Capítulo 14

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Hoje já é dia 31/12, ou seja, dia de reveillón. Já estamos em Maceió há 2 dias e já tomei muito banho de praia e piscina. Estamos hospedados em um hotel no bairro de Pajuçara, que é muito lindo por sinal, tanto de dia quanto de noite. Mas não vamos ficar o tempo todo nessa praia, pois vamos fazer vários passeios por outras.

Não ouvi ninguém comentar do André e do pai dele. Acho que eles não estão hospedados aqui nesse bairro, se não já teríamos nos encontrado. O tio Carlos já teria combinado de encontrar com o colega dele por aqui, que só me dei conta agora que não sei o nome.

Fomos para a praia e a primeira coisa que resolvi fazer foi tomar sol. Estava tranquila lá até o Bê deitar ao meu lado.

- Quer virar camarão, Fê?

- Haha, muito engraçado. Não, só estou esquentando o corpo e descansando um pouco, nadei muito nesses últimos dois dias.

- Uhum, sei. E aí, animada com a festa de hoje a noite?

- Festa?

- Ué, hoje é dia 31/12, noite de reveillón.

- Isso eu sei, mas não estava sabendo de nenhuma festa. Pensei que íamos a algum restaurante e no máximo vê a queima de fogos na praia.

- Sim, o plano era esse. Mas o Júlio ligou pro meu pai e disse de uma festa que vai ter e nos convidou.

- Júlio?

- Sim, o amigo do meu pai. Pai do André.

Aaaah, então o nome dele era Júlio. Aliás, é.

- Ah sim. E nós vamos?

- Claro. Vai ser lá na praia da Barra de São Miguel, começa às 22 horas.

- E vai ter ceia?

- Só pensa em comer é, menina? – ele disse rindo. –

- Claro que não, só que se não tem ceia, o que se come na virada de ano?

- Petisco, sei lá. Mas relaxa que vai ter sim.

O assunto acabou por aí e ficamos tomando sol.

Quer dizer então que eu ia passar a noite da virada de ano junto com o André? Fiquei nervosa só de pensar. Ainda sentia meu rosto queimar quando pensava no que ele me falou no dia do churrasco na casa da tia Analu. Mas, ficar nervosa de antecipação não me leva a nada, então decidi relaxar.

Fomos almoçar em um restaurante perto da praia, muito bom. Hoje eu não entrei na água salgada, tava sentindo o corpo meio mole, talvez seja algum resfriado, mas quando chegamos no hotel, eu e o Bê fomos pra piscina. Nadamos, jogamos água um no outro e ficamos apenas vendo o tempo passar. Foi relaxante. Depois voltei para o quarto, tomei um banho e deitei pra dá uma descansada até a hora da festa.

Ouvi uma batida na porta e vi mamãe indo abrir. Acordei com isso e quando olhei no relógio me assustei. Já eram 20 horas e eu tinha dormido demais. Ouvi a voz da Bianca e da Denise. Ah é, esqueci de falar, os pais da Denise deixaram ela vir e os pais da Bianca aprovaram que ela viesse. Por isso, as duas estavam em um quarto separado pra que não ficasse muito cheio um quarto com 5 pessoas.

- Tia Marisa, oi. Vim falar duas coisas. Uma é que queremos saber se a Fernanda não gostaria de ficar no quarto com a gente, temos uma cama sobrando e ia ser legal um quarto só de meninas. E outra é que viemos ajudá-la a se arrumar para a festa de hoje a noite. – a Bianca falou isso com um sorriso no rosto. –

Pera, deixa eu ver se entendi. Elas me chamaram pra ficar com elas no mesmo quarto? Eu que sou 3 anos mais nova que elas? Elas não me acham criança? Não tô entendendo. E por que elas querem me arrumar? Eu nem sabia que elas curtiam minha companhia.

As duas, mamãe e papai ficaram olhando pra minha cara esperando que eu desse uma resposta. Mas eu estava sem resposta e sem reação. É o que???

- É, se meus pais não se importarem, vou sim.

Acho que a curiosidade foi maior de saber o porquê de elas estarem agindo assim, por isso aceitei.

- Não, claro que a gente não se importa, não é Marisa?

- É, pode ir. Vai ser bom você ficar mais tempo com as meninas da sua idade.

Só tem um problema mamãe: elas não são da minha idade.

- Tudo bem. Só vou juntar minhas coisas e aí podemos ir.

Graças a minha santa organização, eu arrumei tudo rápido e fomos para o quarto delas. Eu estava esperando que a qualquer minuto elas me falassem qual era a pegadinha.


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