Capítulo 2- Bleeding Out

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*Confiram o trailer da história, eu mesma fiz.*

"Steve esticou o corpo, sentindo os músculos relaxarem um pouco, estava nervoso para o encontro com Natasha. Finalmente tivera coragem para convidá-la, ele não desperdiçaria aquela chance única. Levantando o braço, tocou o ombro de Nat - agora um passo a frente dele.
- O que acha de irmos até a praça? - O loiro parou ao lado dela, dobrando o cotovelo e oferecendo-lhe como apoio. Aquele homem nunca deixaria de ser um cavalheiro.
- Claro. - Natasha agarrou-se ao braço dele, tentando controlar o tremor de suas pernas. Depois de algumas passadas, seu corpo já mantinha um ritmo calmo, sem tremer.
A noite parecia mágica, o luar - ao longe - iluminava a calçada de pedras cinzas, banhando-as com a cor prateada de sua luz. Fizeram a escolha certa ao deixarem o restaurante mais cedo do que o previsto, afinal tiveram a oportunidade de aproveitar um belo céu estrelado.
Porém, o que se passava pela cabeça da espiã era que a convivência com Steve estava amolecendo-a. Ela não era o tipo de garota "Encontros" ou " Vamos com calma", no entanto, Steve ainda tinha a mentalidade de alguém dos anos 40, ele ainda não abandonara seu cavalheirismo, e, por mais incrível que pudesse parecer, Natasha o admirava por isso.
- O que foi? Meu rosto está sujo? - Steve colocara a mão no bolso do casaco de couro preto a procura de um lenço, ou algo do tipo. Tentando ao máximo não parecer constrangido.
- Ei, está tudo bem. Seu rosto não está sujo, eu apenas me distraí olhando para você. - Ela surpreendeu-se por ter dito aquilo tão rápido e naquele momento. - Desculpe-me.
- Tudo bem. - O capitão coçou a nuca, parecendo envergonhado, fato que foi provado pela vermelhidão em seu rosto. - Ãh... Quer sentar, ou quer caminhar mais um pouco?
- Meus pés agradeceriam se nós parrássemos um pouquinho. - E com um sorriso no rosto, ele a conduziu até o mesmo banco que haviam sentado mais cedo, quando ele a chamou para sair.
O silêncio apareceu, e os dois ficaram lado a lado observando o céu tão estrelado, as mãos encostando-se convencionalmente, as respirações um tanto quanto alteradas, e por fim, o arrepio constante por todo o corpo.
- Nat... - Ele pigarreou, ajeitando a voz fina. - Natasha.
- Hum? - A coragem de olhá-lo desapareceu no mesmo instante que Steve segurou-lhe a mão, brincando com seus dedos.
- Olhe para mim, por favor.
Ela fez, encontrando o rosto dele apenas a alguns centímetros do seu. Como ele se aproximara tão rápido e sem que ela percebesse?
- Ste... - A mão da ruiva alcançou o belo rosto macio, brincando com os dedos, no caminho entre a bochecha e os primeiros fios de cabelo da nuca. Rogers segurou a mão com certa delicadeza, levando a palma até os lábios, depositando um pequeno beijo ali.
Os olhos se encontraram, gerando a atração mais forte que ambos jamais sentiram. Sem perder mais um milésimo, os dois avançaram para aquele beijo que tanto desejavam há tempos, mesmo que já tivessem se beijado antes por baixo de um disfarce, aquele não era um beijo de verdade, porém, esse era. E se pudessem, ficariam ali até morrerem pela falta de ar.
- Acho que alguém andou praticando como beijar alguém. - Natasha lembrou-se de uma das muitas conversas "casuais" entre eles.
- Não, a última pessoa que eu beijei foi você. Naquela escada rolante. - Aquela declaração fez os olhos de Romanoff brilharem com um pouco mais de admiração. Aquele homem era surpreendente.
- Isso é... - As palavras fugiram-lhe a garganta.
- Estranho, frescura, idiota? É, eu não sou muito bom nessas coisas, então... - Natasha o interrompeu sorvedo-lhe os lábios com certa rapidez. Estavam ofegantes quando separaram-se.
- Eu ia dizer fofo. - Ele sorriu. - Você realmente gosta de mim?
- Sim. - Ele respondeu, colocando uma mecha do cabelo liso para trás.
- Steve, eu sou aquela assassina que mata a sangue frio e que tem a conta manchada de vermelho. Eu fui treinada pela Sala Vermelha. Eu sou o seu oposto, como pode gostar de mim? - Nat segurava o rosto dele entre suas mãos, fazendo-o olhar naqueles lindos olhos sofridos.
- Eu sei tudo sobre o seu passado, e não me importo com ele. O que importa para mim, é o que você tem aqui dentro. - Rogers repousou uma das mãos sobre o peito dela. - Eu sei que você não é fria quando trata-se de seus sentimentos, eu sei disso porque você está aqui comigo.
- Você não poderia ter se apaixonado por outra garota? Uma com menos inimigos e com um passado menos obscuro? - Ela ainda indagou, tentando convencê-lo de que aquilo não poderia acontecer.
- Não, não poderia. Meu coração só me levava a você, Nat.
- Steve... - Na falta de palavras, mais uma vez, ela o beijou.
Estavam perdidos, ou até mesmo caídos. Caídos no amor.

***

Enquanto seu corpo lutava para não afastá-lo, sua mente gritava para empurrá-lo e abrir a porta do apartamento, ou então levaria uma multa por atentado ao pudor e desordem pública.
- Steve, eu preciso abrir a porta. - O loiro estava agarrado a cada parte do corpo dela, apertando cada curva, já quase abrindo o zíper do vestido vermelho. - Nesse exato momento eu tenho dúvidas de que você nunca tenha feito isso. - Ainda ofegante, ela conseguiu afasta-lo e olha-lo nos olhos.
- Eu nunca fiz. Meu instinto está falando mais alto. - Ele parecia uma criança chapada de açúcar, sua animação era sem fim.
- Posso ver que está mais alto mesmo. - Ela deu uma olhada nada discreta para as partes baixas do capitão.
- Puta Merda! - Ele virou de costas, morrendo de vergonha.
- Uou! Achei que não viveria para ver o meu capitão falando um palavrão. - Ela o virou de volta, agarrando-se ao pescoço dele. - A porta está aberta. Vamos dar um jeito nisso. - Romanoff abriu o botão da calça jeans que ele vestia, abrindo a braguilha e apertando a extensão do membro, ainda por cima do tecido da boxer.
Um gemido gutural escapou da garganta dele, ao passo que ele batia a porta com o pé e jogava a ruiva contra a mesma. Os dedos dela invadiram o emaranhado de fios na nuca dele, enquanto ele puxava as pernas dela para sua cintura. A excitação era evidente através dos altos gemidos espalhados por aquela sala, o calor tomando os corpos já quase descobertos.
- Steve, Natasha? - A voz rouca do homem atravessou a sala, congelando cada músculo dos dois agentes da SHIELD. Steve virou-se rapidamente, e quando viu a cena manteve o instinto de proteger Natasha com seu corpo.
Bucky mantinha-se em pé com muita dificuldade, o sangue espalhado pelo chão de porcelana, misturava-se com as pétalas das rosas vermelhas despedaçadas pela bota do soldade invernal.
- Eu preciso de ajuda. - Ele caiu aos pés dos amantes, deixando-os sem reação.
Como o melhor encontro de suas vidas transformara-se naquilo?"

Red RosesOnde histórias criam vida. Descubra agora