Conforme o elevador subia minha curiosidade para conhecer meus avós subia também, assim que paramos em frente à porta branca de número 870 eu me senti mais calma.
Ding dong
A campainha toca dentro do apartamento e rapidamente a porta é aberta por um moça jovem de longos cabelos loiros.
- Posso ajudar? - ela diz amigavelmente.
- Eu moro aqui querida - minha mãe fala já entrando no ambiente - Você está muito desinformada, qual seu nome mesmo?
- Liz, senhora - ela responde a cabeça e pede licença em retirada.
Dois passos para frente e já estou dentro do enorme espaço que identifico com a sala, ou como minha casa em Berlim inteira.
- Meu Deus, nós somos ricas mãe - jogo minha mala no chão e olho por uma enorme sacada que se encontra mas ao fundo da sala, a vista da praia é linda.
- LIZ, VEM AQUI POR FAVOR? - minha mãe berra.
A menina se aproxima rapidamente.
- Onde estão meus pais? - mamãe pergunta.
- Estão em uma reunião de negócios, mandou eu te avisar que teremos um jantar com alguns acionistas, ela comprou alguma roupas e deixou lá em cima pra vocês.
****
Subo devagar uma escada que Liz dissera que são para nossos quartos, junto carrego a minha mala até a ponta, andando mais um pouco desta vez em um grande corredor e percebo duas portas, em uma delas está escrito em um placa rosa :
" minha querida Coral "Eu a abro rapidamente esperando o melhor quarto do mundo e encontro TODOS os móveis cor de rosa, há brinquedos em enormes estantes de metal enfeitadas com laços.
- Meus Deus, o meu quarto é todo cagado de rosa - é a única coisa que sai de meus lábios antes de minha mãe aparecer atrás de mim.
- Você nasceu cagada, tem tanto azar que nem parece minha filha - Ela indaga em um tom de brincadeira.
- Como você é engraçada - entro no quarto e fecho a porta antes que possa responder.
Toda a decoração parece ser feita exatamente para uma menina rica de 7 anos de idade, eu não gostava e não gosto de cor de rosa.
Depósito minha mala em um canto ao lado da cama e vou até uma estante com livros, não identifico nenhum.Vejo em cima da mesa para estudos um vestidinho rosa bebê junto com um par de sapatilhas brancas, eles realmente acham que eu tenho 7 anos, esse vestido não passa na minha cabeça.
****
Saio do banheiro já de toalha e vasculho algo para vestir na minha mala já que não tem a mínima chance de vestir o mini vestido que me deixaram. Depois de tempos experimentando algo para um jantar provavelmente importante, encontro um vestido preto até o joelho, visto meu coturno e desço as imensas escadas.
- Querida! Você.. Não é criança? - uma senhora de pele branca e roupas elegantes vem em minha direção, na mesa de jantar estão 3 homens (provavelmente do trabalho dos meus avós) minha mãe e um senhor de terno preto, meu avô.
- Não vó, eu já sou crescidinha - lhe dou um abraço e sento na mesa ao lado de meu avô que me recebe com um beijo na bochecha.
- Este jantar eu dedico a Coral e a minha filha Melissa que voltaram para casa e eu quer..... - um barulho atravessa a parede e pousa no meus ouvidos.
Uma batida alegra, um remix de disclosure e bad, minhas unhas batem na mesa no ritmo mas logo me acanho quando vejo o rosto de raiva da minha avó que não terminará o discurso.
- Você pode me fazer um favor Coral? Fala para a Sophia abaixar um pouco o som, é a vizinha ao lado. - dona Mônica fala escondendo a raiva em um sorriso falso.
Me levanto rapidamente e saio do apartamento indo em direção a porta de número 871.
Ding dong
A campainha toca e uma menina da minha idade aparece na porta, seus cabelos negros até a cintura são o que mais me chamam atenção.
- É, hum, Sophia? - pergunto notando o computador em cima de enormes caixas de som.
- Eu mesma - ela diz intrigada - E você seria?
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Coralina
Novela JuvenilIr para um lugar super diferente do que você morou 16 anos não é nada fácil, mas eu gosto de coisas difíceis.