Capítulo 3 - Assassino?

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A lua cheia iluminava a cidade que permanecia silenciosa, começando a ficar nublada.

Em um pequeno beco fechado por grades, um policial andava segurando uma lanterna e anunciava enquanto abria a grade por uma pequena porteira, a qual estava com o cadeado arrebentado: "Esse é a última vez que vocês entram aqui crianças! Vou levar todos pra delegacia!"

O policial abria a porteira adentrando com uma expressão séria, começando a olhar em volta do local que era o fundo do beco. O espaçamento possuía algumas portas que davam nas construções ao lado, também possuindo uma grande porteira de madeira, a qual também estava aberta.

Ele andava reclamando em voz baixa em direção a porteira, logo falando já bem incomodado: "Isso já é invasão de propriedade! Saiam agora!"

Ao parar na entrada, iluminava o chão em direção lentamente, em direção a parede do lado oposto, parando um pouco antes, notando algo no solo próximo onde estaria procurando iluminar, mas não conseguia ver com clareza por estar longe, além do fato de haver um caixote grande entre ele e o objeto, começando a se aproximar novamente.

Antes que conseguisse se aproximar apropriadamente para ver o que era, o objeto era puxado para trás, sumindo de sua vista e ele se assustava levantando a lanterna, olhando para a esquerda onde o objeto havia sido puxado, mas não via nada a não serem caixotes grandes que bloqueavam sua visão. Então avançava em direção a onde estava o objeto, andando apressado enquanto falava alto: "Aqui é a polícia! Saia com as mãos pra cima!"

Ao chegar onde o objeto estava, notava um rastro de sangue pelo chão e logo escutava a porta batendo e se fechando atrás dele, se assustando e largando a lanterna enquanto olhava para trás ofegante, pensando: "Até parece que vou acreditar em sangue falso! Estão passando dos limites!"

O policial não vendo nada próximo a porta, se abaixava para pegar a lanterna enquanto gritava: "Isso não vai me assustar seus merdinhas! Saiam agora e prometo não ligar pro pai de vocês!"

Antes que conseguisse pegar a lanterna, escutava algo se mover a sua direita, na mesma direção onde viu o objeto ser puxado, então assim que a pega, se aproximava do "sangue falso" se abaixando para checar e arregalando os olhos, recuando para trás, sentindo esbarrar em algo que não deveria estar ali, algo grande e macio, logo também sentindo um cheiro de carne podre e uma respiração na parte de trás de seu pescoço.

Sem conseguir pensar em qualquer coisa a não ser correr, tentava, mas seu corpo já não respondia, tudo que sentia era uma pontada logo atrás de sua nuca e logo tudo se escurecia.

Alguns poucos quilômetros dali...

Nick acorda no meio da noite suando e gritando após o rosto de Anna se transformar no rosto da criatura que o atacara, pensando:" Agora eu não durmo mais...". Se lembrando da cena da criatura com os órgãos de Anna em sua boca.

Nick então se levanta e vai ao banheiro fazer suas necessidades, mas assim que se olha no espelho toma um susto ao ver seu rosto quase todo coberto de pelos e seus caninos mais alongados e pensa: “Que... que merda ta acontecendo aqui?”, esfregava as mais no rosto e se olha novamente, vendo que estava normal, então abre a torneira da pia e começa a lavar o rosto pensando: "Foi só uma alucinação... preciso me acalma... nada do que eu vi agora era real, se acalma...", dava alguns tapas no rosto com a mão molhada se acalmando e olha novamente no espelho, mas sem ver nada uma segunda vez, pensa: " acho que eu to ficando louco...".

Nick volta para seu quarto, se deitando na cama e olhando para o teto sem sono, então olha para o relógio na parede, o qual marcava quatro e meia da manhã, começando a se questionar: "O que realmente aconteceu lá? O que era aquela coisa? O que aconteceu com o corpo da Anna? Será que eu fiquei mesmo louco ou é só sono?". A hora vai passando e Nick não conseguia dormir, observando o relógio enquanto pensava em diversos assuntos.

Fate GarouOnde histórias criam vida. Descubra agora