Coral - digo apertando sua mão - Sou sua vizinha do lado.
Ela coloca vagarosamente o cabelo atrás das orelhas com o rosto curioso.
- Parente da Mônica? - Ela afasta um pouco a porta abrindo - a um pouco mais, avisto a sala de seu apartamento praticamente inteira agora.- Sim, minha avó - Esboço um sorriso e assim ficamos 1 ou 2 segundos olhando uma para cara da outra até que eu finalmente me lembro o motivo da visita - Eu vim a pedido da minha avó, ela pediu para você abaixar um pouco o som se for possível, além disso ótima remix não ouvia uma tão boa a alguns dias.
O rosto de Sofia se dobra em um sorriso de orelha a orelha.
- Hora hora, uma amante da música! - Em questão de segundos ela me puxa fortemente para dentro do enorme apartamento.
Me sento em uma poltrona cinza muito aconchegante enquanto ela procura por algo em um armário a minha frente, ela retira uma capinha vermelha de onde sai um CD. Logo em seguida Sófia o coloca no computador e um som alarmante mas baixo entra em meus ouvidos, mal vejo mas me levanto e começo a '' dançar ''.
Dois pés pra la e dois pra cá e alguns movimentos com às mãos, minha linda dança.
Sófia vê minha tentativa e começa a se mexer também, se entrasse alguém no apartamento nesse momento acharia que somos completamente loucas.Depois de alguns minutos e de muito besteirol eu digo a deus a menina.
- Eu realmente tenho que voltar, minha mãe deve estar preocupada (ou não né ) penso. - Até logo Sófia, foi um prazer!
- Igualmente, porquê vc não passa aqui amanhã? Será um prazer, dar um pulinho na praia talvez?
Tudo menos praia, tudo menos praia!
- Ok, até mais.
****
A continuação do jantar ontem foi extremamente cansativo e tedioso, minha mãe comia como se nós passássemos fome e os amigos dos meus avós só falavam de política e economia.
Um tédio, sério.
O dia de hoje poderia ser melhor se eu saísse para dar uma volta com a vizinha, porém, ela quer ir a praia e eu tenho trauma de praia. Pode parecer a maior besteira como todo o resto em minha vida mas, quando eu tinha 5 anos minha mãe me levou a praia e eu fiquei submersa por 4 minutos, até o salva vidas vir me ajudar e minha mãe reparar que eu não estava mais do lado dela, acho que você ja reparou que minha mãe é LOUCA mas não custa repetir.
Acho que sobrevivi muito bem todos estes anos com ela. Saio do meu pensamento ao ouvir a campainha estridente e corro ate a porta, abrindo - a encontro Sofia.
- Bom Dia, vizinha - A menina diz sorrindo.
- Bom Dia - respondo com o mesmo sorriso matutino.
Convido - a para entrar e fecho a porta, ela se senta no sofá e me faz a pergunta, a única pergunta que eu não gostaria de escutar.
- Vamos a praia? - Ela pergunta.
- Porque não fazemos algo aqui mesmo? - Questiono.
- Que bom que você pensa como eu, não gosto muito de praia, mas as pessoas amam então é uma ótima coisa para fazer elas gostarem de você. - Diz ela com expressão de tranquilidade.
Amém Deus, ela não gosta de praia também.
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Coralina
Teen FictionIr para um lugar super diferente do que você morou 16 anos não é nada fácil, mas eu gosto de coisas difíceis.