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"Querida!" Oiço uma voz no fundo da minha mente."Acorda amor, vais chegar atrasada ao teu tão desejado primeiro dia de aulas." Salto da cama num pulo fazendo o meu pai soltar uma grande gargalhada. É hoje! É hoje! É hoje! Finalmente chegou o grande dia. Estava a ver que estes quatro dias nunca mais passavam. Estou tão entusiasmada para conhecer a nova universidade e para conhecer novas pessoas. Só espero que elas sejam agradáveis. O meu pai sai do meu quarto com um sorriso na cara e eu vou diretamente para a casa de banho tomar um duche rápido. Assim que acabo de tomar o duche enrolo-me numa toalha a tremer de frio e saiu da casa de banho. Vou ao meu guarda-vestidos e escolho umas jeans azuis escuras e uma camisola de malha preta, calço as minhas botas também pretas e desço as escadas em direção à cozinha. Inspiro profundamente ao sentir o cheiro a panquecas e um sorriso aparece-me na cara. Amo panquecas pela manha. Sento-me à frente do meu pai na mesa, pois ele já tinha tudo preparado e começo logo a devorar todas as panquecas que o meu pai me colocara no prato fazendo intervalos com o meu sumo de laranja cheio de vitaminas. "Come devagar que ainda te engasgas a escola não foge." Encolhi os ombros e continuei a comer, pois ele já tinha posto mais algumas panquecas. Assim que acabei limpei a boca ao guardanapo, levei o meu prato e copo para a máquina de lavar loiça e dei uma pequena corrida até ao meu quarto." Nahla não te canses." Gritou o meu pai do andar de baixo e respirei fundo tentando controlar a respiração. Sentei-me na cama por um pouco para me acalmar. Sou mesmo estupida! Quero ser uma miúda normal, mas de normal não tenho absolutamente nada. Suspiro e depois de me ter acalmado fui a uma gaveta da minha mesinha de cabeceira tirei de lá um gorro preto, coloquei-o na cabeça e fui ao espelho para me arranjar melhor. Agarrei na minha mochila e sai do quarto.

Quero tanto descer estas escadas a correr, mas não posso. Cheguei ao fim das escadas já cansada. Eu tenho de me acalmar psicologicamente, até isso me está a deixar cansada.

"Já tens o carro à porta com GPS para não te perderes." Olhei para trás e vi o homem da minha vida com um sorriso que eu sei que é de preocupação, mas ao mesmo tempo feliz, feliz por mim. Gargalhei com o que ele dissera. Eu não tinha sentido de orientação nenhum. Mesmo que eu soubesse o caminho eu iria-me perder na mesma. Esticou a mão e nela estavam umas chaves fiz um sorriso tão grande e feliz que não sei como é que não rasguei os lábios. Agarrei nas chaves e dei pulinhos, mas logo o meu pai me repreendeu fazendo-me revirar os olhos e suspirar. Abracei –o com toda a minha força.

"Obrigado pai, por tudo." Dei-lhe um beijo bastante rechonchudo.

"Tem cuidado sim Nahla?" Assenti e sai de casa direta para o meu novo carro. Aqui vou eu universidade. Liguei o carro e arranquei até ao meu novo destino. Nada em mim é normal desde quando é que uma jovem fica feliz de ir para a escola?

"Vire à direita." Dei um pequeno guincho. Jesus. Que susto. Olhei para o GPS. Nunca mais me lembrei disto. Fiz o que voz da mulher disse. Isto é só ruas e mais ruas como é que é suposto decorar este caminho? Parei no sinal vermelho. Eu vou perder-me muitas vezes aqui, oh se vou. Arranquei assim que o sinal ficou verde."Virei à esquerda." Soltei um suspiro de felicidade assim que vi a universidade. Avistei um lugar perto da entrada da universidade e rezei mentalmente para que ninguém estaciona-se ali e não estacionaram.

"Yes." Bati com as mãos no volante e estacionei o carro lá, desliguei-o e deixei-me estar encostada ao banco do carro. Agora estou nervosa. E se me tratarem mal por ser um pouco diferente deles? Não seria a primeira vez. Eu estou pronta. Disse para mim mesma vezes sem conta. Respirei fundo e sai do carro trazendo a minha mochila comigo. Tranquei o carro e andei até à entrada. Estavam algumas pessoas cá fora a fumarem se soubessem o bem que isso faz, mas acho que nenhum deles está interessado nisso pelo menos o aspeto deles reflete o que é a personalidade. Eu sei que não devo julgar o livro pela capa mas sim pela sua história. Mas a maneira como a pessoa se veste diz muito dela. Já tinha pessoas a olharem-me devido a eu estar a olhar há muito tempo para elas, senti as minhas bochechas a ficarem vermelhas e baixei o olhar e a cabeça. Ainda, por cima eram todos rapazes. Minha nossa senhora. Entrei na escola sempre de cabeça baixa ainda sentia as minhas bochechas quentes. Só a mim é que acontece estas coisas. Por menos nenhum deles se meteu comigo o que não é mau, mas aposto que ficaram a pensar que eu era alguma atrasada. Suspirei e fui até à secretaria buscar o meu horário e chaves do cacifo.


OII AMORES

Shelter está de volta anjos.

QUERO COMENTARIOS E OPINIÕES POIS SINCERAMENTE NÃO SEI SE DEVO OU NÃO CONTINUAR COM ESTA HISTÓRIA.

AMO-VOS <3

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Shelter //  H.S HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora