Eis a história de um homem
conhecido como Pinguçus.
Sempre andava torto
e falando em meio à soluços.— Pinguçus,
troque tua bebida por alimento,
e se hoje não fores dormir
lhe taco uma pedra de cimento.
— Ah, mamãe,
essa eu só quero ver!
Enquanto tu buscas cimento
dá tempo de ir ao bar beber!Essa é a história dele,
nosso amigo Pinguçus;
que não largava a caneca
até inchar-lhe os pulsos.— Pinguçus,
outra vez vens me pedir fiado?
Procure um amigo
e peças emprestado!
— Ah, Seu João,
a um amigo já pedi,
mas dinheiro ele não tem,
pois tudo que tinha eu já extorqui.Tal história,
de nosso grande Pinguçus;
que nunca estudara
e mal sabia o que era cursos.— Pinguçus,
por que me deixaste só?
À noite inteira lhe esperei,
mas tarde chegaste, meu bocó.
— Ah, minha querida,
o forró estava a fervê!
Mulheres me chamavam a bailar,
mas não se preocupes, eu só pensava em você.Fim da história,
do falecido Pinguçus,
pois não suportara
o impacto de dois tamancos russos.
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Estado Acrílico - Poemas&Crônicas
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