Prólogo

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E eu corria desesperadamente,atrás de mim um vulto permanecia a me seguir.
Corria batendo em galhos, tropeçando em pedras no caminho, espalhando as folhas mas não podia cair, então voltava a me equilibrar e ia aumentando a velocidade quando uma coisa me atingiu pela cabeça e tudo ao meu redor ficou preto.

                            👑👑👑

Floresta. Corrida. Vulto. Tropeços. Cabeça. Breu.

Isso é o que me lembro quando acordo, olho ao meu redor mas não reconheço onde estou, parece um tipo de casebre todo em madeira com móveis simples e uma lareira ao fundo. Levanto da cama onde estou assustada, como eu vim para aqui?

—Como eu vim parar aqui? –Sussurro pra mim mesma
—Fui eu quem te trouxe pra cá. –Uma voz grossa falou atrás de mim.
Olhei pra trás e lá estava um homem parado com uma capa preta em volta do corpo e seu capuz na cabeça.

—Quem é você? –Desesperei-me.
—Sou Klaus, e você garota, quem é? –E é aí que me lembro de que não sei quem sou, perdi minha memória. Acordei nessa floresta assim. E agora? Falo a verdade ou minto dizendo um nome qualquer?

—Não sei quem sou, perdi minha memória. Acordei nessa floresta sem saber quem sou.
—Não se lembra de nada garota? –Me olhava intrigantemente.
—Não, já disse. Só sei que antes de acordar aqui, um vulto me perseguia e perdi a consciência fugindo dele. –Era tudo o que eu sabia.
—Porque ele te seguia? Você sabe? –Ele perguntava curioso.
—Não sei, e por favor pare de me fazer tantas perguntas.
—Tudo bem. –Disse retirando-se
—Ei, aonde vai? –Ele não vai me deixar sozinha aqui vai?
—Vou pegar alguma coisa pra gente comer. –Disse saindo.
—Tá. –Sussurrei

Fui observar o local onde estava mais detalhadamente. Tinha alguns poucos portas-retratos ali, com fotos somente dele, uma mesa de vidro com cadeiras em volta, um fogão, e por fim reparei que havia no fundo uma escada.
Cheguei perto dela e comecei a subi-la devagar. Chegando no topo dela, havia uma porta que ao tentar abri-la estava trancada. 

Escutei um barulho e desci rapidamente a escada, deparei com Klaus segurando três galhos afiados com um esquilo em cada.

-Nosso jantar está aqui, só vou limpá-los e colocar eles na lareira e rapidinho poderemos comê-los. Aguenta esperar?
-Aham. –Respondi no automático.

Tinha um pequeno sofá próxima a uma mesinha de centro pequena em frente à lareira, como estava bem frio resolvi ficar ali me esquentando.

Comecei a tremer de frio e a lareira não estava me esquentando muito, meu corpo enrijeceu e comecei a ter fortes dores.

-Com frio, garota? -Ele perguntou o óbvio já que estava tremendo.
-Muito. -Foi o que saiu
Ele jogou um cobertor em cima de mim e saiu continuado a limpar os esquilos.
                           💥💥💥
Estou comendo o esquilo já assado observando Klaus. Ele tem uma forma máscula de ser, ele transpira masculinidade, é forte, é maravilhosamente lindo porém frio demais pra manter um diálogo com mais de duas frases trocadas entre nós.
—A quanto tempo você mora aqui? –Perguntei numa vontade de iniciar um diálogo e conhecer melhor a pessoa que me salvou de quem me seguia sei lá por que motivo.
—Cinco anos. –Responde frio.
—Sempre morou sozinho?
—Sim. –Que cara sem graça, nem pra conversar serve
—Quantos anos você tem?
—Vinte e cinco, agora garota vou dormir. Se precisar de alguma coisa pode me chamar, sua cama já está arrumada se quiser dormir. Boa noite.
Uau, falou mais de duas palavras e praticamente me mandou dormir. Já entendi o recado Sr.Klaus, já vou me deitar.
—Vou me deitar então, boa noite e não vou precisar lhe chamar. -Respondi firme
—Espero que não. –Falou deitando num colchonete que até então nem havia percebido que estava ali. Ele era fino, deu até dó vai mas aonde ele iria dormir? Na cama onde eu estava não, no sofá só cabe duas pessoas,ou seja, ele iria acordar todo torto e com dor.

Ah quer saber, melhor dormir talvez ele não se incomode tanto de dormir nesse colchãozinho estirado no chão.
Cobri-me com o cobertor cinza que estava na cama, desliguei o abajur e fui dormir.

A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora