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Notas inicias: oooi bem vindos o primeiro capítulo, tem mais pensamentos do que diálogos para você conhecer a cabeça da nossa Katherine e entender o que está por vim! Já já vai acontecer tanta  coisa uma em cima da outra que vai deixar vocês tontos! Kkkk então boa leitura!



       Katherine Soller, Point Of  Views.

                     07:32 p.m.

26 de Maio de 2019.
           
Atlanta, Geórgia, EUA.


   Eu conseguia ouvir os ruídos da plateia gritando o meu nome de longe e isso me incentivava a querer ir cada vez mais rápido, como um impulso em meu corpo. Eu estava dando o melhor de mim, colocando todas as minhas forças nos meus braços e nas minhas pernas para conseguir chegar mais rápido na beira da piscina de 18 metros e meio de comprimento.

     Aquela adrenalina de competição atiçava o meu corpo completamente, permitindo-me sentir anestesiada e apta a esquecer qualquer dor física que pudera vir. Tinha algo muito além da dor, tinha a minha coragem e a minha força.

    Era o desafio e a adrenalina dele, ambos sempre me fascinaram como algo vital, sempre, todos os dias.

    Encostei a mão na borda da piscina e levantei a cabeça exausta e ofegante, tirando os ósculos de mergulho rapidamente do meu rosto molhado.

    Não sei se ganhei ou se perdi nessa noite, mas naquele momento sei que dei o melhor de mim, e meu coração estava tão acelerado que deixava meus dedos formigando, era uma sensação estranhamente familiar e boa de se sentir, eu adorava senti-la.

    Ainda podia ouvir estudantes e pais gritando e dando a maior força para o seu competidor favorito, meu nome era o mais repetido, eu tinha uma torcida grande, sempre tinha.

Essa era a vantagem estranha de ser uma garota querida por todos, a garota exemplar, como gostavam de me chamar por todos os lugares, eu estampava campanhas da escola e do time de natação, as pessoas do meu bairro me adoravam, os adolescentes queriam ser meus amigos, eu era uma personalidade importante nessa parte de Atlanta e eu não faço ideia de como isso surgiu.

As pessoas só gostavam de mim.

Olhei para as competidoras ao meu lado, e todas parecem está felizes com o fato de poderem ganhar também, foi por milímetros, todos na arena estavam ansiosos para o resultado final, e eu extremamente apreensiva, não conseguindo relaxar nem comemorar.

A plateia ficou em silêncio absoluto, quando o locutor avisou no microfone que já constataram quem era a ganhadora, e ainda acrescentou que foi por 2 segundos de diferença entre a primeira colocada e a segunda, o que acabava me deixando mais nervosa.

A natação era uma das coisas que eu mais gostava de fazer, era o que me acalmava, está em contato com a água, sentir como se o mundo em volta de mim estivesse em absoluto silêncio, me ajudava a lidar com todo e qualquer problema que eu poderia ter fora das piscinas.

No começo não era a minha intenção competir, eu fazia por mim, para a minha cabeça e minhas ações se normalizarem, mas aí o técnico viu algum talento em mim, que eu mesma não enxergava, e me colocou em evidência, me fez ser uma das melhores nadadoras dessa cidade.

Fechei os olhos, antes de os abrir devagar e naquele momento era como se o mundo em minha volta tivesse entrado em câmera lenta, eu apenas sentia a minha respiração ofegante, e a voz do locutor bem distante, como um eco estrondoso em meus ouvidos.

The leaves of a dailyOnde histórias criam vida. Descubra agora