Capítulo 1

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LANA (Angie)

Já faz meses que estou morando com Klaus, pra ser exata cinco meses. No dia seguinte do que acordei na casa de Klaus depois do ocorrido na floresta fui conhecer onde estava e descobri que estávamos num vilarejo dentro da floresta. Eram poucas casas e todas eram parecidas com as que eu e Klaus morava. Nesse meio tempo em que estou aqui, me chamam de Angie. Esse foi o nome que Klaus me chamou no dia em que perguntei que nome eu falaria quando as pessoas daqui me perguntassem e ele falou esse.

💥Flashback ON💥
—Mas se me perguntarem o meu nome Klaus, o que direi? Já fugi dessa pergunta várias vezes entrando em outro assunto mas vai ter o momento em que não poderei mais ficar sem falar ou vai estranhar tanto quanto eu morando na sua casa sem nem namorarmos ou sermos parentes.
—Angie, seu nome vai ser Angie. Quando te perguntarem você falará esse nome cujo significado é anjo e leveza. A pureza que você demonstra com toda a sua inocência, uma garota linda e com um rosto angelical.
💥Flashback OF💥

Arrepiei-me ao me lembrar que ele nesse dia me elogiou, foi o único dia em que senti uma proximidade de amigos entre nós. Depois disso, ele passou a noite fora, voltou com um cheiro terrível de bebida e uma marca enorme de chupão no pescoço. Ele ignorou-me desde então, conversando somente quando eu puxava assuntou ou o necessário. Vai entender.

A primavera estava chegando e as flores começavam a florir toda a volta do vilarejo. As pessoas daqui ficavam mais felizes nessa época, era nítido. Os sorrisos eram mais presentes. Os pássaros mais alegres, cantavam e voavam mais rápido pra lá e pra cá.
Hoje, em especial era o dia da colheita das flores para serem vendidas na cidade e eu resolvi ajudar já que ficar em casa o dia todo deixa qualquer um entediado.

Estava colocando algumas flores nas cestas quando escutei uma relincha de cavalo ao longe, algumas pessoas perceberam e se assustaram, outras nem escutaram e continuavam a colher suas plantas.

Eu me localizava atrás da casa que eu moro com Klaus quando escuto marchas de cavalos próximos. Chego perto da parede e observo meio escondida um bando de homens montados em cavalos com celas de couro, as roupas dos caras de couro e as botas também. Tudo em uma única cor: Preta.

Algumas pessoas assustadas com a tal visita de aglomeram desconfiados do que aquele grupo junto significava e eles não pareciam nem se importar.
Eles olham de um lado pro outro como se procurassem alguma coisa, é quando sou puxada por um par de mãos fortes numa velocidade tão rápida que acabo batendo num peito duro e caindo ao chão.

Levanto meio zonza e olho pra cima encontrando um par de olhos verdes preocupados, ele ergue a mão pra me ajudar a levantar e me seguro nela levantando.

—Angie, você está bem? –Ele pergunta no modo preocupado.
—Obrigada pelo puxão, Klaus. –É o que consigo dizer. Klaus andava muito afastado de mim e agora resolveu do nada me puxar quando essas pessoas chegaram e ainda conseguir que eu caísse no chão.

Me afasto de Klaus indo em direção à entrada da casa quando uma mulher loira muito bonita me para. Seus olhos azuis são frios, sua boca desenhada e seus cabelos esvoaçam pelo vento mediano que ocorre neste momento.

—Senhorita, qual o seu nome? –Ela pergunta me analisando.
—Angie, por que? –Pergunto ríspida
—Nada. Só viemos fazer uma vistoria nos moradores dessa vila, saber quantos habitantes tem e uns dados pessoais dessas pessoas aqui do vilarejo. –Ela fala calmamente, mas seus olhos me dão um certo medo é um arrepio ocorre na espinha.
—Entendi. Até logo. –Falo desinteressada e indo em direção a minha casa.
—Espera –Ela grita por que praticamente sai correndo e já estou consideravelmente a uma distância quando paro e viro para olhar ela.
—Gostaria de pegar alguns dados seus pra essa pesquisa. –Fala com um sorriso que pra mim é um desses consideravelmente falsos e sem verdade nenhuma neles.
—Depois conversamos, agora preciso ir. –Falo me despedindo mais uma vez e mesmo ela me chamando, à ignoro dessa vez seguindo para a porta de casa adentrando-a e me jogando praticamente no sofá.

KLAUS

E quando eles chegaram ao vilarejo, eu me desesperei. Eu sei pra que eles vieram, mas não coloquei minha cara a tapa, não me expus para me questionaram sobre ela.

Eu sempre observava Angie de longe, sempre tinha alguém de olho nela. Eu colocava meus dois capangas para observarem ela e qualquer situação suspeita ou de risco a protegerem e tirar ela daqui o mais rápido possível.

Agora, observando ela de longe quando percebo que eles chegaram a minha primeira coisa é me aproximar e pega-lá no pulo quando ela espia o que tá acontecendo na frente da nossa casa.
Ela se assustou e com o baque dos nossos corpos se chocando quando a puxei para que eles não tivessem alguma suspeita ou a vissem mesmo que ela estava os observando sorrateiramente não poderia ter suspeitas. Nunca. Jamais, ou ela correria um risco de vida constante até verem ela morta.

O meu peito dói só de pensar em perdê-la, eu não aguentaria. No dia que me contrataram para fazerem aquilo, eu não aceitei mas ai ameaçaram minha mãe e minha filha e então eu não pude negar. Eles me mostraram imagens com as duas sob vigilância de dois guardas e presas numa cela.

Deram a ela um antídoto que ia deixá-la desacordada por um bom tempo. Quando ela adormeceu, entraram no quarto dela, a pegaram, saíram com ela pela parte de trás do castelo e a colocaram no início da floresta exatamente às nove horas da noite, a hora que foi combinada. E foi então que aconteceu, era o combinado matá-la e deixar o corpo dela enterrado em baixo de uma pedra gigante que fica próximo ao vilarejo que moramos.

Eu estava pra fazer o combinado quando eu a observei mais de perto. Seu rosto angelical demonstrava o rosto de uma pessoa inocente e que não era a pessoa que tanto me envenenaram contra. Que após a morte dela o reino seria um lugar de paz e não teria tanta bagunça. Mas eu não teria essa coragem, matar uma adolescente quase uma criança por provas não conformadas. Não sei se eram blefes, se eram verdades mas essa menina dormindo não se parece em nada a menina que me descreveram.

Continua...

A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora