The leaves of a daily

2. The girls know well.

Notas inicias: fotinha da Maddy na capa!

       Katharine Soller, Point Of Views.

        06:15 a.m.

                    27 de Maio de 2016.

                Atlanta, Geórgia, EUA.

— Bom dia, nossa como você parece disposta hoje!  — Dakota ironizou, enquanto parava no lado do banco que eu estava sentada no pátio da escola.

    Minha cabeça estava latejando como se tivessem passado com um trator por cima dela no mínimo cinco vezes. Não dormir mais do que 2 horas essa noite, ainda mais que sai com a Nina, e ela não parava nem um segundo se querer e eu mal conseguia acompanhar seu ritmo.

     Mas pelo menos esqueci dos meus problemas, ver a Nina agir como se a vida fosse acabar amanhã, enquanto eu ficava tentando apenas não a deixar cair bebada, me ajudou a esquecer a Queen e todos os problemas que eu poderia ter, era um alívio no final.

     Não bebi, nem nada, a dor de cabeça era porque dormi muito pouco mesmo e Dakota parecia ter notado isso muito bem assim que se aproximou, deve está notório não minha cara o quanto cansada estou.

— Falta muito para irmos embora, né? - Resmunguei manhosa como se pudesse deitar naquele banco mesmo, fazendo Dakota ri de leve.

— Quer mesmo ir embora pra casa? — Dak deu ênfase na última palavra e eu levantei os olhos para ela de forma monótona e arrastada, refletindo nisso e negando lentamente.

     Não queria está aqui, confesso, mas mil vezes está na escola me sentido mal do que em casa com minha madrastra me explorando.

     Já estou no meu limite com a Queen, ela me explora a anos e está ficando cada dia pior, antes ela disfarçava que era um exploração, agora ela faz questão de jogar na minha cara, estava ficando insuportável, eu sentia que iria enlouquecer ou morrer por causa disso, e não era um drama, a forma como ela fazia exatamente para me machucar, era horrível.

— Por agora acho melhor você ir na enfermaria, pegar um remédio para dor de cabeça! — Dak disse me analisando de forma compreensiva e ela nem perguntava o que estava acontecendo, ela sabia que eram problemas em casa e que muitas vezes eu só não conseguia falar sobre isso.

      Era pesado para mim, para quem vivia comigo e gostava também, apesar de todos nessa escola e nesse bairro me acharem a garota perfeita em uma vida impecável, ninguém sabia o que eu passava de verdade, só meus amigos e meu namorado e eles me apoiavam o máximo que dava, mas as vezes eu só queria guardar pra mim, como agora.

— Quando o Justin chegar eu falo que você foi lá. — Ela afirmou, passando a mão no meu braço de forma carinhosa e eu assenti devagar tentando por um meio sorriso nos lábios.

   Me levantei quase me arrastando para ficar de pé e sair dali, dando passos quase contatos enquanto bocejava de sono, além de ouvir cumprimentos de outros alunos para mim e tentar respondê-los de uma forma legal, mesmo eu não me sentindo nada legal. 

          Nunca quis fingir uma vida perfeita, nem fingir que eu fosse perfeita como todos achavam, mas era como todos me viam, até meus amigos, eu não tinha a vida fácil, eles sabiam, mas em relação a mim, eles tinham a visão de que eu era a garota mais perfeita nas minhas ações como pessoa, no que eu poderia fazer ou pensar, sendo que na verdade, eu só era muito boa em manter como se tudo estivesse bem, como se tudo em mim, na minha cabeça, e em volta de mim estivesse sobre absoluto controle, mas acho que nunca esteve de verdade.