Capítulo 4 - Revelações

822 51 19
                                    

Elisa:

Linus... Preciso falar com você...

Elisa chegou em casa ainda em transe. Aos poucos, vinham-lhe em mente muitas perguntas: Quem seria aquele charmoso mascarado? Seria algum truque? Alguma brincadeira de mal gosto? Qual o sentido de aparecer e sumir daquela maneira? - Não serei enganada por ninguém outra vez - falou a si mesma. - Quando penso poder confiar em alguém é isso que acontece. - A mesma olhava ansiosa para a tela de seu computador. Esperando que Linus estivesse on-line. Precisava verificar se sua suposição era verdadeira.

Linus:

Oi Elisa! Boa noite! 

Tirei você para dançar esta noite...

Não sei o que aconteceu, mas não tive coragem de me apresentar

Peço que me perdoe por esta invasão!

Não queria lhe fazer nenhum mal...

Elisa:

Então era você? 

Por que não disse antes que queria me conhecer pessoalmente?

Linus:

Sempre conversamos muito, somos amigos, mas percebi que quero ser mais que um amigo seu Elisa...

Entende?

Elisa:

Ah...

Eu...

Eu não sei se estou pronta para isso Linus...

Preciso pensar...

Acho melhor que não conversemos durante um tempo.

Até breve...

Linus:

Elisa... Podemos nos encontrar pessoalmente e esclarecer tudo!?

Elisa (off-line)

Elisa baixou a tela do notebook. Não sabia o que pensar. Estava disposta a confrontá-lo e fazê-lo confessar que seria ele no baile. Ao mesmo tempo, não queria acreditar que seu amigo seria aquele homem que lhe despertou desejo e fascínio. Surpreendeu-se porém ao ter uma confissão espontânea de Linus. - Ele parece sincero - analisou ela - mas não quero me envolver com ninguém agora. Quero ter certeza de meus sentimentos. Somente o amor mais profundo me convencerá a me envolver com alguém novamente.

Com esta determinação, Elisa resolveu que já passara da hora de dormir. Concluiu que havia tomado a atitude certa quando ao retornar para São Paulo decidiu alugar um flat ao invés de voltar para a casa dos pais. Sentia falta das longas conversas com seu pai à noite, é verdade, mas estava feliz em ter liberdade para tomar suas próprias decisões quanto à arrumação de seu quarto, as roupas que deveria vestir e principalmente quanto aos seus relacionamentos amorosos. Dona Flora Bennet era especialista em se meter na vida amorosa de suas filhas. Ela pensava ser uma casamenteira, mas para Elisa, ela causava mais problemas do que soluções. 

- Não quero nem pensar se a Sra. Bennet descobre que tem alguém querendo me namorar. Para ela, da paquera para o amor e do amor para o casamento é um pulo - Elisa pensava em voz alta, enquanto se dirigia ao banheiro. Seria fácil imaginar os problemas em série que sua mãe causaria, acreditando estar fazendo o melhor para ver sua filha bem casada.

Ao tirar seu vestido, Elisa notou um cheiro diferente e ao mesmo tempo familiar na peça. Era o cheiro dele, o cheiro do charmoso mascarado. Ele agora tinha nome. Era Linus. - Mas este nem é o nome dele! - Elisa pegou o vestido e num surto de raiva o lançou no cesto de roupas sujas.

Raio de solOnde histórias criam vida. Descubra agora