No Hospital
Já beira a meia noite e Alexia se encontra trancada no banheiro sem os efeitos do soro. Ela lava seu rosto na torneira e olha para si mesma no espelho, com varias coisas passando pela sua cabeça.
"Eu não fui bonita o suficiente?", "Eu não fui leal o suficiente?", "Ele não me amava de verdade?".
Depois começa a pensar nas coisas que ele já falou para ela.
"Eu te amo!", "Eu preciso de você!", "Seja o que for... Eu vou estar do seu lado!".
Lagrimas escorrem pelo seu rosto delicado até caírem em sua camisola hospitalar.
– Eu... serei bonita... Bonita para você, Patrick. – Disse Alexia ao colocar a caixa na pia branca e abri– la em seguida.
Enquanto Alexia preparava algo naquele banheiro, os corredores do hospital são tomados por um gás verde que acaba entrando em alguns quartos de pacientes do andar térreo. Na recepção, a enfermeira responsável por Alexia fica parada a frente de uma das médicas.
– Algum problema? – Perguntou a médica, desconfiando da situação.
A enfermeira começa a passar a mão no lado esquerdo dos seus medianos cabelos loiros. Ao decorrer da passagem, ele adquirindo uma coloração castanha.
– O que é isso? – A médica e as recepcionistas se afastam da enfermeira. – O que é você?
A enfermeira sorri e fecha seus olhos, os abrindo em seguida com seu olho direito semelhante ao de uma cobra.
– Shhh... – Ela leva seu dedo indicador a boca, pedindo silencio – Está tarde... É hora de dormir.
O gás toma conta da recepção e as mulheres ali presentes começam a tossir, perdendo a respiração e caindo em cima do balcão prata, menos a enfermeira.
– A sorte de vocês é que hoje estou de plantão. – O gás vai derretendo a sua máscara e a segunda pele de silicone, que a dava uma aparência humana.
Um dos seguranças que estava do lado de fora do hospital vê a pele dela se derreter e começa a bater no vidro.
– Moça! Saía dai! – Ele tira sua blusa e a usa como máscara, tapando o nariz e boca. – Vamos!
Quando ele pega no punho dela, o silicone bege fica em sua mão.
– Mas o que... Ah?!
Ela se vira mostrando para ele que debaixo da segunda pele há escamas reptilianas.
– Uma pena... Poderia ter ido embora! – Ela dá um soco no queixo dele.
No meio de todo aquele caos, Alexia gritava e chorava ao costurar os tecidos da caixa em seu rosto com a linha e agulha.
"Eu ficarei linda para você".
O sangue manchava os tecidos de algodão colorido.
"Eu não serei trocada de novo".
Ela coloca uma toalha enrolada na boca para não gritar tanto e começa a cortar seu longos cabelos pretos ficando quase careca, mas com um pouco de cabelo em algumas regiões da cabeça.
Alexia, mergulhada na insanidade, ouve alguém entrar em seu quarto e ir em direção ao banheiro. Com as duas mãos ela prepara a tesoura ensanguentada e destranca a porta para atacar a pessoa do outro lado, mas a maçaneta é derretida antes que pudesse concluir sua ideia e a mulher que passou por enfermeira entra no banheiro, surpreendendo ela.
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Striker - A Bruxa, Os Deuses, Anjos & Mortais
ParanormalUm arquipélago situado no meio do mar mediterrâneo, em uma realidade onde o mundo místico habita em paralelo com o humano; o grupo apelidado de "revolucionários" se une a Striker para ajuda-la a entender as duvidas que rodeiam sua ressurreição e os...