Medo

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Oi, sou Katrina Aceldama Brás, tenho 118 anos e sou uma vampira.

Minha vida é resumida em tédio, tomar sangue, estudar música, tocar violino, ir ao meu lugar preferido e mais tédio.

Os meus sonhos? Bom, o meu maior sonho era ser uma caçadora, mas, tive meus sonhos frustrados por conta de um casamento. A pior parte não é casar, e sim com quem, esse alguém é Marco Sansone.

Marco é um cara muito bonito, mas, é totalmente insuportável. É esnobe e totalmente grosseiro, não tem um pingo de respeito e é incrivelmente irritante e até mesmo perigoso.

Na noite em que nos conhecemos, ele olhava pra mim de um jeito estranho. Enquanto eu tocava violino em um evento de negócios entre a minha família e a dele, ele me encarava com um sorrisinho suspeito. O encarei porque ele estava me encarando.

Na mesma noite, eu estava sentada próxima ao jardim de minha casa e ele se aproximou, falou sobre como eu tocava bem e tentou me beijar. Quando eu recusei ele virou uma fera.
Eu queria conseguir me livrar daquele homem, mas, diante de tudo, acho que seria difícil. Era como um ratinho fugindo de um gato, que sempre encontrava todos os esconderijos do pobre ratinho indefeso.
Mas eu não iria ceder aquela criatura sem escrúpulos tão facilmente. Eu nunca me deixaria ser uma "propriedade" dele.
É assim, tudo o que pertence a Marco Sansone, são apenas propriedades, sem voz e sentimento algum.

Como todos os dias, minha mãe e eu discutimos sobre eu ter que casar, hoje estava pensando que meu dia seria repleto de paz e harmonia. Engano meu.

- Então, já decidiu aceitar a proposta de Marco? - Revirei os olhos.

- Eu não vou me casar com aquele idiota, mãe! - Ela me observou com uma das sobrancelhas erguidas e balançou a cabeça, em negação.

- Katrina, você sabe muito bem que querendo ou não vai se casar com ele. - Ela ficou andando pelo quarto. - Marco não gosta de receber não como resposta, se ele receber de você, sou incapaz de imaginar o que ele pode fazer.

- Ele terá que aceitar o meu não, pois, não vou casar com ele. Nem todas as coisas do mundo vão ser como aquele imbecil quer, mãe! - Saí do quarto e bati a porta.

Caminhei lentamente pela floresta que tinha aos arredores da mansão. Gostava de ficar em lugares calmos e isolados. Haviam algumas flores brochando ao redor de uma árvore, e eu podia ver que haviam ervas daninhas e alguns cogumelos, provavelmente venenosos no tronco da árvore. Eu adorava o cheiro das plantas.

Comecei a sentir um fraco cheiro de sangue. Haviam humanos por perto.

Levantei do chão e procurei por esses humanos. Encontrei 3 garotos e 2 garotas. Eles aparentavam estar procurando por algo. Dava pra ouvir os batimentos cardíacos dos cinco.

Segui eles tomando o maior cuidado para não ser notada. Sem que eu percebesse, um galho se meteu em meu caminho e eu tropeço. Senti minha perna arder muito.

Se eu for descoberta, será o meu fim.

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A Vampira (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora