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                Segundo dia de aulas e o primeiro até que nem foi mau. Ninguém gozou comigo, ninguém olhou para mim de forma diferente, ninguém me fez mal. É como se eu não existisse, o que é bom, assim ninguém me magoa fisicamente e psicologicamente. Hoje não consegui encontrar lugar à frente da escola, logo hoje que está a chover tanto. Bufei. Só gosto de chuva quando estou em casa deitada na minha cama quentinha e confortável a ler um bom livro, não gosto de andar por ai no meio da chuva. Agarro no chapéu-de-chuva e na minha mochila e saiu do carro. Abro chapéu e ligo o alarme do carro. Ando em passo apressado para o portão da escola e paro. Tenho de controlar a respiração. Voltei a andar apressadamente até ao pavilhão onde iria ter a próxima aula. Bolas, estou toda molhada e não convinha nada ficar doente.

Entrei na sala e nela havia uma única pessoa, era um rapaz que estava bastante concentrado enquanto escrevia furiosamente numa folha, ainda não estava na hora e é estranho deixarem as salas abertas. O rapaz não deu pela minha presença então, decido escolher um lugar do meu agrado sem fazer qualquer barulho para não incomodar o rapaz. Ele parecia ser bonito por menos da posição em que ele se encontrava. Retirei todas as coisas necessárias para a aula, que seria a primeira da manha e a minha preferida, Filosofia. Eu não sou uma nerd, longe disso, acho que estudar é uma grande perda de tempo, então eu limito-me a tomar toda atenção nas aulas, assim não preciso de gastar tempo a estudar, mas como não conheço aqui ninguém é normal que ande um pouco agarrada aos livros.

A sala rapidamente começa a encher-se de alunos, alegres, sorridentes e alguns com uma cara nada agradável devido ao sono. Um pequeno sorriso escapa -me da cara ao ver tantas pessoas felizes. Pessoas felizes metem-me feliz devido à sua boa aura. Desvio o meu olhar para o rapaz que anteriormente estava a escrever furiosamente na sua folha e este observa todas as pessoas que acabaram de entrar com uma pequena verruga na sua testa. Bem que eu disse que ele era bonito. Tem uma face muito angical embora o seu olhar seja um pouco triste e perdido.

"Ora muito bom dia meus caros alunos." O professor entra de repente na sala fazendo com todos os alunos barulhentos se calem. Toda a pessoa feliz é barulhenta, na minha opinião. A turma inteira respondeu em coro à saudação do professor. "Vejo que temos uma cara nova." Olha-me com um sorriso simpático na cara ao qual retribuo. "Qual é o teu nome?"

"Nahla. Nahla Parker." Respondo sem tirar os olhos do professor. Tenho quase a certeza que estão todos a olhar para mim. Agora já sabem que eu existo.

"Muito bem Miss. Parker. Nós na outra semana não tivemos a fazer nada demais apenas cada um escreveu um texto sobre si mesmo, vou-te pedir o mesmo e entregas-me na próxima aula, certo?" Assinto. "Agora sim podemos começar a nossa aula. E hoje vamos falar sobre a felicidade." Felicidade? Parece-me um bom tema para começar a minha primeira aula de filosofia. "Sr. Styles o que me diz acerca da felicidade?"

"Acho que é algo que as pessoas forçam muito para ter e a maioria, ou até mesmo nenhuma a tem." Afinal o rapaz tem como apelido Styles. Ele tem uns olhos incrivelmente lindos fazem-me lembrar uma floresta.

"Explique-se melhor."

"Há pessoas que não têm nenhum motivo para sorrirem e mostrarem toda a sua felicidade, mas mesmo assim mostram-na como se não houve qualquer dor, tristeza ou sofrimento por parte delas. Eu acho uma estupidez, fingirem algo que não estão a sentir só para parecerem bem." Não concordo de todo com isso.

"Hm, então tu não acreditas na felicidade? E achas que ninguém tem felicidade? Que apenas fingem que a têm?" Assente. "Mais alguém tem alguma opinião acerca da felicidade?" Levanto o braço." Sim Nahla."

" Bem, eu acho que independentemente dos problemas das pessoas há sempre algo que as faça felizes, uma mínima coisa. Um cão, um livro, uma pedra, memórias. As coisas mais insignificantes no nosso ponto de vista, podem ser muito significativas no ponto de vista de outras pessoas, tão significativas que podem por um sorriso na cara. Um livro. Para mim um livro consegue pôr-me feliz com a sua história, consegue pôr-me ansiosa e viva, mas para outras pessoas um livro não passa de um simples objeto com imensas folhas de papel. Todas as pessoas têm um motivo para sorrirem e mostrar a sua felicidade por mais mínima que for a razão. E andar por ai a lamentar-se e chorar por coisas passadas não as vai trazer de voltar." Eu sou uma pessoa feliz independentemente de tudo o que já passei. Eu tenho um ser que me faz feliz, muito feliz, o meu pai.

Oláa amores!!!!

Então o que acharam desta conversa entre o Harry e a Nahla sobre a felicidade??

Eu sei que demoro seculos a publicar, mas como vocês sabem eu tenho a survival, e vou-me focando numa de cada vez, porque cada uma tem que ser a sua dedicação.

QUERO SABER AS VOSSAS OPINIÕES, IDEIAS, QUALQUER COISA ACERCA DO CAPITULO

Sei que ainda são poucas aqui, nesta história, mas são poucas mas maravilhosas

Obrigada por ainda continuarem aqui

Amovosss <3 <3

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Shelter //  H.S HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora