Capítulo 10

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"Então, eu me rendo, eu não posso esquecê-la
Você vai se lembrar a verdade?
Isso vai se arrastar e assim por diante
Onde eu sou o único que está errado
É sempre alguma coisa
E sempre alguma coisa
Comigo e com você"

- I Surrender A Day To Remember

Depois do telefonema do Daniel, eu não mais sai do quarto. Escutei a hora que Skylar e Zac chegaram, ouvir Skylar briga com o Demétre por algum motivo mas não durou muito. Ela veio no meu quarto mas não chegou entrar, eu fiz questão de dispensa ela sem responder suas perguntas. A ligação do Daniel mexeu muito comigo; ele falou como se nada tivesse acontecido  se eu não soubesse da verdade. Quantas vezes ele mentiu e eu acreditei, eu fazia terapia pra ver eles felizes mas enquanto isso ele estava rindo da frágil Della, que não podia ficar sozinha, que sempre precisava estar sendo vigiada pela amiga da família.
Já anoiteceu, eu continuo deitada olhando pro teto.

E Felipe, ele não pensou em mim?
Skylar que perdeu os pais que nunca conheceu?
Queria poder dizer coisas boas sobre eles, alguma história divertida em que rimos muito, com abraços e amor mas nunca tive isso como ele, sinceramente acho que só fui amada quando eu ainda era bebê porquê quanto mais eu crescia mas eu não me sentia amada por ele. Mas isso não me impediu de ama-los, de chorar quando morreram e de pensar de como eles seriam felizes com a Skylar. Apesar do pouco tempo juntas, tenho a impressão que nós somos parecida uma com a outra, eu não sei como mas ainda quando estávamos presas juntas, eu não me sentir em perigo ao seu lado pelo contrário, era como estar de volta ao lar. Skylar e a única coisa boa que apareceu e estar na minha vida nesse momento que não me traz nenhuma dor,  infelicidade...todas as coisas ruins que outros trouxeram pra minha vida, e que ela não traz.

Dia seguinte

Depois de fica a madrugada toda acordada decidi levantar quando o sol ainda não havia nascido. Tomei um banho e verti uma roupa limpa; enquanto eu estava deitada olhando pro teto pensei muito e fazer um visita a um lugar que não vou a muito tempo, houveram muitas oportunidades de ir até lá mas sempre fugir. Parece que a minha vida toda eu vivi fugindo, até mesmo quando eu ainda tinha tudo ou quando eu achava que tinha. Sinto que nunca fui verdadeira com mim mesma, com as pessoas que estiveram comigo. Hoje posso dizer que me sinto mais eu, essa aqui sou eu. Destruída, amada... essa sim sou eu.

Quando vejo já estou no carro pegando a chave do carro do porta luvas, olhando se tem gasolina suficiente pra ir até Lorien. Isso mesmo. O último lugar que a Della frágil iria, e o lugar que a Della de hoje que ainda estar se descobrindo precisar ir. Ligo o GPS e coloco o endereço que pra minha surpresa ainda me lembro, ele parece muito fresco na minha memória. Pra minha felicidade a estrada não estar cheia, pode se dizer que ela estar quase deserta. O lugar continua o mesmo, o hospital da cidade, a mina antiga, os lugares que eu passava com os meus amigos. Nem parece que passou tanto tempo; paro o carro na frente do antigo portão da garagem. Salto do carro e vejo que a grama estar muito alto como alguns folhas secas espalhadas do chão. Porque eu não deixei venderem essa casa? Me questionei. Ela estaria bem cuidada, o balanço de madeira da varanda não estaria estragando, as flores que costumavam fica na varanda. As porta de madeira cor branca estar um pouco descartada, como sempre foi a rua tem movimento então se eu arrombar a porta chamaria a polícia, eu seria presa por invasão de domicílio. Dou a volta na casa e vejo um janela mais baixar e a única com espaço suficiente pra eu passar. Eu poderia quebra usando um pedra mais isso faria barulho e chamaria a atenção do vizinhos que chamariam a polícia.
Quando entro descubro que o cômodo e do meus pais, era na verdade. Os móveis estão coberto por lençóis branco, pensei que entraria aqui e encontraria tudo vazio. - Estar tudo com da última vez - me sentei na cama de lençóis branco, me levanto depois de lembranças amargas invadirem minha mente.
Caminho até a porta do quarto que estar fechar, levo a mão a maçaneta e girou. Ela se abre mas rangeu um pouco revelando o corredor de parede meio amarelada vazio, lembro que nessa paredes costumava ficar quadros, alguns pinturas outros retratos. Saio do quarto e noto que todos os cômodos estão com as portas fechadas; a mesinha aonde fica entre o escritório e a quarto de hóspedes também não estar mais aqui. Caminho até o final correndo e encontro a escada que leva pro meu antigo quarto e do Felipe, enquanto subo degrau por degrau lembranças invadem minha mente; sorrisos nossos dentro dessa casa, quantas vezes eu entrei correndo aqui... cai muito também, as gargalhadas deles, ate mesmo a lágrimas. Já no topo caminho pro meu quarto e abro a porta encontrando o vazio sem ter nenhum vestígio que afirme que foi meu quarto, estar vazio como eu agora.

- E melhor ir embora Della - disse eu mim mesma. Ficar aqui só pior se continuar aqui; saio do quarto e fecho a porta como estava. Vou ate a porta do outro quarto mas chego entrar; atrás dessa porta ficava o quarto do Felipe, me pergunto se ainda as coisas dele estão no quarto. A vontade  que tenho e de entrar e acabar com tudo mas se eu fizesse isso, sou eu que vou me destruir como quando ele morreu. Ele tem domínio sobre mim.

Saio o mais rápido indo pro quarto do meus pais por onde entrei, dou mais uma olhada antes de sair. Tomo cuidado na hora de sair pela janela mas não dá muito certo. Minha blusa e rascada pelo vidros da janela o que faz eu me pisar em falso, cai de frente contra o chão de terra úmida. Me viro e me sento pra ver como estar a lateral da minha barriga, que estar cheia de pedaços de vidro sangra muito pra minha alegria.

De repente estou um barulho estridente avisando sobre um grande temporal, me levanto e corro pro carro me atrapalho na hora de abri. Quando já estou dentro do carro ligo e dirijo pra fora da cidade. As roupas estão todas cheias de sangue; eu preciso tirar esse pedaços de vidro do meu corpo antes que entrem no meu corpo, a chuva por lado estar bem forte dificuldade que eu veja a estrada e pra onde estou. Mas tudo que quero e um lugar de descanso.  A chuva aumenta cada vez mais dificultado ficando mais difícil de dirigir o que leva a uma batida. Sair do carro mas sem saber onde estou ou como cheguei até aqui, alguma coisa me fez vim pra cá.

Pro no esconderijo do Henrique.

A chuva estar chovendo muito forte mas consigo ver exatamente o cabana, me viro pra carro pra abrir a porta mais não consigo; eu não podia estar aqui mas ficar aqui não vai ajudar. Corro até acabana e acabo tropeçando e caindo no chão. Agora não é só minha barriga mas também o meu pé direito que estar doendo, eu não levanto mais com certeza; com certeza não vai ser ruim ficar deitada na terra no meio da chuva, olhando pro céu escuro acinzentado com os pingos de chuvas caindo no meu rosto atrapalhando minha visão, não vai ser ruim, e só fechar os olhos e logo esse pesadelo vai acabar.

Minutos depois

Quando abro meus olhos e não vejo o céus escuro acinzentado me levanto de uma vez.

- Estar tudo bem - garantiu Henrique, em pé perto da cômoda limpando as mãos em um pano. - Como chegou aqui nessa chuva? - perguntou - E aonde arrumou os pedaços de vidro que estava na sua barriga? - largou o pano e cruzou os braços em cima do peito.
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