Declínio - Juliana A. Bieber

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Seu rosto ainda está vermelho, seus olhos tomados por uma fúria que nunca tinha visto. Respiro fundo e viro-me olhando para meu pobre professor, pelo seu rosto amedrontado eu posso jurar que ele sujou as calças, por algum motivo minhas mãos estão tremulas, mas não acho que seja medo, não tenho medo que Justin me machuque, o sentimento que passa por meu corpo é outro, é uma especie de adrenalina e um orgulho indefinido, sentindo meu coração pulsar por ele ter sentindo ciumes. - Ele ainda sente ciúmes de mim - Estou quase sorrindo, isso quer dizer que ele ainda me ama e da sua forma mais exagerada teme me perder, estou quase me abraçando por isso, minha confiança sobe mil graus.

- Martin - O chamo mansamente, seus olhos arregalados demoram a me olhar - Me deixe conversar com meu marido por favor, por hoje acho que foi o suficiente. Obrigada.

- Você não vai sair daqui. - Cospe Justin apontando o dedo para Martin e me fuzilando com seus olhos. Martin congela em seu lugar e me olha sem saber se vai ou se fica.

- EU DISSE QUE PODE IR. - Dessa vez sou eu quem rosno e quem está fuzilando Justin, meu professor corre para fora da sala de musculação quase atravessando a parede como um foguete desorientado.

Ao voltar minha visão ao meu marido ele está me encarando com uma grande ruga entre suas sobrancelhas, ele realmente está com raiva, mas o seu subto ciume me deixou mais corajosa e eu quero enfrenta-lo.

- Você está transando com aquele cara? - Ele solta e eu engasgo sem acredita que ele pode pensar isso.

- Não seja estúpido Justin Bieber. Aquele era o meu professor de ginastica e dança, alguém que contratei para me deixar em forma. Era pra ser uma surpresa pra você.

- Pode apostar que estou surpreso, olha só como eu estou feliz em chegar de uma viagem e encontrar minha mulher se esfregando em um cara, MINHA MULHER… - Ele grita e eu dou um pulo pela surpresa e meus olhos se arregalam. - Minha mulher porra. - Sorrio orgulhosa, sim eu sou a mulher dele. - Acha engraçado? - Ele pergunto ainda irritado.

- Não deveria? - Levanto a sobrancelha.

- Você está brincando com a minha cara Juliana?

- Martin é Gay… Muito Gay pra falar a verdade.

- GAY? - Ele está surpreso, me encara por alguns segundos enquanto tambem seguro seus olhos ainda divertida, eu deveria estar brava eu sei, mas no momento eu só quero abraça-lo e matar a saudade que me sufoca - Gay? - Ele pergunta mais uma vez e agora um sorriso surge em seus lábio e eu aceno positivamente caminhando em sua direção.

- Você estava com ciúmes? Não posso acreditar que pode pensar que eu teria algo com alguem que não fosse você… - Circulo meus braços envolta de seus pescoço e beijo o lóbulo da sua orelha e posso ouvir um pequeno suspiro ao seu toque.

- Eu não estava com ciúmes - Ele nega e posso sentir seu sorriso quando ele me puxa ainda mais para seu corpo circulando minha cintura. Afasto meu rosto para encara-lo em duvida e ele dá mais um sorriso - Eu estava louco, a ponto de cometer um homicídio.

- Estava me preparando para receber meu marido, acredito que preciso cumprir meu papel de esposa e saciar todas suas vontades. - Sussurro arrastando meus dentes por todo seu maxilar.

- Todas? - Ele sussurra.

- Todas - Confirmo.

Em um movimento rápido ele segura meus cabelos e me prede com seu corpo junto a parede, engolindo-me em um beijo ardente, minhas mãos em suas costas arrancando sua camisa enquanto ergue minhas pernas e eu abraço sua cintura, posso ouvir sua respiração ofegante e sentindo suas mãos agarrarem minha bunda com força, sua ereção está me  pressionando eu gemo incoerente, - Eu senti falta disso - Seus beijos quentes estão por toda minha pele, me lambendo e chupando com desespero necessitado de mim na mesma intensidade que eu necessito dele. Não posso pensar em mais nada, somente nele e como o quero aqui, nessa sala de musculação, lembra-me como eramos antes, sem qualquer pudor. - Estava com saudade minha delicia - Ele diz enquanto solta meus lábios que estão presos entre seus dentes - Há céus, eu amo quando ele me chama assim - Ele me solta e como um menino apressado, ele arranca minha blusa, um sorriso quente brinca em seus lábios e eu por um segundo tenho vontade de cobrir meu corpo, mas não há qualquer lençol aqui e estremeço com insegurança.

Amor Por ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora