me verdadeiramente sincera apesar de tudo e eu cheguei a ponderar ir ter com ela para falarmos novamente. Eu quero voltar para ela, quero mesmo.

Mas estou magoado e não é fácil tomar uma decisão.

Suspiro e decido responder às mensagens dela. Devo-lhe um pedido de desculpas por não ter respondido. Ela deve ter pensado que eu a ignorei mas não. Não o faria neste momento.

Harry: Bom dia. Desculpa por não ter respondido e atendido, não estava com o telemóvel. Obrigado por tudo e acredita que não queres mais do que eu tudo aquilo que referiste nessa mensagem. Apesar de tudo vou estar sempre aqui para ti.

Envio a mensagem e escrevo uma nova para a acompanhar. Penso durante uns segundos, escrevo e apago-a diversas vezes, mas no final acabo por enviá-la. Apesar de tudo eu continuo aqui para ela, continuo a sentir o mesmo, a pensar em si a toda a hora, a sonhar com ela nos meus braços, e eu só espero que ela saiba isso.