Cale

6 2 0
                                    

- Claire?
- sim?! Estou aqui. - olhei para trás de mim, era Alice a minha melhor amiga
- também tens medo? - olhou me nos olhos procurando qualquer tipo de emoção em mim.
- sim. - fui honesta. Olhei para o horizonte, havia fumo, eles estavam perto.

- Claire temos de agir...
- eu sei - suspirei fundo. - volta para casa Alice, quero te em segurança. Infelizmente tenho que ir para a linha de combate, tem de haver algo que pare aquele monstro.
- não é um monstro. - sussurrou - é a ira de Deus.
-  agora vai.  Só estou bem se tu estiveres - abracava la consciente de que talvez este fosse o nosso ultimo abraço.
Claire esperou que Alice desaparecesse na densidade de arbustos para poder enfrentar sozinha o seu destino. subiu o seu cavalo:
- Soldados! - gritou em plenos pulmões - rezem por nos pecamos e agora está na hora de suplicarmos, que deus tenha piedade porque eu não terei se ele não for misericordioso. As minhas ordens! E quando eu gritar, que as vossas espadas conquistem o nosso perdão.
então como se a alma daqueles de pobre espírito tivesse renascido, Claire avançou com a armada
Demorariam um dia a chegar a terreno de guerra, provavelmente pela manha.
- um discurso inspirador - falou  Edward.
- obrigada,  mas tudo o que quero é evitar mais sangue.
-  Claire sabes que a probabilidade é baixa, e mesmo que consigas evitar mais sangue, o que que acontece depois?
- não sei. - olho em frente como se de facto soubesse algo mais - a minha mãe sempre me ensinou que se te dão pancada e se gozam contigo deves lhes dar amor na mesma.
- Hummmm isso não tem muita lógica.
- Deus nunca escavou a cova de ninguém, fomos nos que a fizemos.
- desculpa estou perdido - olhava para mim 
- o que estou a tentar dizer é que se eu der amor aqueles que não merecem, porque no final eles mesmo terão de morrer, talvez haja esperança. Ama o próximo, ama o teu inimigo. É esse o meu plano.
- Claire, isso é suicídio.
- que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou.
- estas nos a levar para o abismo.
- Edward tem fé em mim. repara como todos os reinos para manterem a sua gloria apenas lutaram acreditando apenas nos seus valores. Repara que eles não atacam sem antes nos culparem de um pecado, somos todos pecadores, mas que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou. Tem fé em mim, acredita em Deus e como ele é bondoso, algo nesta história é muito errado, existe uma falha naquele exército e a falha não vêem de Deus.
- Claire, tantos anos a meter as mulheres fora de batalhas sem lhes dar ouvidos,  é preciso chegar a extremos para perceber que vocês até entendem isto.
- obrigada Edward.
A viagem tivera pausas por isso só chegaram mais perto do meio dia do que previsto.
- Fiquem aqui! - Claire desceu do cavalo e avançou sobre terreno inimigo.
- Claire! O que tas a fazer? - Edward agarrou lhe no braço
- vou falar com eles
- tas tola? Tu não avanças Mais de cinco metros sem teres uma flecha cravada na tua cabeça.
- eu tenho de tentar.
- eu vou contigo.
- esta bem.
E voltando a inspirar avancei com o meu fiel soldado. E ele tinha razão andamos cinco metros e como aviso uma flecha disparada mesmo ao pé do meu ouvido acelerou me o coração e então apercebi que eu não revelava a minha cara. Tirei o capacete e falei:
- chamo me Claire, sucessora do trono de Warwick, o meu pai esta velho já não pode tomar decisões estou aqui e procuro um consenso.
- todos pedem tréguas, e vocês não têm nada que nos queiramos. - ouvi uma voz ao longe.
- fica aqui - ordenou Claire - se me acontecer alguma coisa retira as tropas ficas encarregado do Reino.
E então avancei eu só quero falar com o vosso mestre.
Outra flecha passou por mim
- das mais um passo e vais te arrepender. - gritou a mesma voz.
- o que quê vocês querem? Porque estão a fazer isto?
E a voz não falou mais continuei avançar.
- quem ousa julgar? Quem ousa a mim julgar? Se não é Deus?
Entao uma figura surgiu acompanhada por "Monges?" 
Um rapaz jovem não muito mais velho que eu falou:
- chamo me Cale. Já deves ter ouvido falar, diz me então porque devo eu parar de matar.
- deus ensina que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou e eu honestamente duvido que tu não tenhas pecado. Não acho que tenhas o poder de decidir...
- Claire - interrompeu - eu não acredito em Deus, mas não nego que de facto eu sou algo de outro mundo.
"Tao humilde"
- Então porque matas?
- não sei fazer outra coisa é inevitável isso em mim,  primeiro a negação depois a aceitação, e quando se deu esse processo apenas cumpro aquilo que estou destinado para ter também alguma paz. O fim do mundo garante me o começo de um novo e o fim da minha maldição.
- isso é egoísta. - disse sem pensar e as palavras chocaram lhe.
- diz o que achares nada mudará.

 - E tu como fraco que és de Espírito aceitas te como monstro.

Vi então os olhos dele a encherem se de raiva.
- tu não sabes nada!
- tu és uma arma não a vontade de Deus! - percebi ali que alguém o manipulara. E ele chocado com a queda da realidade negou la.
- Matem na! - gritou outra voz vinda de longe.
Peguei na minha espada e gritei:
- Retirar!!!
Uma flecha vinda de longe disparada em direção a mim acertou me nas costelas e apesar da armadura ela penetrou o suficiente para fazer danos.
Edward apareceu mais cinco soldados e pegando me pelo o braco levou me.
- eu sabia que não te devia dar ouvidos. - possou me em cima do cavalo.
A retirada fora rápida e controlada. Perdera 3 homens e só dois feridos sendo eu o mais grave.

A Guerra de ClaireOnde histórias criam vida. Descubra agora