DE REPENTE NÓS

Capítulo 15

Boa leitura pessoal! 

"Empurra Nathalie... Vai amor... Isso. Pense que isso será pra trazer a nossa menininha ao mundo" Joshua dizia enquanto eu apertava sua mão. Alguns empurrões depois, um chorinho forte preenchia toda a sala e ali estava a minha menina. Minha linda menina. Valentina tinha chegado ao mundo. Ela tinha chegado pra trazer mais alegrias a nossa vida.

"Minha menina." Eu disse com a voz cansada enquanto observava Joshua conversar com a médica e em seguida vir em minha direção com o pequeno pacotinho rosa embrulhado.

"Nossa garotinha. Pegue-a e veja como ela é linda. Parece com você." Joshua dizia encantado ao mesmo tempo em que colocava a nossa filha em meus braços.

Então aquele pequeno embrulhinho pousou em meus braços e nesse momento meu mundo parou. Ela abriu os olhos e me olhou profundamente. Seus olhos eram claros como os de Joshua e seus cabelos era um monte negro. Minha filha era linda.

"Eu te amo tanto minha filha" eu dizia ao mesmo tempo em que Valentina sumia dos meus braços.

Acordo assustada com o corpo suado, por mais que esteja frio. Instintivamente uma mão vai até a minha barriga lisa e acaricio-a. Foi tudo um sonho, o mais lindo sonho que já tive. Podia jurar que conseguia sentir a pequena criança em meus braços. Seria a minha filha? Desde que voltei a Dra. Eliza para finalizar o tratamento, ela disse que tudo agora poderia conspirar para uma gravidez saudável. Por mais que eu e Joshua tivéssemos colocado esses planos de lado por um momento, nunca deixamos de querer um filho. Sorrio ao lembrar-me de como a menininha do sonho era uma mistura de nós dois. O olhar apaixonado que Joshua deu a ela, era de cortar o coração.

Olho pro lado e vejo que Joshua dorme tranquilamente e ao seu lado Benjamin. Eu os amo tanto. Beijo suavemente a testa de Ben e saio da cama. Preciso respirar e tomar um copo de água. Saio do quarto e vou em direção a escada e desço até a cozinha e encontro uma garrafa de água no balcão. Me sento em um dos banquinhos, encho um copo e o bebo imediatamente, e sinto meu corpo refrescar. Nova York está fria. Uma frente fria fora de época chegou na cidade. Fico por mais algum tempo na cozinha lembrando do sonho até que ouço um barulho e em seguida pequenos passos se arrastando pela cozinha, ao olhar vejo Benjamin vindo até mim com seu pequeno cobertor de cachorrinhos.

"Mamãe?" Ele chama com a voz rouca de sono e vou até ele.

"Oi meu amor." Eu digo o pegando no colo e subindo com ele até o quarto e o deito na cama, e me deito em seguida. Ele se vira e encaixa seu pequeno corpinho contra o meu corpo e me abraça como se sua vida dependesse disso. Eu o abraço de volta e começo a cantarolar uma música qualquer em seu ouvidinho e em poucos minutos sua respiração é tranqüila e vejo que ele dormiu. Ajeito-me na cama e após alguns segundos sinto uma mão circulando minha cintura e vejo que Joshua está me abraçando e Benjamin no meio. Ele sempre faz isso quando o pequeno dorme conosco. É como se assim estivéssemos em segurança, e eu realmente me sinto segura em seus braços e assim caio no sono, e mais uma vez sonho com uma pequena menininha de olhos claros e cabelos escuros.

***

"Tô namourando todo mundo, mas aquele por cento é vagabundo é safadão e elas goustam"

"Benjamin, eu não já falei pra você parar de cantar essa música ou você irá ficar no cantinho da disciplina?!" Eu digo pela milésima vez em apenas um dia.

"Desculpa mamãe, eu prometo que não vou mais cantar a mulsica do vagabundo" Benjamin diz e vem pro meu lado e me dá um beijo carinhoso na bochecha e começa a cantar a música dos cinco patinhos.