Capítulo 4

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Luna e Rocco travavam uma luta acirrada, ambos se movimentando com extrema elegância e exatidão, as adagas nas mãos cortando o ar com violência. Rocco sorria com a determinação de Luna em vencê-lo, o que a deixava mais disposta a derrotá-lo a qualquer custo.

Ela é tão linda e sexy mesmo estando suada e com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo desleixado. Como é possível?

— Você luta bem, Razzo. Mas sabe que vai perder para mim — provocou-o, abaixando a cabeça para desviar-se de uma investida e contra-atacando-o rapidamente, atingindo-o com um chute giratório no rosto.

Rocco cambaleou, dando alguns passos para trás após ter sido atingindo. Aumentando o sorriso debochado em seu rosto, ele passou a mão pelos cabelos loiros, jogando-os para trás.

— Se eu fosse você, não teria tanta certeza. Você sabe que eu sou muito bom com lâminas — gabou-se, voltando a atacar. — Aliás, você sabe que eu sou bom em muitas outras coisas — falou malicioso, provocando um meio sorriso em Luna.

— Você é um idiota, sabia? — Tentou acertá-lo com um soco.

— Sim, eu sei — Sorriu, bloqueando o golpe e imobilizando o braço de Luna, colocando-o atrás das costas. Seu corpo agora estava colado ao da exorcista, seu rosto grudado nos cabelos dela. — Mas bem que você gosta desse idiota aqui — falou contra o pescoço dela, fazendo-a revirar os olhos com tamanha presunção.

***

Henri dirigia a toda velocidade, tentando achar o caminho de volta para a sede. O trajeto cursado por Dom sendo repassado diversas vezes em sua cabeça. Seu coração estava disparado e as imagens da luta ainda estavam insuportavelmente frescas.

O que havia acontecido com Dom? Será que ele ainda estava vivo? Perguntas como essas rondavam sua mente enquanto ele tentava desesperadamente controlar o sentimento de inutilidade que insistia em inundá-lo.

Dom precisava de mim e eu não pude fazer nada para ajudá-lo. Se eu fosse treinado, se soubesse lutar como um exorcista e não tivesse paralisado de medo, talvez ele ainda estivesse comigo — culpou-se, sentindo raiva de si mesmo.

Uma onda de alívio o atingiu, quando finalmente avistou o amontoado de motocicletas. Estacionando de qualquer jeito, Henri correu para dentro da sede. Preciso falar com Luna! Procurando-a às pressas pelas inúmeras salas subterrâneas, Henri a encontrou em um dos cômodos utilizados para treinamentos físicos. Ela estava junto a um rapaz loiro que ele não lembrava já ter conhecido. Ele a abraçava pelas costas, seus corpos desagradavelmente próximos.

— Luna! — chamou-a da porta, o nervosismo expresso em seu rosto.

— Henri? — Ela separou-se de Rocco, franzindo as sobrancelhas. — O que foi? Aconteceu alguma coisa?

— É o Dom. Ele desapareceu.


Em pé no escritório de Martino e rodeado pelos exorcistas que vira durante as refeições, Henri repetia o ocorrido. Rocco e um homem de cabelos loiro-escuros e olhos castanhos também estavam presentes.

— E foi isso o que aconteceu — disse ao terminar a narrativa, todos os pares de olhos encarando-o com atenção. — Eu não pude ajudá-lo, sinto muito — pediu, sentindo os olhos encherem-se de lágrimas.

— Tudo bem, Henri. A culpa não é sua — Martino falou visivelmente preocupado. — Você acha que pode nos levar até o local onde tudo ocorreu?

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⏰ Última atualização: May 12 ⏰

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