Capítulo 2

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KLAUS
Então eu decidi levá-la pra casa para saber melhor a situação e realmente saber se é preciso cumprir o combinado. Matar uma inocente está fora de cogitação. Não que eu nunca tenha matado antes mas aquelas pessoas eram frias, calculistas e capazes de destruir a própria família, o mundo para o próprio bem estar político.

Só que tinha uma coisa, como eu ia explicar que do nada ela apareceu na minha casa sem deixar suspeitas? Isso martelava a minha cabeça quando eu tive uma lembrança de um pesadelo de criança que eu nunca esqueci. Eu tinha que arrumar um jeito dela acordar um pouco zonza e correr atrás dela para uma simples salvação de pele. Porque era ela que estava em jogo, seja a minha, seja a dela.

Eu a carreguei por mais uns 50 metros dentro da floresta e bati fortemente com a palma da mão em seu rosto. Ela remexeu e nada. Dei mais um tapa, um, dois, três, quatro, cinco e nada dela acordar. Bati com a palma da mão em seu braço e a chacoalhei com força quando ela começou a abrir os olhos eu a soltei e ela caiu no chão.

Desnorteada e confusa, olhava por toda a floresta, se levantou cambaleando enquanto eu achava que ela ia cair nada aconteceu e aí começou a correria. Ela corria porque tive a certeza que viu minha capa preta através da árvore. Suponho que não tenha feito a cobertura completa para me esconder atrás dela.

Corríamos muito. Eu? atrás dela. Ela? Fugia de mim como quem fugia de um policial quando acabara de assaltar um banco.

Quando enfim consegui me aproximar, deu uma puxada em seu braço e um soco em sua têmpora. Isso ia deixá-la desacordada e pronta para meu plano de deixá-la viva, descobrindo-a mais de perto.

LANA (Angie)
Ouvi uma batida forte assim que passou algum tempo que estava jogada nesse sofá.
—JÁ CHEGA, NÃO AGUENTO MAIS SEGURAR TUDO O QUE EU TENHO GUARDADO POR TODO ESSE TEMPO. –Klaus gritava me assustando
—O que você está falando Klaus? –Perguntei sem entender nada
—EU ME NEGUEI, EU FIZ DE TUDO PRA ISSO NÃO ACONTECER MAS PORQUE TUDO TINHA QUE SER ASSIM? PORQUE VOCÊ TINHA QUE SER ASSIM? PORQUE? –Gritava descontrolado e eu me assustava cada vez mais, esse não era o Klaus que eu conhecia. Não era, definitivamente não.
—Eu to ficando louco. –Disse com a voz embargada, tão baixa que quase num sussurro.
—Louco porque? –Disse me aproximando dele.
Soltou um longo suspiro, que me deixava cada vez mais preocupada com o rumo que a conversa daria. Preocupada com o que estava acontecendo.
—Você não vai mesmo me falar? –Perguntei fazendo carinho em seu cabelo.
—Eu não posso. Porque mesmo que eu quisesse, não dá. –Disse com uma expressão de dor exprimida.
—Me conta, eu vou querer te ajudar. Quero te entender, por favor. –Eu quero saber o que acontece com ele, mesmo nunca sendo próximos o
suficiente.
—Eu quero tanto te contar, eu quero tanto você. –Ele falou olhando insistentemente pros meus olhos, com quase certeza que é para ver a minha reação. Estremeci com suas palavras, então ele me quer? Como me quer? O que significa me querer?

Nesse momento eu escutei um barulho, e sei que também chamou a atenção de Klaus porque ele levantou-se e me puxou pra perto de uma estante que ao empurrar uma prateleira com livros abria-se e dava em uma passagem ou porão. Me assustei imediatamente. Como alguém tinha aquilo em casa e porque?

—Você vai ficar aí, até que eu volte e abra essa passagem novamente tá Angie? Tá tudo bem. –Eu o olhei assustada e por fim me deu um beijo na testa. Algo se iluminou dentro de mim e eu sorri com o gesto mesmo estando tão assustada. Ele saiu. Saiu e me deixou ali, sozinha. Passei a observar o lugar e o que descobri foi magnífico. Um túnel me levou a parte profunda da casa e ao chegar lá embaixo possuía uma sala com uma cama, computadores e monitores. Eles estavam ligados e dava para ver que tinha imagens reais da floresta e passadas ao vivo. Tinha uns sete daqueles, só que um me chamou atenção. Mostrava o que era uma espécie de entrada da floresta e um pouco mais afastado tinha o que parecia uma entrada de um castelo. Não sabia que aqui tinha castelo. Não pela região. Klaus nunca quis me levar pra muito fora da nossa região, onde fica nossa casa. Ele disse que podia ser perigoso e que para meu bem sempre deveríamos ficar em casa ou nas proximidades.
Porque ele tinha uma sala dessa aqui nesse subterrâneo? Será que todos tinham uma dessa embaixo de suas casas? Uma completa loucura, não?
Muito tempo se passou desde que estava aqui dentro, e até agora não parei de tentar entender qual seria uma utilidade de sala dessas, pra Klaus, uma pessoa normal em um vilarejo comum.
Resolvi adormecer, numa cama pousada ao lado dos computadores porque ficar esperando aqui não vai me ajudar em nada. E só quando voltar, vou saber o que realmente está acontecendo, e perguntar porque Klaus tinha uma sala dessas em casa. Porque ali? Tão escondido? Seria um crime considerados para os maiores?
Assim eu adormeci ali, naquela cama quente, confortável, mas longe da superfície da casa.

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Maiores: Superiores, ainda não identificados como Reis, Rainhas e o resto da monarquia. Conforme ela não lembra da antiga sociedade em que viveu.

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❤️Hi, amores!
Essa é minha primeira manifestação aqui no Wattpad (nesse livro) né? Então, eu queria falar pra vocês que estou escrevendo esse livro com maior amor, carinho e dedicação. Tudo isso para que ele cresça para vocês, se torne atraente e mais viciante. Daqueles que colamos a ler, viraremos madrugadas e não paremos até acabar. Que amem tanto ele quanto eu amo e que façam dele um refúgio de encantamento e aventura.
Espero que estejam gostando.😊
Qualquer dúvida, comentem ou entrem em contato comigo, que estarei respondendo! 💕💕💕
              Com muita luz,
                               Sabrina Lopes!❤️

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2016 ⏰

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