Capitulo 1 - o inferno está de volta a cidade.

57 7 0
                                    

Um ano depois

Depois de dar a volta em alguns quarteirões, Oliver volta ao seu novo apartamento no centro de Chicago , tirou seus fones de ouvido e foi checar sua caixa de correio, Contas e contas e mais contas. Mas uma carta o chamou atenção, era da promotoria de Rivertown, ele deu de ombros e deixou para ler depois.

Entrou no elevador e foi para seu apartamento, abriu a porta e ligou a televisão enquanto ia preparar seu suco detox, entretanto ficou encarando sua foto com sua finada mulher, Laurie, que estava na parede. Ela parecia tão feliz, com um sorriso honesto no rosto, ele encarou aquela foto por alguns segundos até que algo que estava passando na televisão o tirou do transe.

"Acontecerá na próxima semana o julgamento de Ethan Tanner, depois de 1 ano preso pelo assassinato de Laurie Watson, Ethan finalmente vai poder se defender das acusações de homicídio doloso. Ainda não há informações se o ex-marido da vítima, Oliver Watson, irá comparecer. A advogada de Ethan conseguiu abrir um novo inquérito, onde Ethan garante que não foi ele que matou Laurie."

Oliver sentiu um misto de raiva e surpresa, eles iam abrir um novo inquérito sem o consultar? então lembrou da carta da promotoria. Ele abriu e começou a ler.

"Caro senhor Watson,

A promotoria de justiça da cidade de Rivertown irá organizar um novo julgamento para o detento Ethan Tanner Jr. e a presença do senhor será necessária. Por favor compareça a Rivertown na próxima semana, o julgamento ocorrerá dia 20.

Atenciosamente, Janet Berry. Promotora de justiça."

Há um ano que Oliver não pisa em Rivertown, a ultima vez foi no julgamento que pôs Ethan na cadeia. Ele respirou fundo, saber que o assassino de sua esposa poderia estar a solta de novo o deixava vermelho de raiva. Lembranças começaram a surgir na sua cabeça, Da noite em que Laurie morreu, ele não aguentou e botou todo café da manhã para fora, então se decidiu.

- Eu vou voltar para Rivertown. - Murmurou - eu não vou deixar aquele filho da puta ser solto... Nunca.

----

O cheiro da prisão nunca agradou a Ethan, que sempre viveu na classe alta da sociedade. A comida não era boa, mas também não era tão ruim, era algo comestível (ou não).

Tanner. - Disse o policial que apareceu do nada em frente a cela de Ethan. - Você tem visitas. Sua advogada.

Ele seguiu com o policial até a uma sala particular onde uma mulher alta, negra que usava um vestido cor vermelho fosco, esperava sentada.

- Não é permitido abraços nem apertos de mão, somente na saída quando o detento será revistado. - explicou o policial.

- Olá Dra. Bárbara. - Disse sentando na cadeira. Ele não se sentia muito bem ali, era um lugar apertado, com apenas 4 paredes e um espelho grande em uma delas. no centro, uma mesa e duas cadeiras. Péssimo lugar para alguém com claustrofobia.

- O julgamento foi marcado para o dia 20. Creio que já saiba.

-Sim.

- Ethan...Você tem que ser sincero comigo. O que aconteceu naquela noite? Essa é a hora em que você tem que ser o mais sincero possível. Só assim eu posso te ajudar.

-Se eu falasse que não a matei... Você não acreditaria em mim, mesmo essa sendo a verdade.

- Eu acredito em você.

-Se acreditasse, não estaria pedindo para eu falar a verdade. Sendo que a verdade você já escutou várias e várias vezes. Eu. Não. Matei. A Laurie!

- Eu sei que não matou. Mas preciso que me diga o que aconteceu naquela noite, essa será sua ultima chance de provar sua inocência! Quero saber de tudo, todos os detalhes.

-Ok... Eu fui encontrar a Laurie no apartamento dela, isso era por volta das 21:30, eu subi as escadas e vi que a porta do apartamento estava aberta, quando eu entrei, vi a Laurie com uma faca na barriga. ela sangrava muito, estava com várias marcas de facada. Já era tarde demais, eu me assustei e comecei a ter um ataque de pânico, não sabia o que fazer! meu primeiro instinto foi ligar para a emergência porém tremia muito para conseguir digitar... Então eu tirei a faca da barriga da Laurie e foi ai que o Oliver chegou, ele me encontrou com a faca na mão e deduziu que eu tinha feito aquilo.

- Por que foi ao apartamento dela?

- Íamos... trabalhar em alguns projetos para a empresa, algumas casas que estavam a venda, Negócios.

- Ok, Por mais que você já tenha me contado tudo isso outras vezes, é o bastante.

- Por favor, Bárbara. Me tire daqui! Me prometa que vai me tirar desse inferno.

- Nunca prometa nada à ninguém Senhor Tanner. Farei o possível.- Disse se retirando da sala.

Love LaurieOnde histórias criam vida. Descubra agora