Como te conheci

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Hoje foi a mesma coisa de sempre.

Primeiro, não encontrava comida, pois as outras joaninhas já tinham comido tudo. Depois, começou a chover e eu não encontrava abrigo. Apesar de ser uma joaninha da sorte tenho um asar que nem o Diabo merece.

A única coisa que me consolava mesmo era ver o meu querido príncipe no seu enorme castelo. Ele era simplesmente perfeito.

Vou vos contar como o conheci, mas não contém a ninguém, ok???? Ok. Então foi assim:

Tudo começou num dia mais azarado da minha vida. Tudo me estava a correr mal.
Nassa altura já era noite e eu estava a vaguear pela floresta quando avistei um grande castelo branco. Avia uma varanda muito grande nesse castelo de onde se podiam ver as estrelas todas.

Como estava deprimida, dirigi-me para lá, para ver se me animava. Senti-me na beira da varanda, e, sem notar, comecei a chorar.

Não sei se foi do barulho que o meu choro causou ou se foi por outra razão que desconheço, mas alguém apareceu por detrás de mim e levantou-me. Era ele.

Ele tinha uns lindos cabelos loiros como o ouro e uns olhos esmeralda lindíssimos, e, o melhor de tudo, um sorriso maravilhoso, mas triste. Ele virou-se para mim e disse:

??: Porque é que uma linda joaninha está a chorar na minha varanda??

Nesse momento, senti o meu coração a saltitar de emoção. Em seguida, vieram- me as lembranças dos meus problemas. De repente, e sem aviso prévio, senti a minha cara a arder. Eu estava a corar. E umas lágrima saíram dos meus olhos. Ou eu estava a ficar maluca, ou era hora de eu dar com os pés para a cova.

O rapaz ficou uns minutos a olhar para mim. Depois, do nada, deu-me em beijo na minha minúscula testa e disse:

??: Passaste por muita coisa, não foi? Pobre joaninha.

Ele olhava para mim com um sonhos triste, provavelmente de pena, mas ternos. Tão ternos que faziam o meu coração saltitar ainda mais (que eu achava que era impossível por sinal).

Ele aproximou-me dele ficando muito perto das bochechas dele. O meu coração não parava de saltitar, tanto que eu achava que ele podesse sentir os meus batimentos, mas, para minha sorte, não ouviu.

??: Não chores mais. Olha, tu és livre. Não estás dependente de ninguém, pois não? Mas eu sim. Eu vivi os meus míseros 15 anos de vida aqui fechado. Pensa que , mesmo que tenhas a pior sorte do mundo, és livre.

Eu, nervosa, assenti. Ele reparou e começou a rir sem parar. Fiquei um pouco chateada por aquilo, mas, aquele riso cativante era simplesmente..... maravilhoso.

Para lhe agradecer pelo seu gesto de simpatia, dei-lhe um beijinho na bochecha. Ao princípio, ele pareceu-me um pouco surpreendido, mas, depois, fez aquele sorriso mais bonito do mundo e disse:

??: Olha..... eu sei que isto pode parecer estranho, mas,....... queres ser minha amiga?

Eu, quase que instantaneamente, respondi que sim assentindo, já que não podia falar, e voei para cima da cabeça dele, um pouco embaraçada.

E aí foi quando tive o meu primeiríssimo amor. Não era aquele amor desesperado que algumas raparigas têm, mas sim, um amor verdadeiro.

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Aqui está o primeiríssimo capitulo da minha nova história. O resto, conto-vos no próximo capítulo.

I Love You❤️❤️❤️

O príncipe e a joaninhaOnde histórias criam vida. Descubra agora