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14 de setembro de 2014


Casa.

Onde nos sentimos seguros, onde criamos as melhores memórias, onde somos sempre recebidos de braços abertos, onde um riso nunca vem só.

É tão bom estar em casa.

Tinha saudades das das casas, das ruas, de inspirar o ar fresco e puro de Doncaster. Parece tudo tão igual mas ao mesmo tempo tão diferente.

Vagueio pelas ruas até chegar á minha casa, aquela onde creci, onde aprendi, onde fui verdadeiramente feliz.

Onde amei e fui amada, onde ajudei e fui ajudada, onde abraçei e fui abraçada. Onde chorei, onde ri, onde sorri e onde chorei de rir.

A pintura está desgastada e as folhas secas cobrem o chão do meu jardim. A velha porta de madeira da entrada abre-se e revela uma senhora baixa de cabelos grisalhos. Esta tranca a porta e vira-se, encarando-me. O seu rosto mostra-se surpreendido mas logo um sorriso aparece e ela corre até mim já com lágrimas nos olhos, envolvendo-me nos seus braços.

- Oh minha menina... -diz no meu ombro.

- Olá, D.Harriet.

• • •

A minha casa permanece a mesma. A mesma cor, os mesmos móveis, os mesmos quadros, os mesmos livros. O quarto do meu pai continua com o mesmo cheiro, o seu cheiro.

O meu quarto. Milhões de memórias felizes invadem os meus pensamentos.

Porque é disso que a vida é feita: memórias. Cada memória feliz vale mais que ouro, mais que diamantes, cada memória é um pedaço que fica connosco eternamente.

A minha cama continua no mesmo sítio. Todas as fotografias que não levei para Los Angeles e decidi deixar cá continuam presas na parede. Fotos tiradas aqui, no parque, em casa dele, no Brasil, todos os bons momentos capturados numa simples fotografias. Fotografias com o meu pai, com a Perrie, com os rapazes.

Com o Louis.

As saudades que sinto por ele são mais que mais que as estrelas no céu, tenho saudades do seu sorriso, dos seus olhos, do seu riso, da sua voz, dos seus abraços, dos seus beijos, de tudo. Saudades de todas as pequenas coisas que tornam os nossos momentos tão especiais e únicos.

Largo as minhas malas junto á minha cama e pouso a caixa de Olivia em cima da cama, e assim que abro a pequena portinha ela salta logo cá para fora, começando a vaguear pelo quarto.

- Está tudo como deixaste -disse a D.Harriet com um ar sorridente.

- Obrigada -digo e olho para a senhora.

- Veio cá uma rapariga há alguns dias atrás. Loira, olhos azuis, muito bonita. Veio á tua procura, pensou que já tinhas chegado. Queria falar contigo.

• • •

Bato na porta de madeira pintada de branco e logo oiço vozes de dentro da casa. Uma senhora morena com uma criança ao colo abre a porta sorridente, mas logo perde o sorriso e uma expressão de surpresa aparece no seu rosto.

- Diana? -pergunta num fio de voz.

Acinto e a senhora abraça-me com um braço enquanto suporta a pequena bebé no outro. Johannah puxa-me para dentro e fecha a porta atrás de mim.

- Charlotte, Felicité! -chama e encaminha-me até á sala.

Pousa o bebé no chão junto a outro bebé enquanto eles brincam com vários brinquedos e depois senta-se á minha frente.

DIANA♪lwtOnde histórias criam vida. Descubra agora