Prohibited

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Lauren POV

- Alô. - Disse sem nem mesmo abrir os olhos, praguejando quem havia me acordado. Se tem algo que me deixa de mau humor é ser acordada cedo quando eu posso dormir até tarde.

- Oi Laur, como você tá? - Ouvi a voz de Dinah, mas estava cansada demais para brigar com ela por me acordar.

- Tô bem DJ, e você? - Disse enquanto forçava para abrir os olhos e olhar o relógio que ficava na mesa do lado esquerdo da minha cama.

- Eu tô bem, e tô atolada de trabalho.

- Vocês vão sobreviver às minhas férias. Tem só uma semana que eu sai. - Olhei o relógio que marcava 07:18 da manhã. - Porque você me ligou tão cedo?

- Não vamos sobreviver não, o estúdio fechou um contrato com a Victoria's Secret, o estúdio com quem eles tinham fechado faliu e as fotos da coleção inteira estão atrasadas. - Arregalei os olhos ao ouvir Dinah. - Simon está me deixando louca e pediu pra que eu te ligasse. Ele quer que você adie suas férias.

- Como assim? - Disse levantando da cama e me arrastando até o banheiro. - Tem muitos outros fotógrafos no estúdio.

- Mas ninguém é tão bom quanto você Lauren. Simon disse que te dá as férias depois, e que você vai ganhar um belo bônus se aceitar. E eu sei que você vai aceitar.

- Mas é lógico que eu vou aceitar. Fotografar Angels. Eu vou adorar. Vai ser ótimo pra minha carreira DJ. Pode dizer pro Simon que estou indo pro estúdio agora mesmo.

- Eu sabia. Sua alma de sapatão não ia te deixar faltar a um ensaio fotográfico com modelos de lingerie.

- Eu sou hetero DJ. Piada a essa hora da manhã? - Rimos juntas. - Não estou indo pelas modelos.

- Mas eu estou. São Angels de lingerie. Como você pode continuar hetero diante disso?

- Só você mesmo Dinah. Vou desligar pra ir tomar um banho.

- Tá até precisando de um banho. Você não me engana Lauren.

- Morre Dinah. - Disse rindo e imaginando a cara de falsamente ofendida que Dinah, provavelmente, estava fazendo naquele momento. - É sério, tenho que me arrumar.

- Se arrumar pras Angels, eu sei. - Revirei os olhos com a babaquice de Dinah. - Vai logo, te vejo no estúdio.

- Até mais tarde. - Desliguei o telefone já no banheiro, me despi em frente ao espelho e vi as marcas do atropelamento, já faziam 4 dias, mas eu ainda estava com dores musculares e algumas marcas pelo corpo.

Liguei o chuveiro e deixei a água quente cair pelo meu corpo. Minha vida era perfeita. Emprego perfeito, amigos perfeitos, mãe perfeita. Não mudaria nada. Era incrível a sensação de ser uma espécie de modelo para se espelhar. Era a favorita do Simon, o dono da agência. Todos ali queriam ser como eu. E eu não precisava ser arrogante ou coisa do tipo. As coisas estavam tão perfeitas que eu sentia até um certo medo de dar tudo errado, porque a impressão que dava era que não davam pras coisas ficarem melhores do que já estavam.

Sai do chuveiro e caminhei até o quarto colocando uma calcinha roxa de renda, um sutiã na mesma cor, uma calça jeans bem justa preta, uma camisa branca marcando bem minha cintura e meus scarpins vermelhos. Odiava usar saltos, mas em algumas ocasiões do trabalho eram necessários. Não seria prejudicada por me vestir inadequadamente.

Peguei minha jaqueta, vestindo-a, apanhei a chave do carro e a bolsa e fui em direção a garagem. Entrei no carro, girando a chave, dando partida logo em seguida. Após 30 minutos estava no estúdio. Avistei Dinah que se apressou para me dar um abraço.

93 Million MilesOnde histórias criam vida. Descubra agora