Capítulo 4 - Encontro?

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Will Narrando

Nem sei quantas vezes eu olhei para aquela carteira no fundo da sala naquele dia me perguntando onde é que ela estava, se algo lhe tinha acontecido, e se ela estava bem.

Quando cheguei em casa, eu só joguei as chaves na mesinha da entrada, joguei a mochila no chão e subi para o meu quarto.
Deitei na minha cama, o lugar que eu mais me sentia relaxado no mundo não estava me ajudando dessa vez, pois meus pensamentos estavam direcionados demais nela.

Só fechei os olhos e tentei não pensar em mais nada.

Não deu certo.

Meu celular tocou. Estiquei a mão e o peguei. Ao abrir os olhos e olhar a tela, vi que tinha uma mensagem.

Desculpe me por desaparecer... eu tive um problema e por isso não pude voltar.

Era dela?

Levei um susto, claro. Quem não ficaria assim depois do que aconteceu mais cedo. Resolvi responder.

Nora? É você? Você está bem? Como sabe o meu número?

Li o que escrevi.

- Estou sendo muito exagerado? - Perguntei- me em voz alta. - Eu mal a conheço... devo mostrar minha preocupação?

Resolvi apagar e mandei outra no lugar.

Nora, como descobriu meu número?

Cliquei em enviar e esperei.
Menos de um minuto mais tarde, chegou outra mensagem.

Tenho meus contatos. Espero que não tenha ficado preocupado e nem esperando muito tempo por mim...

Imagina! Pensei. Só esperei a manhã toda.

Suspirei.

Tentei pensar em uma nova mensagem, mas nada saiu.

Só joguei o celular num canto da cama e fechei os olhos novamente.

Não sei quando foi que eu adormeci, mas acordei com o som de vozes alegres lá embaixo e os latidos de Max.

- Onde está o Willian? - Uma voz feminina familiar perguntou por mim.

- Lá em cima! Acho que está dormindo. - Mamãe respondeu.

- Vou acordá-lo!

Pareceu a seguir que uma manada subiu as escadas, era o som de pés, patas e rodinhas nos degraus.

- Wiiiiiill l!!! - Ela gritou chegando na porta.

- Olha quem voltou ! - Falei me sentando com um sorriso no rosto.

- Senti saudades! - E correu para mim me abraçando.

Essa era Bertanie, mas eu carinhosamente a chamava de Berta. Berta era minha irmã mais nova

- Que abraço de urso! - Falei sentindo o quão forte ela me abraçava.

- É que eu senti muita, muita, muita falta sua!

Dei lhe um beijo na testa.

- Eu também...

Berta se afastou e se sentou ao meu lado.

- Estou cansada... - E suspirou.

- Foi legal conhecer o México? - Perguntei curioso.

- Fora o fato de que teve inúmeras vezes que me confundi e usei palavras erradas e entendi coisas mais erradas ainda... é... - E riu. - Foi muito legal!

Ri.

- E aqui? O que aconteceu durante minha ausência? - Perguntou claramente curiosa.

Nora me veio a mente. Suspirei.

- Aqui em casa nada demais... - E me deitei novamente.

- E na escola?

Olhei para Berta por um segundo e voltei a encarar o teto.

- Você está escondendo algo! - Ela disse notando meu olhar perdido.

- Eu não. - Respondi não conseguindo controlar o tom duvidoso em minha própria voz.

- É garota, não é?

Eu a encarei todo besta novamente.

- Sua mãe Diná! Como você sabe de tudo?!?

Berta riu alto.

- Eu vejo nos seus olhos, Will! Mas diz aí, ela é bonita? Eu já a conheço?

Neguei com a cabeça.

- Eu só a vi duas vezes... e ela é do tipo que aparece e some...

- Aff. - Bufou. - Não deixa isso acontecer, Will. Arranja o telefone dela e combinem algo pra fazer, assim você pode se aproximar dela.

- Eu não sei como, mas ela já foi mais rápida nesse caso, pois ela já conseguiu meu número.

Vi surpresa nos olhos dourados de Berta.

- Sinal de que ela gostou de você! Liga logo pra ela! Combina de fazer algo agora!

- Calma, calma! - Procurei o celular.

Ao encontrar o aparelho, eu escrevi uma mensagem com algo assim:

O que você está fazendo agora? Quer fazer algo comigo?

- Pronto. - Falei para Berta.

Minha irmã se levantou e me encarou.

- Eu vou saindo, já. Se arrume logo e passe um bom perfume.

Eu levantei uma sobrancelha.

- Ela nem sequer confirmou nada. - A lembrei.

- Ela aceitará! Eu sei. - E saiu fechando a porta atrás de si.

O celular tocou.

Olhei a tela e adivinha?! Era uma mensagem dela.

Esfreguei um lábio no outro e respirei fundo um pouco nervoso antes de ver o que estava escrito.

Pode ser, nos encontramos onde?

Olhei para a mensagem mais uma vez confirmando o que eu tinha lido e depois para a porta.

- Sua mãe Diná! - Gritei para Berta.

Cliquei em responder no celular e escrevi:

Já jantou? Em frente a Praça Dos Anjos tem uma lanchonete chamada BigBurguer... poderíamos nos encontrar lá as 20h ?

Alguns segundos depois..

Tudo bem. Às 20h, então.

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Quarta sai o próximo.

Espero que estejam gostando.

Bjss

O Mistério Dos Flocos De Neve (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora