A transformação

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  Lá estava eu, no meio da noite, à procura do castelo do meu príncipe, quando, de repente, ouço alguém a chorar.

  Sou guiada pelo choro e surpreendente deparo-me com o seu castelo. Logo fico agitada pensando que quem poderia estar a sofrer seria o meu amor.

  Voei o mais rápido que pude até aquela enorme varanda branca. Entro no que parecia um quarto ligado à varanda e encontro, sem mais nem menos, o meu príncipe a chorar.

  Senti uma enorme dor no meu coração, e, a primeira coisa que eu pensei foi em consola-lo . Ele tinha feito isso por mim antes, agora era a minha vez de fazer isso por ele.

  Voei, quase que instantaneamente, para cima da sua cabeça. Ele deu por mim uns segundos depois, e, logo que os nossos olhares se cruzaram, o meu coração ficou ainda mais apertado por ver a cara de sofrimento e dor dele.

  Ele limpou as suas lágrimas e pegou em mim pondo-me cara a cara com ele. Nesse momento senti a minha cara a arder. O que valia é que eu era quase toda vermelha, então ele não reparou.

Príncipe: Todos os criados do castelo devem de estar à minha procura e mesmo assim, a única a poder encontrar-me foi a minha melhor amiga joaninha. Isso mostra como a nossa amizade é especial.- ele deu um dos seus maravilhosos sorrisos, e, em seguida, deu-me um leve beijinho na testa.

  Eu fiquei encantada, mas, de repente, o seu sorriso de alegria transformou-se em um leve sorriso de tristeza que veio acompanhado de uma lágrima que escorria pelo seu lindo rosto.

  Eu fiquei ainda mais preocupada e o meu coração doía ainda mais por cada lágrima a mais que escorria.

  Tentei consola-lo, mas em vão, até que uma brilhante ideia caiu na minha cabeça, como um raio de luz.

  Olhei à minha volta e avistei uma casa de bonecas. Dirigi-me para lá e peguei numa bengala e num chapéu pequenino que pertencia a um dos bonecos.

  Fui para a frente do meu príncipe, e, para lhe chamar a atenção, bati com a bengala Na sua cabeça.

Príncipe: Au! Isso dói! O que se passa joaninha?

  Eu comecei a fazer sapateado e a dançar. Em poucos minutos, ele já estava a rir ás gargalhadas. Ele estava a rir, o meu objetivo foi concretizado.

  Ficamos a brincar um com o outro por mais uma hora. Foi tan divertido. Até que chegou a hora dele voltar para "os seus apusemos". Ele disse-me adeus e atirou-me um beijo que foi parar diretamente ao meu coração, como uma flecha.

  Sai do castelo e comecei a vaguear pela floresta. Não tinha lugar para dormir esta noite. Bonito, lindo serviço fizeste tu. Mas, pelo menos, consegui acalmar o coração exaltado  do meu príncipe. Um ponto aqui para a joaninha.

  Sentei-me numa pedra mesmo ao lado de um lago cristalino a pensar.

Joaninha: ( Eu sei que o consegui consular, mas só por agora. Ele tem o coração cheio de solidão. Quem me dera ajudá-lo, mas como? )

  Nesse preciso momento, uma mulher começou a sair do lago. Fiquei estupefacta com a mulher, ainda tentei fugir, mas não deu certo, porque alguns dos salpicos acertaram nas minhas asas.

  A mulher aproximou-se de mim, pegou-me e aproximou-me dela com as mãos e disse:

Lady Lake: Olá joaninha. Triste por amor?

Joaninha:1- Como é que sabes? 2- Não tens nada a ver com isso.

Lady Lake: Não sejas assim comigo. Eu vim aqui para te ajudar.

O príncipe e a joaninhaOnde histórias criam vida. Descubra agora