Capítulo 7

31 6 0
                                    

"Isso parece como um rasgo no meu coração
Como uma parte de mim faltando
E eu simplesmente não consigo sentir
Eu tentei e tentei
E eu tentei
Lágrimas em meu rosto, eu não posso suportar isso
Se solidão é um gosto, isso é tudo o que eu estou provando
Você ouve o meu clamor?
Eu clamo"

- Can You Hold Me (feat. Britt Nicole) NF

Eu continuo no mesmo quarto escuro, aonde todos os medos estão soltos. Estão me perseguindo por todos os lado, a lembrança da sua morte ainda são fresca na minha mente, eu ainda consigo escutar seus gritos, seu choro. Porque sou assim? Eu poderia ter salvando ela, se eu fosse igual ao meu pai aquilo não tinha acontecido, se eu tivesse nascido com a mesma força dele, nada disso teria acontecido. 
Tudo se transformou em raiva, ódio, destruir tudo dentro desse lugar... Não existe mais nada dela dentro de mim que possa me resgata dessa escuridão dolorosa, que quebrou meu coração e vários pedaços. No fundo posso escutar sua voz me dizendo pra tentar, pra tentar encontrar um saída disso tudo.
Me nego a acreditar que sobrou algum dela em mim, se sobrou foram apenas seus gritos, seu choro, seu último suspiro...

Paro por um momento a leitura por ter uma leve impressão de que não está sozinha na sala, isso é loucura eu sei, mas algo dentro de mim diz isso. Eu poderia dizer que essa impressão foi porquê talvez alguém que não quisesse meu bem estivesse por perto mas não, pelo contrário. Tiro os olhos do fichário e olhou ao redor da mas não a ninguém, ao não sei por algo estar se formando perto da mesa do professor, rapidamente consigo discerni quem estar ali, eu reconheceria a quilômetros de distância. Henrique, talvez seja algum que eu formei em minha cabeça, penso; mas parece tão real. Seu olhar vazio,sem nenhum emoção, assim com seu rosto, e como se eu fosse alguém qualquer sem importância nenhuma.

Mas além disso, algo estar diferente nele que eu não sei explicar
Ele continua lindo, isso eu não nego mesmo com um sombra preta debaixo dos seus lindos olhos azuis acinzentados, vertido com sempre todo de preto. Me levanto querendo chegar perto o suficiente pra toca-lo, retiro os fone do ouvido. Dou um passo a frente, seus olhos estão no meus mas de repente estar olhando pra algum além de mim, mas então volta olhar pra mim então dou mas um passo mais largo dessa vez. No fundo de da talvez ilusão escuto chamarei meu nome, e no piscar de olhos ele não estar mais ali, escutou um barulho e pisco os olhos com estivesse acabando de ser acordada. Noto que em nenhum momento sai de perto da minha carteira, me levantei mas não dei nem sequer um passo pra longe dela, meus matérias estão no chão. Me abaixo e começo a recolhe-los então vejo Tom me ajudar, mas nego sua ajuda pegando minha coisas do seus braços.


- O que você quer Tom? - perguntei depois de me levantar com minhas coisas no braço.

- Quero saber como estar - respondeu como se tivessem alguma intimidade.

- Não preciso de babá - joguei minhas coisas na mesa e peguei as coisas e coloquei dentro da bolsa - Não tenho amigos, e não quero ter e mesmo que eu quisesse você não seria um deles - informei grosseiramente.

- Toc, Toc - anunciou Zac - Atrapalhou? - perguntou da porta, respirei fundo.

- Não - ele entrou e veio até mim, e me abraçou, vi por cima do ombro Tom sair da sala com os ombros baixos - Espero que esteja indo tudo bem - disse antes de se afastar.

- Eu gostaria que estivesse - confessei, era um alívio ter ele  naquele momento de raiva com um pouco de tensão. - O que faz aqui? - perguntei, só dele estar ali a raiva tinha indo um pouco embora.

Depois Da Verdade|Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora