Quando matei o magricela, um monstro verde tomou o seu lugar, deitando-se aos meus pés, esbarrado no chão.Depois disso, dois dos três colegas fizeram o mesmo, fazendo aquele que estava colado ao teto esborrachar a gosma do seu corpo no chão.
Quero tirá-los da minha casa, por isso atraí também o gordo até aqui. Mas ele não está como os da sua equipa. Ele está como estava; um polícia humano. Rapidamente entendo que este homem foi uma das vítimas consumidas por estes Intrusos. E eu matei-o.
Quando um Intruso se alimenta da alma de um humano, este fica sem memória do que aconteceu antes disto, pensando que nasceu da criação de Intrusos, para fazer depois tudo aquilo que este lhe exigir. Torna-se membro da equipa daquele que está a alimentar, ajudando a procurar mais membros para o chefe se alimentar, ou matar aqueles que ele exigir.
— Desejo que tanto a vida como a memória deste humano voltem a como estavam antes do líder o ter consumido. Desejo também que todos os efeitos causados pelo Intruso sejam desfeitos com esta ordem — digo, a abanar a mão à frente da cara do homem caído do chão. Imediatamente, faço desaparecer os corpos gelatinosos.
De repente o corpo do homem fica muito mais definido, tornando as roupas que lhe estavam justas muito mais largas.
— Bom dia — responde o cavalheiro — Onde estou?
— O senhor desmaiou à minha porta, achei por bem trazê-lo para dentro para beber uma chávena de chá. Aceita?
— Com prazer. Porque estou eu com estas roupas? — pergunta confuso, e se levantando.
— Eu fiz a mesma pergunta a mim própria. Tenho roupas do meu marido lá em cima, se quiser.
— Aceito. Obrigado.
Quero despachar-me dele. Não quero ter nada com ele e muito menos aproveitar-me da sua alma, só quero paz.
Ofereci-lhe uma chávena de chá como lhe prometi e de seguida ele ficou com perguntas sobre o que se tinha passado nos últimos dias. Senti-me na obrigação de inventar qualquer coisa para o reconfortar. Disse-lhe que o encontrei desmaiado na rua, e arrastei-o até minha casa e ele tinha ficado alojado no meu sofá. Mas subitamente ele levantou-se em direção à saída, e quando ía para a porta de entrada caiu novamente, e quando o estava prestes a levá-lo de novo par o sofá, ele acordou.
— Uau — diz ele espantado — Eu... eu peço imensa desculpa por ser um fardo para si. Eu até a recompensava, mas a minha carteira não está comigo.
Dirigimo-nos até ao vestíbulo.
— Ora essa, é um prazer para mim ajudar aqueles que precisam. Se precisar de mais alguma coisa minha já sabe onde me situo.
— Agradeço imenso. Bom, agora devo ir ter com a minha esposa, tenho a certeza que está preocupada comigo.
— Bem-haja! — grito quando finalmente me livro dele.
Quando o homem desapareceu da minha vista, tratei de entrar rapidamente em casa para pensar. Se estes Intrusos tinham fardas da polícia, então era porque quando me levaram para a esquadra sabiam que eu lá estava. Mas preciso de confirmações. Preciso de respostas. De repente lembro-me da mulher robótica da nave. Visto que responde a qualquer pergunta, pode-me ajudar a desvendar este mistério.
Corro para o jardim a atiro a nave para o chão.
— Nave, quem eram os Intrusos que vieram aqui a casa hoje? — pergunto mal ajeitada no banco do condutor.
A nave ruge, e percebo pelos seus nomes que são o "Trio Tenebroso", a equipa de Intrusos mais famosa em Veramer. Já percorreram mais de 50 planetas. E percebi também que os matei. O que será que vai aparecer de mim nos noticiários? O que será falado sobre mim? Com certeza que todo o meu planeta vai ficar com ainda mais ódio por ter morto as celebridades mais famosas do meu planeta, a seguir ao Governador Gronos.
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A Empregada Extraterrestre
Science FictionElizabeth Dunn conta neste livro a sua verdadeira história. A sua missão, enquanto habita no planeta Terra, é encontrar um herdeiro digno dos seus poderes: George Clark. Apesar de ser contra as leis do seu planeta, Elizabeth conta com a ajuda do se...