Capítulo Vinte e Um

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Ao chegarem em casa, Caleb a pegou no colo e subiu as escadas até a suíte principal, depositando-a na cama com delicadeza. Os dois estavam um pouco nervosos a princípio, mas um beijo longo e apaixonado fez cair por terra qualquer embaraço. Os lábios masculinos tinham o poder de deixá-la em fogo, ardendo de desejo. Não havia nada no mundo que não fosse capaz de fazer para agradá-lo.

Luana sentia-se em transe e mal percebia os gestos amorosos do marido ao despi-la. Porém ao vê-lo nu, o corpo musculoso se deitando sobre o seu, pensou que não ia resistir a tamanho prazer. Caleb era o homem mais incrivelmente sexy que jamais vira e pela primeira vez não conseguia controlar a urgência de ser possuída. Ele sorriu, os olhos brilhando de amor.

- Eu sei que não foi assim na nossa primeira vez. Mas agora temos tempo de sobra para aprender tudo a respeito um do outro, querida. Temos uma vida inteira pela frente, uma eternidade. - Com infinita paciência, Caleb guiou a mão de Luana, ensinando-a como tocá-lo, fazendo-a aceitar e apreciar a realidade do membro ereto e pulsante.

- Não é assim tão assustador quando se sabe o que esperar, não é ? - A voz rouca e terna deixava transparecer um carinho infinito. Ainda controlado, ele a livrou da última peça de roupa. Finalmente as peles nuas se roçavam sem restrição.

Saboreando o momento de intensa expectativa, Caleb, acariciou o corpo perfeito da esposa, descobrindo cada detalhe da beleza estonteante. Ao tocá-la nos seios, ouvia-a gemer. A resposta imediata e ardente ao seu estímulo, o deixou ainda mais excitado.

- Você é linda, meu amor. - Apesar da crescente intimidade, Luana ficou tensa ao sentir que ele a tocava de uma maneira ousada e tentou fazê-lo parar. - Não, meu amor, não tenha vergonha e nem sinta medo. Faz parte da maneira como vamos nos amar. Relaxe, Lua. Procure se livrar de todas as suas inibições, você é minha esposa, somos casados. E acredite, não há nada de errado. Tudo o que fizermos é permitido, desde que nós dois desejemos. -

- Eu sei, vou tentar relaxar. -
Caleb beijou-a nos olhos, no rosto, no pescoço, sugando a pele aveludada como se bebesse na fonte da própria vida.

Ao deslizar a língua ao redor de um dos mamilos, sentiu-a estremecer e arquear as costas, num movimento inconsciente de entrega. Ela nunca pensara ser possível experimentar tanto prazer. O modo como Caleb a tocava despertava sensações desconhecidas, provocando ondas intensas de puro erotismo. Luana se esqueceu do nervosismo e soltou as rédeas da emoção. Ansiosa para ver se as carícias o afetavam também, abriu os olhos.

O rosto de seu marido estava contraído, os olhos semicerrados, o corpo atlético marcado pela tensão que antecede ao orgasmo.
Percebendo que estavam chegando a um ponto de excitação quase insuportável, ele segurou-a pela nuca, obrigando-a a fitá-lo.

- Por favor... você não deve... ficar olhando. - ela pediu num murmúrio, trêmula de desejo. Mal se reconhecia naquela mulher sensual e impetuosa, capaz de retribuir cada carícia com igual ardor.

- Oh, sim querida, vou ficar olhando-a, sim, vou fazê-la conhecer as delícias do paraíso. Esta será nossa primeira noite de amor, neste momento começa o prazer total. - As palavras do marido se perderam num turbilhão de sensações, ecoando pelo espaço como um presságio de felicidade. Nada mais importava no mundo, a não ser os corpos unidos e sedentos.

Caleb estava se movendo sobre ela, pressionando o membro ereto entre suas coxas de maneira insistente até penetrá-la. Luana sentiu uma pontada latejante e de repente a tensão se transformou numa invasão deliciosa, num êxtase tão absoluto que teve vontade de rir e chorar.

As mãos dele a seguravam pelos pulsos, o pênis ereto exigindo, empurrando, invadindo, envolvendo-a numa dança de dar e receber. Apenas murmúrios roucos ecoavam pelo quarto escuro, gemidos de paixão rompendo o silêncio da noite. O orgasmo que os uniu foi brutal e violento na sua intensidade, arrastando-os para um estado de quase inconsciência. Ele gritou alto, o corpo inteiro sacudido por tremores, as feições distorcidas.

- Oh, Deus... - Esgotado, Caleb se deixou cair sobre a esposa. Luana o aninhou de encontro aos seios, radiante por serem apenas um. A harmonia descoberta agora era muito maior do que a experimentada quando haviam feito amor pela primeira vez.

- Oh, querido... - A alegria de pertencer ao marido se revelava na voz, no rosto, no brilho do olhar.

- Minha Lua. - respondeu sorrindo, tentando recobrar o fôlego.

- Não foi exatamente como da última vez. -

- Você era virgem. - ele explicou num murmúrio amoroso. - Está se sentindo bem? -

- Estou feliz, muito feliz, e um pouco cansada. -

- Posso imaginar o porquê. - Ela riu e o abraçou com força, apertando o rosto de encontro ao peito forte, aspirando o perfume que a enlouquecia.

- Eu te amo tanto, mais do que a minha própria vida. -

- Eu também te amo. - Caleb acariciou os cabelos da esposa, certo de que entre seus braços estava o maior tesouro do mundo. - Eu nunca devia ter deixado que você partisse, por outro lado, tinha medo dos meus próprios sentimentos, sentia-me inseguro. Luana, eu não suportaria perdê-la de novo. - ele falou num sussurro, finalmente expondo a alma sem reservas.

- Não poderia continuar vivendo. Aqueles dois anos sem você foram um verdadeiro inferno. Fiz coisas absurdas procurando preencher o vazio do meu coração, mas foi inútil. De nada adiantavam minhas tentativas para esquecê-la. Eu não teria forças para vê-la partir outra vez e seria capaz de fazer qualquer coisa, de apelar de todas as maneiras, para segurá-la ao meu lado. -

- Oh amor, você não terá que fazer nada para me prender ao seu lado. Eu não poderia deixá-lo, será que não percebe? - beijou o marido na boca com avidez, sentindo-se pela primeira vez, profundamente amada. - Nunca vou querer ir embora. Dois anos atrás, não tinha certeza do seu amor por mim e fugi porque não me julgava capaz de segurá-lo. Eu era tão jovem e tinha um medo irracional da intimidade entre um homem e uma mulher por causa da morte de minha irmã ao dar a luz. O tempo passou e já não sou aquela garota assustada. Ficarei ao seu lado e lutarei contra qualquer mulher que ousar desejá-lo. - Caleb sorriu de prazer. Os dois eram muito parecidos.

- Eu me sinto assim mesmo em relação a você. Irônico, não é? Estávamos desesperadamente apaixonados e tínhamos medo de acreditar que algo tão exuberante pudesse durar. Mas durou. E vai durar para sempre.-

- Sim, agora eu sei, a verdade é que nunca me julguei suficiente para você. -

- Tola, ninguém mais no mundo seria suficiente para mim. -

- Então estamos seguros agora, quanto aos sentimentos que nos unem? -

- Sim. -

- E você, meu marido, vai parar de se preocupar com a ideia de que algum dia poderei abandoná-lo? -

- Você está para se tornar uma mulher de negócios responsável. Como poderia fugir tendo aluguel e impostos para pagar? -

- Bem pensado. -

- Nunca sonhei que pudesse ser tão feliz. -

- Eu também não. Mal posso acreditar que estamos realmente casados. Tenho que lhe dizer uma coisa: eu adorava dançar, mas o balé ocupava o segundo lugar em minha vida. Você sempre veio em primeiro lugar. e sempre virá. -

- Eu seria capaz de morrer por você. - ele sussurrou emocionado, experimentando um amor tão profundo pela mulher que ameaçava sufocá-lo. - Cheguei a odiar o mundo porque você queria ser bailarina mais do queria a mim. -

- Engano seu, nunca desejei coisa alguma mais do que a você. - Pela primeira vez Luana percebia o quão profundamente era amada. A intensidade daquele amor a emocionava. Não pensava que Caleb tivesse tanto medo de perdê-la.

- Nunca o abandonarei de novo, nunca. Não o deixarei, mesmo que você me bote para fora de sua vida. Nosso amor e nosso compromisso é eterno. - Caleb já não tinha dúvidas. Se aquilo não era amor, então o amor não existia no mundo.

- E como poderia colocá-la para fora da minha vida, agora que finalmente sei como você se sente a meu respeito? Talvez eu esteja sonhando. -

- Você acha que é sonho? Vamos descobrir. - Os dois se beijaram com ardor certos de que a vida seria sempre o mais doce dos sonhos, desde que estivessem juntos.

A BailarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora