1 - Uma Coisa Estranha

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Recebo um telefonema as 4:00hrs da manhã. Acordo assustado e deslizo o dedo sobre a tela do celular sem ver quem é. Digo com uma voz arrastada e sonolenta:

- Olá?

- Oi John! Aqui é o Max. Desculpa te ligar a essa hora é por que aconteceu uma coisa muito estranha num apartamento por ai. Você pode vir até aqui na delegacia pra discutirmos isso?

Max é meu chefe, ou melhor, o delegado do meu departamento. Eu trabalho na delegacia dele a vinte anos, investigando casos de assassinato. Ele também é um amigo muito fiel a mim. Conheço ele desde que vim aqui pra São Paulo.

No fundo o reconheço não como um amigo, e sim como um parente, um ente querido. A minha única família. 

- Eu tenho opção? - bocejo.

- Sério John? Vem logo, tô te esperando.

- Ok! Ok! Já estou indo. Daqui a uns vinte minutos eu chego ai.

- Certo. Tchau John.

- Tchau Max. - digo arrastando a voz.

Eu desligo o celular e fico esticado na cama, esperando que o sono passe, mas ele não passa. 

Tomo coragem e me levanto, gemendo de cansaço. 

Passo a mão no rosto e depois me espreguiço. Vou ao banheiro e troco de roupa, escovo os dentes e depois penteio o meu cabelo em frente ao espelho. Meu rosto é, na opinião dos outros, "delicado e bonito". Meu cabelo é castanho claro e meus olhos azuis. Não sei por que as pessoas falam tanto que se a pessoa tem olhos azuis ela é um Deus ou algo do tipo. Eu acho estranho.

Volto para meu quarto e pego meu revolver na minha escrivaninha, enfiando-o no cinto da minha calça preta. 

Desço as escada do meu pequeno loft e passo pela cozinha, pegando uma barrinha de cereal. Não quero comer demais. 

Desço de elevador e pego meu carro no estacionamento. Já se passaram dez minutos.

                                                                      []

Ao chegar na delegacia passo pelo porteiro, que, mesmo me conhecendo, pergunta meu nome e pede minha identidade. 

Deixo o carro no estacionamento e entro na delegacia. Lá, outra porteira, Susi, está digitando coisas em seu computador atrás da bancada.

- Bom dia senhor John. - diz ela alegremente. Ela nem deve saber que são 4 horas da manhã.

- Bom dia Susi. Onde está Max? - pergunto.

- Ele deve estar no Laboratório de Analise de Provas.

- Obrigado. Até mais. - me despeço e ela acena pra mim alegremente e volta a mexer no computador.

Vou ao elevador e aperto o botão número 10. Essa é uma das maiores delegacias de São Paulo. 

O elevador para no 5º andar e um homem careca, alto e extremamente forte entra. Ele é Diogo, o cara mais durão da delegacia. 

- Bom dia Diogo. - digo olhando pra baixo.

Ele movimenta a cabeça positivamente, flexionando os músculos do rosto.

Ele não é de falar muito. Fazer o que?

Saio do elevador, deixando Diogo lá. Passo por diversos corredores brancos, com várias portas de metal, vidro e madeira branca. Entro numa com a placa "Laboratório de Evidencias". Abro-a.

O lugar é cheio de máquinas, computadores e mais coisas que eu não sei o nome. Max está sentado numa cadeira giratória defronte a uma mesa mexendo em uma papelada no fundo da sala, de costas pra mim.

- Oi Max! - digo chegando mais perto dele. Porem, antes que eu me aproxime, ele estende a mão, de costas pra mim. Sua cadeira de rodinhas da uma volta e ele olha diretamente para mim. Olho para sua outra mão que esta perto de seu peito.

Ele aponta um revolver na minha direção.

- Olá, John. - diz ele com um tom perverso.


Olá pessoal. Espero que estejam gostando desse inicio da história. Esse primeiro capítulo foi bem pequeno, mais para da um ar do mundo de John.

Uma coisa que eu queria dizer é sobre o local da história. Pensei e repensei, querendo colocar cidades internacionais, mas acabei querendo por São Paulo para tentar mudar um pouco o sentimento de vocês (E até mesmo meu) de que histórias que se passam hoje em dia devem ser em lugares no E.U.A ou na Europa.

Obrigado, qualquer crítica pode comentar ai em baixo e se gostou favorite. Até o próximo capítulo :)

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⏰ Última atualização: Mar 25, 2016 ⏰

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