Moth and Flame

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gente, e aí?

então, como sempre eu falo alguma coisinha aqui:

tem um menino na minha sala (cuzão. vá se foder, obrigada) que anda dizendo coisas cruéis sobre as meninas da escola, que elas não são bonitas o suficiente ou completamente objetificando cada uma delas. ele está me tirando do sério.

e na boa, eu só queria dizer pra quem quer que esteja lendo isso agora: vocês são bonitos, porra. bonitos pra caralho. e quem disse que não são, mentiu. cada um de nós somos uma combinação especifica de traços físicos e psicológicos - não existe outro você nessa planeta. e mesmo que nós sejamos pequenos grãos nessa galáxia enorme, existimos e vivenciamos coisas e isso é tão foda, porque pensem bem... nós só acontecemos uma vez.

não deixem um cuzão diminuir vocês a um simples beijo, toque ou história para contar aos amigos. vocês são muito, muito, muito mais que isso.

frase do capítulo pra vocês:

"Será que eu não tenho alma como punição por não crer na existência da alma?" - Stanislaw Jerzy Lec.

boa leitura!!!!!!!!!

(ESCUTEM AM I PRETTY DO THE MAINE)

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Harry bebericou seu chá, tomando cuidado para não queimar a língua. Gemma estava sentada no sofá do outro lado da mesa do café. Seus olhos o analisavam inquisidoramente enquanto ela mordia o muffin de chocolate. E ele começava a pensar que deveria ter recusado a proposta de se encontrar.

─ Tudo bem ─ disse, exasperado, colocando a xícara na mesa. ─ fala logo o que você quer falar. Estou começando a ficar com medo de toda essa situação.

─ Por que você foi embora? ─ E ali estava a pergunta que todos na família Styles evitavam fazer. Mas Gemma não parecia intimidada por isso, com seus olhos verdes acusadores e voz perigosamente calma.

─ Acho que eu já disse. ─ Harry franziu a testa. ─ Liberdade.

─ Não, isso é muito vago. Quero uma explicação. ─ Ela repousou o muffin no prato e pegou o copo de milk-shake de morango. Sugou o conteúdo com rapidez, enquanto encarava o irmão pensativo.

─ Não se ofenda ─ avisou, ajeitando-se melhor em seu sofá. Gemma revirou os olhos. ─ Eu saí de casa por causa da religião. ─ E agora ela parecia ofendida. Ele bufou, sinalizando que ainda não tinha terminado. ─ Vocês falam as coisas como se fossem as únicas verdades existentes no mundo, mas, concordemos, não são. Vocês iriam me privar de ver o mundo ao meu redor e ter a minha própria opinião. Eu não podia correr esse risco. Há muito mais fatores no mundo do que esses que vocês apresentam. Gemma, eu não queria ser manipulado e alienado. E para isso tinha que deixar para trás essas ideias religiosas de vocês. Desculpa.

─ Você tem sua própria opinião agora? ─ Perguntou ela, encarando-o. Seu olhar estava começando a deixar Harry desconfortável.

─ Tenho. ─ Bebeu mais um gole de seu chá, sentindo-o descer queimando por sua garganta. ─ Mas prefiro não compartilhar.

─ E aquela menina?

─ A Ava? O que tem ela? ─ Arqueou a sobrancelha na direção da irmã.

─ O que vocês são? ─ Gemma via cada vez mais trejeitos do irmão que conhecia ao olhar o estranho sentado de frente para ela.

─ Eu fugi com o dinheiro da minha poupança, e usei-o para pagar as contas da escola em que estudei e o aluguel de um quarto em uma pensão. Mas o dinheiro acabou, então tive que ir trabalhar. Virei atendente em uma loja de roupas de banho na avenida de uma praia. Ava era dona da loja. Nós só começamos a ficar juntos depois que eu fiz dezessete, e ela se tornou meio que responsável por mim. ─ Disse, brincando com os anéis em seus dedos. Um deles cobria parte de uma tatuagem que Gemma estava tendo dificuldade em identificar.

Homewrecker (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora