Será amor?

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Karina

Chegando na escola, fui procurar minha melhor amiga, a Andressa. Ela costumava me esperar no banco do pátio, mas hoje tinha algo errado... A Andressa não estava ali. Ela não poderia ter faltado, pois de uns tempos pra cá ela estava toda feliz por ir ao colégio. Talvez ela estivesse na classe. Não estava. Procurei por todos os cantos da escola, não tive sucesso. Ela realmente havia faltado, iria ficar o dia inteiro sozinha.
Em seguida o sinal tocou, fui direto para a minha classe. Chegando lá, vi as meninas populares conversando ao fundo, mexiam no cabelo e mascavam chiclete. Fui me aproximando para sentar em meu lugar, mas uma delas me expulsou dali.
Victória- não tá vendo que nós estamos aqui? Vaza, garota!
Karina- mas aqui é o meu lugar - falei
Victória- ops!! acho que não é mais - soltou uma leve risada
Me sentei na primeira carteira, as pessoas me olhavam torto.
Enquanto assistia á aula, era vítima de piadinhas. Arremessavam bolinhas de papel em minha cabeça. Tentei ao máximo ignorar, mas acabei chegando ao meu limite. Me virei, olhando para a turma do fundo, mais específicamente á Victória e seus cachorrinhos e gritei
Karina: JÁ CHEGA!!! EU NÃO AGUENTO MAIS, SUAS VAGAB... - não pude nem terminar a frase e a professora se virou a mim
Prifessora: Karina Duarte! O que você pensa que está fazendo? Me acompanhe, vamos ter uma conversinha na diretoria. - disse me puxando pelos braços
Karina: mas professora, não fui eu quem comecei - ela deu de ombros
Chegando na sala da Diretora, levei um grande susto. O menino de hoje cedo estava lá.
Você?? - dissemos ao mesmo tempo
Diretora: Pode ir Pedro. Karina?! Você por aqui? O que houve?
Fiz questão de explicar tudo á ela, até os mínimos detalhes.
Diretora: tudo bem mocinha, você já pode ir. Não deve ser fácil mesmo. Mas diga á sua professora que briguei com você. - assenti
Ao sair da sala, o menino estava lá fora
Pedro: Oi Karina, eu sou o pedro - disse sorrindo
Karina: eu ouvi. E eu não esqueci o que você fez, não. Por culpa sua eu tô com fome. Moleque chato.
Pedro: nossa, que esquentadinha. - disse saindo pelos corredores.
Abusado.
Na volta pra casa, vi que o mesmo fazia o mesmo caminho que eu. Ele estava no outro lado da rua. Senti necessidade de ir falar com o Pedro. Melhor não. Ele iria me achar estranha.

Pedro

Sim, eu estava apaixonado pela loirinha nervosinha. E ela, por coincidência, fazia o mesmo caminho que eu. Olhei do outro lado da rua, a Karina estava lá. Trocamos olhares. Senti necessidade de uma aproximação.

Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora