Parte II: A Coroação da Monarca

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     Bom... Finalmente a continuação de Borboleta Monarca está pronta. Mesmo sendo um texto pequeno, eu não conseguia finalizar... por causa de problemas da vida real.

    Peço desculpas ao meus, poucos, mas apreciados leitores por tê-los feito esperar tanto, e desculpa se a continuação for decepcionante, mas ao menos tem mais que o dobro de palavras da primeira parte para compensar, que até preferir dividir a segunda parte em duas.

     O vídeo-clip é a música "Throne" da banda Bring me The Horizon. Vale a pena checar a letra da música, pois tem muito a ver com a minha história (coincidentemente, pois nunca tinha ouvido falar da banda até pouco tempo, mas me ajudou com inspiração para a continuação).


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     Kraja tentou olhar pela pequena janela da cela. Não conseguia enxergar nada do lado de fora. O mundo estava escuro. Prendeu seus cabelos negros e caminhou em direção à sua irmã.

     Seus olhos vermelhos e cansados pode testemunhar a queda de seu povo, a queda de uma civilização inteira. Aqueles seres que até pouco tempo eram nada além de lendas para crianças, agora estavam por todos os lados. Estavam muito diferentes agora: suas peles amareladas agora haviam obtido um tom amarronzado como se tivessem tomado um bronzeado. Suas azas brancas agora eram negras como carvão, e sua estatura agora eram tão alta como a de um humano acima da média.

     Sua tecnologia também havia avançado: eles estavam no século XX, enquanto os humanos daquele planeta haviam voltado ao século XIII. Da mesma forma que os humanos os exterminaram há quase 300 anos atrás eles voltaram para reaverem o que lhes pertence. Os humanos não tiveram tempo de reação, mas mesmo se houvesse tido, não poderiam fazer muita coisa. Em pouco tempo todos tiveram que se render. Poucas vidas foram perdidas, pois os humanos sabiam admitir uma derrota. Alguns dos humanos, pelo menos. O rei não estava disposto a entregar seu reino facilmente, e mesmo se estivesse, a sede de vingança dos berrianos era grande a ponto de fazerem com o rei dos humanos o mesmo que fizeram com seu rei.

-Einde! Acorda. -Kraja chamou. Einde abriu seus olhos vagarosamente. A morte de seu pai havia a abatido fortemente. -Querida você precisa ser forte, pois eu sinto que essa batalha ainda não acabou.

-Do que você está falando?- Einde perguntou.

-Todos os outros humanos estão soltos, mas nós duas fomos presas aqui. -Kraja se sentou ao lado de Einde. -Eles devem estar preparando algo para nós.

- A velha da floresta fez parecer que nós somos os vilões, e de certa forma somos mesmo. Nós invadimos esse planeta e acabamos com todos eles. Eles podiam ter acabado com todos nós e mesmo assim só se defenderam dos que os atacaram, e também eles podiam ter nos escravizados, mas não.

-Não nos escravizaram, mas tem guardas vigiando a cidade por todo o lado. De qualquer forma não precisavam ter matado papai e o fizeram.

-Eu sei – Einde disse. Eu não estou tentando justificá-los, pois eu mesmo estou sentindo muita raiva deles, mas eu não sei... sinto como se eles só estivessem atrás de justiça.

-Não se faz justiça contra um povo por causa de algo que seus antepassados fizeram. -Kraja respirou fundo e continuou, -Por isso me preocupo mais com o que eles possam querer a gente. Será que vão concentrar toda sua vingança apenas em nós duas?

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